Consumidores recorrem cada vez mais à economia circular como forma de poupança
Esta é uma das conclusões do estudo do Barómetro Europeu das Melhores Práticas de Compra, focado na economia circular, que o Oney Bank acaba de revelar, no âmbito da Win Win Weeks, uma iniciativa do grupo. Em Portugal, o Oney organizou o evento ‘after work’ que juntou Oney e as marcas Auchan, Fnac, Gato Preto, Ikea, Kiabi, Leroy Merlin e Norauto, bem como a associação Smart Waste Portugal.

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Os europeus consideram a utilização de bens da economia circular como uma nova forma de melhor gerir o orçamento. Esta é uma das conclusões do estudo do Barómetro Europeu das Melhores Práticas de Compra, focado na economia circular, que o Oney Bank acaba de revelar. Realizado em parceria com o CSA Institute, o estudo avança que este interesse, motivado pela procura do melhor preço, ajudará a um consumo mais responsável, que terá efeito se os retalhistas estiverem atentos a três expetativas prioritárias: preço, qualidade e sustentabilidade.
Dos inquiridos, 31% admite ter recorrido à economia circular como forma de poupança. Atualmente 59% dos europeus veem nesta solução a forma de melhor gerir o seu orçamento. A procura por um preço baixo tornou-se a principal motivação (93%) em 2023, à frente da motivação por um consumo ambientalmente mais sustentável (90%). Por último, 10% dos franceses, 9% dos espanhóis e 7% dos portugueses afirma não ter outra opção financeira, senão comprar produtos em segunda mão ou recondicionados. 36% dos compradores afirma que poupou muito ao comprar produtos em segunda mão ou recondicionados.
Em Portugal, 90% dos inquiridos confirma que a economia circular é uma prioridade, caso o seu orçamento disponível diminua. É também o país onde mais consumidores optam por produtos em segunda mão, tendo 73% dos inquiridos optado por estes produtos ao longo do último ano. Neste mercado historicamente focado no vestuário em segunda mão, novos setores estão a ganhar força, com 66% a afirmar ter recorrido à economia circular para comprar vestuário, assim como mobiliário e decoração (55%) e equipamentos elétricos e informáticos (53%).
Outro dado mostra que 40% dos europeus considera que os retalhistas não se comprometem de verdade com o desenvolvimento da economia circular e manifestam grandes expetativas em relação às empresas, em particular aos grandes retalhistas, com elevados níveis de confiança (lojas dos grandes retalhistas 83%; centros comerciais e grandes armazéns 78%; websites dos grandes retalhistas 75%).
Para ganhar a confiança dos consumidores, os inquiridos esperam mais informação por parte dos retalhistas: 50% gostava de ter mais informação sobre o impacto ambiental dos produtos; 49% considera que é necessária uma melhor divulgação; 46% sente falta de maior informação sobre as garantias oferecidas; 40% gostaria de ver melhorada a rastreabilidade dos bens.
Preço, qualidade e sustentabilidade: fatores-chave para o desenvolvimento da economia circular
Em 2023, o preço e a sustentabilidade continuam a ser chave para satisfazer as exigências dos consumidores. De acordo com o Barómetro, 38% admite não estar disposto a pagar um preço mais elevado por um produto mais sustentável; não obstante, 47% aceitaria um aumento entre 5% e 10%.
Também os serviços de financiamento ao consumo são uma alavanca fundamental para desenvolver o mercado da economia circular e estabelecer um comportamento de consumo mais responsável. 79% dos consumidores acredita que seriam mais incentivados a consumir melhor, se o retalhista oferecesse soluções de pagamento fracionado.
A apresentação dos resultados deste Barómetro surge no âmbito da Win Win Weeks, uma iniciativa do grupo Oney que sublinha em comunicado que, ao longo de três semanas, realizaram-se ações sobre economia circular, com o objetivo de promover um consumo mais responsável e incentivar retalhistas, marcas e consumidores a serem parte ativa no consumo mais sustentável. Refira-se que em Portugal, o Oney organizou o evento ‘after work’ que juntou Oney e as marcas Auchan, Fnac, Gato Preto, Ikea, Kiabi, Leroy Merlin e Norauto, bem como a associação Smart Waste Portugal.