Retalho nacional volta a crescer, após três trimestres no vermelho
As vendas acumuladas do retalho alimentar e não alimentar em Portugal alcançaram os 4.241 milhões de euros no segundo trimestre de 2015, mais 1% face a igual período do ano anterior, segundo o Barómetro de Vendas da APED
Rita Gonçalves
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Após três trimestres consecutivos na linha vermelha, o retalho em Portugal mostra sinais de recuperação.
As vendas acumuladas do retalho alimentar e não alimentar alcançaram os 4.241 milhões de euros no segundo trimestre de 2015, mais 1% face a igual período do ano anterior, segundo o Barómetro de Vendas da APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição).
São as vendas de bens de grande consumo – super, hipermercados e estabelecimentos de comércio tradicional – que mais contribuem para o desempenho do setor, e registam uma evolução de 2% para os 2.521 milhões de euros.
“O mercado alimentar está a aproximar-se dos níveis de consumo antes da crise, neste caso a partir de 2012, porque até ao final de 2011 o setor estava dinâmico, a expandir a atividade com abertura de novas lojas e com as vendas em crescimento”, sublinha Ana Isabel Trigo Morais, Diretora Geral da APED. “A atitude do consumidor português em relação ao consumo de bens não duradouros é mais otimista”.
Talvez por isso, o retalho não alimentar não acompanhou a evolução. As vendas dos retalhistas especializados caíram 0,6% para 1.720 milhões de euros. “A performance dos combustíveis influenciou muito as vendas do retalho não alimentar”, já que representa quase metade da categoria. O setor “acompanha a tendência generalizada de diminuição do preço dos combustíveis” em Portugal, explica a responsável da APED.
O que esperar, então, até ao final de 2015, em ano de eleições? “A tendência para os lares aumentarem o consumo deverá continuar, mas o calendário até ao final do ano traz muita incerteza. Se olharmos para o histórico de 2014, o ano começou a correr muito bem mas o terceiro e quarto trimestres foram períodos muito difíceis, com o consumo a cair. O consumidor é muito sensível à conjuntura política e económica e, se entender, trava rapidamente o consumo”, lembra.
“É expectável que o período eleitoral influencie o comportamento das famílias, que já mostraram reagir muito rapidamente às mudanças de conjuntura política e económica, e que o consumo arrefeça”.
Apesar disso, os retalhistas estão otimistas com a campanha de regresso às aulas, que já começou, e com o Natal, tradicionalmente épocas de aumento de vendas.