Portugal Fresh defende papel das organizações de produtores para o crescimento do setor das frutas e legumes
Durante três dias, 140 delegados de 17 países estiveram reunidos em Vilamoura, no Algarve, para a Conferência Internacional de Organizações de Produtores de Frutas e Legumes que debateu as últimas tendências do setor das frutas e legumes.

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A 18ª Conferência Internacional de Organizações de Produtores de Frutas e Legumes (ICOP) juntou representantes do setor de diversos países europeus.
A iniciativa é promovida anualmente pela empresa austríaca de consultoria gfa-consulting gmbh, fundadora do ICOP, e contou com a co-organização da Portugal Fresh, da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas e da CCDR Algarve.
O ICOP tem como objetivo debater as mais recentes tendências económicas e políticas, promover o intercâmbio entre produtores e divulgar o setor hortofrutícola europeu. Além de debates, incluiu visitas a organizações de produtores.
Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh-Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal é o chairman deste evento desde 2017 e presidiu os trabalhos que se concentraram nas tendências de mercado, oportunidades de exportação, internacionalização e sustentabilidade.
Para a Portugal Fresh é fundamental valorizar as organizações de produtores e aumentar o grau de organização em Portugal, para que o setor das frutas e legumes se aproxime da média europeia. “Só assim é possível ganhar maior escala na oferta e poder negocial”, defende Gonçalo Santos Andrade.
“Este é o evento anual mais importante na União Europeia para as Organizações de Produtores (OPs) de frutas e legumes. Termos a possibilidade de realizar a 18ª conferência em Portugal permitiu reforçar a notoriedade do nosso sector a nível internacional e a cooperação entre as OPs da União Europeia. Durante estes dias conseguimos identificar as diferenças entre os programas operacionais dos vários Estados-membros e avaliar as oportunidades de mercado”, comenta, acrescentando que a União Europeia continua a ser o principal destino das exportações portuguesas, representando mais de 80% do valor.
Programas operacionais e competitividade das empresas
Outro ponto sublinhado pela Portugal Fresh no contexto da conferência prende-se com os novos programas operacionais, debaixo do novo Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) para Portugal no período 2023-2027. Gonçalo Santos Antes afirma que estes programas operacionais “não podem diminuir a competitividade das empresas portuguesas que estão com dificuldades para conseguir cumprir as novas regras e exigências”.
“Há que criar mais ações ambientais exequíveis elegíveis, de forma a ser possível maximizar os investimentos nos programas operacionais. Ao mesmo tempo, a nível da investigação, inovação e sustentabilidade é urgente dar resposta às necessidades dos produtores, e o espectro elegível e a flexibilidade têm de ser maiores nas despesas elegíveis”, defende o presidente da Portugal Fresh.
A Associação tem em curso um Projeto Conjunto de Internacionalização que, até 2025, inclui a realização de missões empresariais e ações de prospeção em quatro novos mercados, a participação em seis feiras internacionais, e várias iniciativas de promoção para acelerar a presença internacional do setor. Este projeto tem o apoio do Portugal 2030 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, e prevê um investimento global de 1.561.663,52€ euros, financiado em 48,8% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
A Portugal Fresh tem 112 sócios que representam cerca de cinco mil agricultores. Foi criada em dezembro de 2010 com a missão de valorizar a origem ‘Portugal’ e as características dos produtos nacionais, para além de promover as frutas, legumes e flores nos mercados interno e externo.