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Alimentação e Bebidas

Portugal mostra Sangue na Guelra na exposição internacional Metro Unboxed

Sangue na Guelra, ou “Blood n’Guts”, é o projeto que a Makro Portugal escolheu para representar Portugal na Metro Unboxed. A exposição interativa que confere uma visão global da atuação do grupo Metro decorre desde 13 de setembro em Düsseldorf, Alemanha, estando aberta ao público até ao próximo dia 2 de outubro

Ana Catarina Monteiro
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Portugal mostra Sangue na Guelra na exposição internacional Metro Unboxed

Sangue na Guelra, ou “Blood n’Guts”, é o projeto que a Makro Portugal escolheu para representar Portugal na Metro Unboxed. A exposição interativa que confere uma visão global da atuação do grupo Metro decorre desde 13 de setembro em Düsseldorf, Alemanha, estando aberta ao público até ao próximo dia 2 de outubro

Sobre o autor
Ana Catarina Monteiro
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METRO unboxed Pavilion
Sangue na Guelra, ou “Blood n’Guts”, é o projeto que a Makro Portugal escolheu para representar Portugal na Metro Unboxed. A exposição interativa que confere uma visão global da atuação do grupo de distribuição grossista Metro decorre desde 13 de setembro em Düsseldorf, Alemanha, estando aberta ao público até ao próximo dia 2 de outubro.

Junto ao Rio Reno, a cerca de 15 minutos de carro da Metro Straße (rua “sede” do grupo, que ocupa praticamente todo o trilho), a empresa montou uma estrutura com 2000 metros quadrados, distribuídos por dois pisos. Por fora, assemelha-se a uma caixa (box) coberta por tábuas de madeira. Dentro, 25 filiais do grupo que serve mais de 21 milhões de negócios em 35 países apresentam as iniciativas que estão a ajudar os setores de retalho e Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) a crescer localmente.

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Os projetos vão desde a digitalização das Kiranas – pequenas lojas que, com 12 milhões de espaços espalhados pela Índia, representam 95% do retalho naquele País e enfrentam agora a concorrência da gigante Amazon -, à promoção de boas práticas para trazer mais produtores para o mercado e fomentar as exportações do Paquistão, passando pela plataforma espanhola “Martes de la Hostelaria”, que pretende tornar as terças-feiras em “dia da restauração”.

O stand português é um manifesto da gastronomia e dos chefs nacionais. A Makro Portugal escolheu para a mostra o projeto Sangue na Guelra, o qual patrocina. Criado pelo casal Paulo Barata e Ana Músico, a iniciativa que se afirma como “movimento da nova cozinha portuguesa” convida todos os anos vários sub-chefs nacionais e internacionais, os quais apoiam os principais chefs dos restaurantes, para partilhar experiências e explorar novos paladares. O projeto arrancou em 2012 com quatro jantares servidos por jovens talentos da restauração no 1300 Taberna, no Lx Factory, em Lisboa, e tem vindo a crescer desde então. Este ano, a quinta edição arrancou em maio com um simpósio dedicado à cozinha portuguesa e, além dos quatro jantares realizados anualmente, em vários restaurantes da capital, alargou também a um festival de rua que teve lugar no Hub Criativo do Beato.

Country booth_ Portugal supports creative food festivals
No Metro Unboxed, o stand luso recebe de dois em dois dias um novo chef português, que se encarrega de prepara para os visitantes um prato à base de produtos tipicamente lusos. Hoje (19 de setembro) e amanhã são dias em que se espera uma maior afluência de visitas à exposição, pelo que são dois os chefs que assumem o comando da cozinha. O primeiro é Rodrigo Castelo, que chega com uma caixa branca debaixo do braço, no topo da qual se lê “saudade”. Prepara um petisco a que chama “língua de touro na pombinha” e que acusa a sua proveniência de Santarém, concretamente da Taberna Ó Balcão. O chef Maurício Vale é especialista em comida asiática mas foi desafiado para vir cá preparar, mais tarde, um prato com inspiração lusa.

É desta forma que a Makro Portugal, que serve mais de 45 mil negócios ligados à distribuição alimentar e canal Horeca, está a promover o País no evento, que acontece depois de em julho passado o grupo alemão ter separado os negócios alimentar e não-alimentar, A atividade de distribuição grossista assume desde então a designação de Metro, enquanto as insígnias dedicadas à área tecnológica, como a Media Markt, operam sob alçada da empresa independente Ceconomy.

Na exposição encontra-se também o projeto GuestU. A startup criada em 2014 por Euclides Major e Marcelino Moreno é a única portuguesa entre as dez, de sete diferentes países, que vão participar na próxima edição do programa Metro Accelerator, cujo objetivo é apoiar o desenvolvimento de novas ideias para os setores que a cadeia grossista serve. Consiste em um smartphone, que os clientes de hotéis encontram nos quartos e através do qual conseguem aceder a um alargado número de serviços, do hotel e da cidade que estão a visitar. Neste momento, a startup já conquistou 20 hotéis em Portugal e Espanha.

*O HIPERSUPER viajou a Düsseldorf a convite da Makro Portugal. Saiba mais sobre o Metro Unboxed na edição impressa de outubro.

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

Ana Catarina Monteiro

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Pingo Doce

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Retalho

Pingo Doce refuta acusações feitas por ONG que acusa o retalhista de ter fornecedores que maltratam galinhas

O Pingo Doce nega as acusações feitas pela organização Frente Animal (FA) que diz ter recebido “imagens chocantes de maus tratos em explorações que fornecem o Pingo Doce”, de “galinhas deformadas, aves incapazes de se mexerem, apinhadas entre cadáveres e manuseadas com violência”

Segundo a organização não-governamental (ONG), as imagens, captadas em explorações portuguesas por fotojornalistas,”evidenciam práticas alarmantes dentro da indústria da carne de frango, incluindo o manuseamento agressivo dos animais, aves doentes e deformadas misturadas com animais mortos, e até mesmo atropeladas deliberadamente pelos camiões de transporte”.

O Pingo Doce refuta estas afirmações e garante que está a ser alvo de uma campanha “manifestamente ofensiva” do seu bom nome.

Em comunicado, o Pingo Doce refere que a “ONG faz referência a um compromisso de âmbito europeu que, até ao momento, não se encontra publicamente subscrito por nenhuma empresa de distribuição alimentar a operar em Portugal”. “Não se compreende, portanto, a não ser à luz de má-fé, a campanha difamatória dirigida exclusivamente contra o Pingo Doce”, acrescenta.

A retalhista informa que no passado dia 4 de Novembro, representantes do Pingo Doce receberam, na sede da Companhia, em Lisboa, a representante da Frente Animal, Joana Machado, que exibiu, nessa ocasião, algumas imagens totalmente descontextualizadas do que aparentava serem situações de sofrimento animal alegadamente ocorridas em explorações de fornecedores do Pingo Doce. “Os representantes da Companhia pediram repetidamente a Joana Machado que identificasse os alegados fornecedores em questão, sem que o que não seria possível intervir, mas a representante da Frente Animal recusou fazê-lo. Já em posterior troca de e-mails, o Pingo Doce insistiu para que fosse disponibilizada informação que permitisse à Companhia verificar as alegadas más práticas e a Frente Animal manteve a sua posição de falta de transparência”, sublinha.

O Pingo Doce garante ainda que a preocupação com o bem-estar animal, nomeadamente das galinhas, está bem patente no facto de, desde 2019, todos os ovos de Marca Própria à venda nas lojas da cadeia serem provenientes de galinhas não enjauladas. “Adicionalmente, está em curso um processo de certificação em bem-estar animal de acordo com o selo Welfair (baseado no referencial internacional Welfare Quality) junto dos nossos fornecedores de frango”, acrescenta.

“As auditorias regulares que o Pingo Doce faz aos seus fornecedores incluem critérios de bem-estar animal, com base na legislação em vigor e no referencial da Global G.A.P. (Global Good Agricultural Practices) que avalia a implementação de boas práticas na produção. “Em nenhuma destas auditorias foram identificadas situações como as apresentadas pela Frente Animal”, garante, informando que se “a campanha injuriosa” não cessar de imediato irá agir criminalmente contra a ONG.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

ESG

Águas de Carvalhelhos passa a incorporar rPET em várias embalagens

As novas garrafas com plástico reciclado vêm reduzir ainda mais a pegada de carbono da empresa transmontana.

Hipersuper

A centenária Águas de Carvalhelhos passa a incorporar 30 por cento de rPET em várias tipologias de embalagens. “Etapa representa uma antecipação em seis anos da meta definida pela União Europeia. Trata-se de um novo passo de sustentabilidade ambiental da marca, depois da aposta na energia solar na unidade produtiva e na mobilidade elétrica da frota”, assinala a empresa.

O materia (PET reciclado) vai ser incorporado em seis tipologias das suas embalagens: 0,33 litros, 0,50 l. e 1,5 l., nas variantes natural e gaseificada. Recorde-se que a  Diretiva de Embalagens e Resíduos de Embalagens da UE prevê que todos os fabricantes de garrafas PET deverão incorporar 30% de material reciclado a partir de 2030.

“O rPET possui as mesmas caraterísticas que certificam o uso de PET na indústria do setor, mas são necessários menos recursos para o produzir, o que é ambientalmente mais sustentável. A produção deste tipo de plástico reciclado usa, em média, quase menos 60% de energia em comparação com a produção de PET virgem. Ou seja, uma circularidade que poupa o meio ambiente, dado que se evita a exploração repetida de recursos como gases naturais e petróleo, ambos utilizados no fabrico de plástico”, refere Daniel Soares, administrador da Águas de Carvalhelhos.

Esta nova mudança no circuito produtivo da Águas de Carvalhelhos foi possível graças à substituição dos quatro equipamentos de fabrico de garrafas que funcionavam com polímeros granulados (e que originavam maior desperdício) por um sistema mais eficiente e sustentável, que trabalha com preformas, a primeira etapa do processo de produção de uma garrafa plástica, através do processo de injeção. A reciclagem do PET permite ainda gerar menos 75% de emissões de CO2 para a atmosfera, reduzir os resíduos nos aterros e, também, diminuir as emissões tóxicas nas instalações de incineração de plástico.

A marca Carvalhelhos está associada à localidade com o mesmo nome, situada no concelho de Boticas, local em que, em meados do século XIX, foram descobertas umas águas com propriedades medicinais, por uma pastora.  O alvará de concessão de exploração foi atribuído em 1915 à empresa das Caldas Santas de Carvalhelhos. E as águas ganharam fama com um fotógrafo do Porto chegado à região, que documentou a sua própria recuperação. Passados 100 anos, as características medicinais da Água de Carvalhelhos mantêm-se inalteradas, demonstrando a qualidade e a nobreza dos seus aquíferos.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Exportação

Intraplás anuncia investimento numa nova unidade de produção nos EUA

Com um investimento total previsto de cerca de 40 milhões de euros, este projeto marca um momento transformador na expansão global do grupo.

Hipersuper

A Intraplás acaba de anunciar o investimento numa nova unidade de produção, que será implementada em Van Wert, no estado de Ohio, Estados Unidos da América. Este projeto, com um investimento total previsto de cerca de 40 milhões de euros, marca um momento transformador na expansão global do grupo, reforçando a sua presença no mercado norte-americano e internacional, informa um comunicado  da empresa sediada em Santo Tirso.

A nova unidade será equipada com tecnologia de ponta nas áreas de extrusão, termoformação, termoformação IML-T (In Mould Labelling Thermoformed) e impressão HD (High Definition), aumentando significativamente a capacidade produtiva da empresa. Prevista para iniciar operações no verão de 2025, “a unidade criará mais de 50 novos postos de trabalho locais, contribuindo para o desenvolvimento económico da região”, informa ainda a empresa.

Segundo Duarte Faria, CEO da Intraplás, este é um “momento transformador” na história da empresa e reflete a  visão de se tornar “um verdadeiro player global no setor de embalagens”. “A nova unidade nos Estados Unidos posiciona-nos estrategicamente, por um lado mais perto dos nossos clientes internacionais e por outro lado permite-nos colocar á disposição dos clientes norte americanos a nossa inovação, qualidade de serviço e foco na sustentabilidade”, acrescenta.

Randi Charno Levine, embaixadora dos EUA em Portugal, felicitou a empresa nacional pela sua decisão estratégica de abrir uma nova unidade de produção em Van Wert. “À medida que as empresas portuguesas expandem a sua presença global, os Estados Unidos continuam a ser um mercado prioritário e um destino de investimento atrativo. Este investimento reforça ainda mais os nossos laços económicos, a inovação e a criação de emprego em ambos os lados do Atlântico. A equipa da Embaixada dos Estados Unidos está empenhada em apoiar e promover estas oportunidades e continuará a envidar esforços nos próximos anos”, destaca.

Fundada em 1968 por Alberto Machado Ferreira, a Intraplás é hoje um dos maiores transformadores de plástico para a indústria da embalagem alimentar. Dedica-se à produção e promoção de embalagens sustentáveis e inovadoras, com sólidos conhecimentos em matéria de extrusão, termoformagem e impressão, com uma vasta gama de serviços e de soluções integradas, incluindo o conceito de eco-design para dar vida ao seu projeto.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Bebidas

Adega de Favaios assinala 50 anos da marca Casa Velha

O Casa Velha Reserva tinto de 1974 foi emblemático para a Adega de Favaios, pelo “pioneirismo” na valorização e comercialização direta de vinhos DOC Douro.

Hipersuper

Cinquenta anos depois o lançamento do primeiro Casa Velha Reserva tinto, a Adega de Favaios apresenta as novas colheitas desta marca, que “assuem um simbolismo reforçado” pelo facto de serem lançadas no ano dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril. O Casa Velha Reserva branco 2022, o Casa Velha Grande Reserva branco 2022 e o Casa Velha Reserva tinto 2021 já estão no mercado.

“Nem sempre consensual, alguns associados defendiam que a Adega deveria limitar-se à vinificação e venda a granel, como era o mais comum nas cooperativas, a aposta na comercialização direta de vinhos em garrafa, desde 1961, foi substancialmente reforçado a partir de 1974, nomeadamente com o lançamento de vinhos VQPRD/DOC e o registo de marcas nas décadas seguintes”, recorda a Adega de Favaios.

O Casa Velha Reserva branco 2022 foi elaborado a partir das castas Gouveio, Viosinho e Rabigato, a uma altitude entre os 600 e 700 metros. As uvas foram colhidas em vindima manual no início de setembro e cerca de 70% do lote fermentou e estagiou em barricas de três anos durante 12 meses. Os restantes 30% fermentaram e estagiaram em inox durante 12 meses. Após o blend final o estágio em inox prolongou-se por mais seis meses com levantamento regular das borras finas.

O Casa Velha Grande Reserva branco 2022 foi produzido a partir das castas Gouveio, Viosinho, Arinto e Rabigato, colhidas também entre os 600 e 700 metros. As uvas foram pré-selecionadas nas melhores vinhas do planalto de Favaios. Os vinhos de Gouveio e Viosinho (90% do lote) fermentaram e estagiaram em barricas de primeiro e
segundo ano durante 12 meses. O Arinto e o Rabigato (restantes 10% do lote) fermentaram e estagiaram em inox durante 12 meses. Apos o blend final o estagio em inox prolongou-se por mais seis meses com levantamento regular das borras finas.

Já o Casa Velha Reserva tinto 2021 nasceu a partir de uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, três castas tradicionais do Douro, a uma altitude entre os 250 e os 350  metros. A vindima manual foi feita no final de setembro e estagiou em barricas de carvalho francês durante 18 meses. Teve ainda um estágio mínimo de seis meses em garrafa.

“O esforço financeiro que a Adega tem realizado nas últimas duas décadas, associado à qualidade das uvas do planalto de Favaios, tem permitido que a cooperativa produza de forma consistente brancos de qualidade notável e, mais recentemente, de tintos”, adianta Miguel Ferreira, diretor de enologia da adega.
“Temos vindo a crescer de forma contínua desde 2004/2005, acontecendo apenas um ou dois anos com ligeiro declínio, pouco representativo nesta linha ascendente”, acrescenta o presidente da direção da cooperativa, Mário Monteiro, lembrando que este ano – e contrariando a crise que se vive no setor – espera um aumento de produção da adega na ordem dos 10%.

Com um volume de faturação anual próximo dos 20 milhões de euros, a Adega de Favaios vinifica anualmente cerca de 7,4 milhões de litros de vinhos, entre moscatéis (43%), vinho do Porto (16%) e vinhos DOC Douro brancos, tintos, rosé e espumantes (41%).
Presente em todos os continentes, num total de 25 países, com destaque para o mercado da saudade na Europa, mas igualmente para os mercados do Brasil, EUA, Canadá, China e Angola, o crescimento da exportação (atualmente 10% do volume de negócios) é outra das apostas estratégicas da Adega. A funcionar desde 2012, o serviço de enoturismo tem beneficiado igualmente de investimentos, sendo a adega visitada por cerca de 25 mil pessoas/ano, muitas delas provenientes dos Estados Unidos da América, Reino Unido e França.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Tetra Pak

ESG

Tetra Pak recebe prémio Eficiência de Recursos nos Sustainable Packaging News Awards 2024

Quando combinada com polímeros de origem vegetal, a barreira à base de papel aumenta o conteúdo renovável de uma embalagem de cartão assética para 90%.

Hipersuper

A Tetra Pak recebeu o prémio Eficiência de Recursos nos Sustainable Packaging News Awards 2024, pela introdução de uma barreira à base de papel.

Sendo uma inovação global no setor das embalagens de cartão, a barreira de papel, combinada com polímeros vegetais, reduz a pegada de carbono das embalagens asséticas para alimentos até um terço, mantendo os mais elevados níveis de segurança e desempenho alimentar. Este marco de redução de carbono foi verificado pelo Carbon Trust.

Como os sistemas alimentares globais exigem materiais renováveis com baixas emissões de carbono, a indústria de embalagens procura alternativas à camada de alumínio, que protege os alimentos de fatores externos, como o oxigénio e a luz. Ao substituir esta camada por uma barreira à base de papel, a embalagem de cartão para bebidas da Tetra Pak passa de uma média de 70% de conteúdo de papel, para aproximadamente 80%, ajudando a reduzir a pegada de carbono da embalagem.

Quando combinada com polímeros de origem vegetal, a barreira à base de papel aumenta o conteúdo renovável de uma embalagem de cartão assética para 90%.

“É uma honra receber este prémio da Sustainable Packaging News pela nossa inovação em materiais com a barreira à base de papel. Este prémio destaca o nosso compromisso com a inovação orientada para o cliente, aproveitando o potencial do papel para alcançar a renovabilidade, a reciclabilidade e a redução de carbono, com total garantia da segurança alimentar”, sublinha Marco Marchetti, vice president packaging materials, sales and distribution solutions da Tetra Pak.

“Estamos orgulhosos de colaborar com clientes, fornecedores e parceiros no nosso percurso para transformar os sistemas alimentares rumo a um futuro de baixo carbono. Juntos, estamos a preparar o caminho para uma nova era de embalagens sustentáveis que protegem não só os alimentos, mas também o nosso planeta.”, acrescenta.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Distribuição

Já pode ler a edição 429

O inevitável balanço na última edição do ano. E porque festejamos 35 anos, decidimos nesta data escolher 35 temas para celebrar esta data especial. Podiam ser ser muitos mais (a escolha não foi fácil), mas cada página desta retrospectiva reflete tendências, estratégias, inovações. Falamos de sustentabilidade, novas formas de consumo, negócio e de pessoas que, com a sua visão e trabalho, fazem a diferença.

O inevitável balanço na última edição do ano. E porque festejamos 35 anos, decidimos nesta data escolher 35 temas para celebrar esta data especial. Podiam ser ser muitos mais (a escolha não foi fácil), mas cada página desta retrospectiva reflete tendências, estratégias, inovações. Falamos de sustentabilidade, novas formas de consumo, negócio e de pessoas que, com a sua visão e trabalho, fazem a diferença.

Ao longo de 35 anos, o Hipersuper tem sido ‘voz’ de muitos profissionais de setores dinâmicos, desafiadores e em constante transformação. Celebrar esta data simbólica não é apenas uma oportunidade para recordar, mas também para reafirmar o nosso compromisso com os profissionais que todos os dias fazem o seu trabalho e mostram que falamos de setores que dão cartas na economia portuguesa.

2024 ficará marcado como um ano de resiliência. Numa conjuntura global e nacional de desafios económicos, geopolíticos e sociais, as empresas e os seus profissionais demonstraram, mais uma vez, a sua capacidade de adaptação e inovação. Enfrentaram pressões nos custos, mudanças nas preferências dos consumidores e a aceleração da transformação digital. Muitas tiveram que se reinventar.

E porque estamos na última edição do ano, é inevitável o balanço. Decidimos juntar aos 35 anos, 35 temas para celebrar esta data especial e um 2024 desafiante. Sabemos que poderiam ser muitos mais os temas, porque estes setores estão longe de se esgotar, mas cada página desta retrospetiva reflete uma história, uma tendência, um desafio. Falamos de inovação, sustentabilidade, novas formas de consumoestratégias e de pessoas que com visão e trabalho, fazem a diferença.

Com este olhar abrangente sobre o presente e o futuro, queremos continuar a ser, em 2025, a bússola informativa dos nossos leitores. Vamos continuar a chegar a si, em papel e no digital, com o mesmo rigor e proximidade que nos tornaram uma referência.

Falamos de setores onde a mudança é a única constante, mas há valores que não mudam: a confiança, a resiliência e a vontade de fazer mais e melhor. São esses os princípios que partilhamos com os nossos leitores e que nos guiam há 35 anos.

Obrigada aos nossos leitores, assinantes e clientes que nos acompanham e nos acrescentam valor. Em 2025, continuaremos aqui, ao seu lado, com o mesmo rigor e compromisso. Porque só assim faz sentido.

Bom natal e um 2025 com saúde e muitos negócios.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Retalho

Novo Lidl de Matosinhos vai apoiar a Legião da Boa Vontade

A nova loja Lidl de Matosinhos-Perafita abre a 19 de dezembro e vai doar bens alimentares ao Centro Social da Legião da Boa Vontade.

Hipersuper

A nova loja de Matosinhos-Perafita, doará diariamente, de segunda a sexta-feira, bens alimentares ao Centro Social da Legião da Boa Vontade, apoiando famílias em situação de vulnerabilidade na comunidade local.

O apoio integra a estratégia de responsabilidade social corporativa do Lidl Portugal, de que é exemplo o programa Realimenta, uma iniciativa prioritária de doação de bens alimentares, que abrange todas as lojas e entrepostos da insígnia,” fazendo chegar diariamente milhares de produtos a quem mais precisa, mediante a doação de artigos, já não aptos para a comercialização, mas em perfeitas condições de consumo, higiene e segurança”, refere a insígnia de retalho alimentar. 

O apoio ao Centro Social da Legião da Boa Vontade vem reforçar a colaboração do Lidl com esta IPSS, da qual é parceiro desde 2017 e a quem doou cerca de 50 toneladas de alimentos para um total de 550 beneficiários em 2023, através das outras lojas Lidl no concelho.

“Esta parceria permite ampliar as nossas atividades e serviços integrantes dos projetos socio-educacionais. Entendemos que esta união de esforços contribui para um representativo aumento do apoio dado a famílias vulneráveis, promovendo, desta forma, uma maior inclusão socia”, agradece Ângelo Silva, administrador do Centro Social da Legião da Boa Vontade Porto,

Cristina Hanganu, diretora de Corporate Affairs e CSR do Lidl Portugal, sublinha, por sua vez, que “enquanto empresa com um forte sentido de responsabilidade corporativa”, está “profundamente” comprometida em apoiar as comunidades locais, “minimizando as suas carências”. “Esta colaboração com o Centro Social da Legião da Boa Vontade, através do nosso programa Realimenta, permite-nos alcançar o duplo objetivo de ajudar quem mais precisa e reduzir o desperdício alimentar”.

O apoio do Lidl ao concelho de Matosinhos tem-se manifestado ao longo dos anos através de diversas iniciativas, como os donativos feitos à Associação Equiterapêutica do Porto e Matosinhos e ao Centro Social Padre Ramos, em 2020 e 2021 respetivamente, no âmbito do programa TransforMAR, ou o recente apoio de 2500 euros, integrado na Campanha Lidl Plus de apoio aos Bombeiros Portugueses, à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta, após os incêndios que assolaram o país no passado mês de setembro.

 

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Exportação

Comissão Europeia investe 132 ME na promoção de produtos agroalimentares em 2025

Os montantes são repartidos entre a promoção em países terceiros e no mercado interno, com 63,4 milhões de euros e 58,6 milhões de euros, respetivamente.

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A Comissão Europeia aprovou o ‘Programa para a política de promoção para 2025’, que vai destinar 132 milhões de euros para “a promoção de produtos agroalimentares sustentáveis e de elevada qualidade da União Europeia (UE) nos mercados interno e externo. O prazo para apresentação de propostas abre a 22 de janeiro.

Em comunicado, Bruxelas especifica que os montantes disponíveis para os programas a selecionar em 2025 são de 63,4 milhões de euros para a promoção em países terceiros e 58,6 milhões no mercado interno da UE. Do montante global, 92 milhões de euros serão aplicados nos programas simples e 40 milhões nos programas multi.

Este programa a implementar em 2025 “destina-se a criar novas oportunidades de mercado para os agricultores da UE e para a indústria alimentar da UE em geral, bem como a ajudá-los a garantir a segurança das suas empresas existentes”, explica a Comissão Europeia no comunicado, acrescentando que as prioridades têm em conta os objetivos globais de sustentabilidade e competitividade, bem como de segurança alimentar, “delineados nas orientações políticas para a Comissão 2024-2029”.

China, Japão e América do Norte entre os prioritários

O ‘Programa para a política de promoção para 2025’ aponta ainda as regiões e países com “elevado potencial de crescimento fora da UE”, identificando-os como principais mercados-alvo, Entre estes, estão China, Japão, Coreia do Sul, Singapura e América do Norte. No continente europeu, o Reino Unido continua a ser um dos principais mercados de exportação de produtos agroalimentares da UE, absorvendo mais de 20% das exportações agroalimentares da UE.

De acordo com o comunicado de Bruxelas, o orçamento para o mercado interno da UE é repartido do seguinte modo:
– 17,1 milhões de euros para campanhas orientadas para o mercado interno. A verba inclui ações de informação e promoção centradas nos regimes de qualidade da UE, em especial as indicações geográficas – DOP, IGP e ETG);
– 28,8 milhões de euros para programas destinados a aumentar a sensibilização e o reconhecimento ou a produtos cultivados de forma biológica e sustentável, nomeadamente com normas mais rigorosas em matéria de bem-estar dos animais;
– 12,7 milhões de euros para estimular o consumo de frutas e produtos hortícolas frescos no contexto de regimes alimentares equilibrados.

A Comissão Europeia vai reservar ainda 10 milhões de euros para ações “em caso de perturbações graves do mercado, perda de confiança dos consumidores ou outros problemas, sendo reafetado a programas em países terceiros se não for utilizado”.

Propostas a 22 de janeiro

A Agência de Execução Europeia da Investigação vai lançar dois convites à apresentação de propostas em 22 de janeiro de 2025. Um destina-se aos chamados programas ‘simples’, com uma ou mais organizações do mesmo país da UE. O outro visa programas ‘multi’, com, pelo menos, duas organizações de, pelo menos, dois Estados-Membros, ou de uma ou mais organizações a nível europeu. “Um vasto leque de operadores, tais como organizações comerciais e de produtores e grupos agroalimentares responsáveis por atividades de promoção, são elegíveis para se candidatarem a financiamento e apresentarem as suas propostas. Os convites estarão abertos à apresentação de candidaturas por um período de três meses”, explica o comunicado da Comissão Europeia.

De 29 a 30 de janeiro de 2025, terá lugar em Bruxelas uma ação de informação, sendo os potenciais beneficiários convidados a participar para obter informações sobre as oportunidades de financiamento e o processo de candidatura e ainda conhecer casos de sucesso e de estabelecer contactos com potenciais parceiros do projeto.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Crédito: Nielsen

Retalho

Ajustar a oferta, reforçar entregas e capacitar equipas: estratégias do retalho para o Natal

A análise é da Manpower, que apontou estas três estratégias como fundamentais na preparação das empresas de retalho para a época de Natal.

Hipersuper

O aumento significativo na procura iniciou-se com a Black Friday e a Cyber Monday, tendencialmente épocas de maior consumo:  em 2023, as vendas globais durante a Black Friday e Cyber Monday aumentaram 6% em relação ao ano anterior, segundo dados da Salesforce, citados pela Manpower, que aponta três estratégias para ajudar os retalhistas a responder da melhor forma às exigências sazonais.

Analisar vendas anteriores e ajustar a oferta 

“Analisar o desempenho de períodos anteriores, como a Black Friday ou o Natal do ano passado, ajuda as empresas a identificar estratégias eficazes e necessidades de melhoria. Com base nestes dados, os retalhistas podem otimizar as suas abordagens, focando-se em produtos e estratégias de elevado desempenho”, aponta a Manpower. Ao mesmo tempo, as empresas de retalho alimentar devem também preparar-se para fazer ajustes nas suas estratégias, “com base nos dados de vendas e acompanhando os níveis de stock em tempo real”. “Desta forma podem responder prontamente a mudanças na procura e garantir uma comunicação mais clara com o cliente sobre a disponibilidade dos produtos, melhorando a experiência de compra”, acrescenta.

Reforçar as operações de entrega

Com o aumento do volume de encomendas, “é necessário que as empresas de retalho otimizem a logística de entregas, desenvolvendo planos de contingência para lidar com potenciais interrupções e mantendo uma comunicação clara com parceiros de expedição e com os seus clientes”. O objetivo é garantir entregas atempadas e fiáveis é fundamental para responder às elevadas expectativas dos clientes nesta época, evitando atrasos e assegurando um serviço de qualidade.

Prontidão operacional e capacitar as equipas

A preparação das equipas de logística, de loja e de serviço ao cliente “é essencial para os retalhistas conseguirem responder eficazmente à procura elevada”. “Neste contexto, garantir uma operação preparada para contingências, através de um planeamento contínuo, da antecipação do recrutamento e do reforço das equipas, vem permitir maior agilidade na resposta, sobretudo tendo em conta que durante estes períodos a procura por talento qualificado aumenta”, defende a Manpower. Neste sentido, a aposta em serviços de recrutamento temporário “poderá ajudar a tornar este processo mais eficiente, contribuindo para garantir equipas corretamente dimensionadas e formadas, capazes de ajudar a maximizar os resultados desta temporada”.

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Há menos explorações mas mais área agrícola e mais agricultura biológica

O Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023 confirma a aceleração da redução de explorações agrícolas, desde 2019. Em particular, as de pequena dimensão…

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É o que conclui o Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023, do INE (Instituto Nacional de Estatística): no ano passado foram contabilizadas 261,5 mil explorações,  menos 9,9% que em 2019,) e 3,861 milhões de hectares de Superfície Agrícola Utilizada (SAU), menos 2,6% que em 2019. O abandono da atividade agrícola acelerou entre 2019 e 2023, mas se há menos explorações, por outro lado, aumentou a dimensão média das explorações e a sua dimensão económica média. Há um reforço da área agrícola, apesar de haver menos pessoas dedicadas à agricultura. O aumento da mão de obra assalariada compensou o decréscimo da mão de obra familiar e cresceu significativamente o número de explorações e de áreas certificadas em modo de produção biológico: mais do que triplicaram em quatro anos.

Abandono: mais na Grande Lisboa
Em 2023 havia menos 28,7 mil explorações que em 2019. Foram contabilizadas 261,5 mil no ano passado, “verificando-se um aumento do ritmo de abandono da atividade agrícola no último quadriénio, face à década de 2009 a 2019”. “Apesar de um número significativo de produtores ter cessado a atividade agrícola desde 2019, o decréscimo da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) foi menos expressivo (-2,6%) passando a ocupar 3,861 milhões de hectares (41,9% da superfície territorial)”, indica o INE no seu Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023.

A menor expressividade fica a dever-se à dimensão média das explorações, que aumentou 1,1 hectares de SAU por exploração desde 2019 (8,1%), passando dos 13,7 hectares para os 14,8 hectares por exploração. Isto porque, a diminuição do número de explorações aconteceu sobretudo nos pequenos produtores, verificando-se decréscimos de 22,8% nas explorações de menor dimensão, com menos de um hectare de SAU, e de 8,5% nas com um hectare a menos de 10 hectares de SAU, sendo que o número de explorações com 10 ou mais hectares de SAU cresceu 1,6%.
O decréscimo do número de explorações ocorreu em todas as regiões, mas foi mais evidente na Grande Lisboa, onde cerca de um quarto das explorações abandonaram atividade desde 2019, e menos expressivo no Alentejo (-4,7%). A Grande Lisboa e a Península de Setúbal registam os maiores decréscimos de SAU, face a 2019. A dimensão média das explorações apresenta uma grande variabilidade regional, sendo de 71,2 hectares por exploração no Alentejo, cerca de cinco vezes superior à média nacional, enquanto no Norte e Centro é de 6,2 hectares e 7,3 hectares por exploração, respetivamente.

O perfil dos produtores

O inquérito também destacou as diferenças entre os dirigentes das sociedades agrícolas, que têm em média 54 anos e boas qualificações, e os produtores singulares, cuja média de idades é de 65 anos e a formação agrícola é principalmente prática. Os produtores singulares são maioritariamente homens (67%),  43,6% concluíram apenas o primeiro nível do ensino básico e 47,2% têm formação agrícola exclusivamente prática, sendo que apenas 15,1% trabalha a tempo completo na atividade da exploração agrícola, representatividade semelhante à dos que declaram que a maioria do rendimento do seu agregado familiar provém da atividade agrícola da exploração (14,5%).

Já os dirigentes das sociedades agrícolas, que  também são maioritariamente homens (85,4%), são consideravelmente mais novos que os produtores singulares, apresentam melhores qualificações, uma vez que cerca de metade concluiu o ensino superior (49,7%) e 26,8% tem formação agrícola completa. O INE refere ainda ” a importância das sociedades agrícolas na estrutura produtiva, que é muito superior à sua representatividade (6%)”. O documento aponta ainda para o aumento da mão de obra assalariada, que compensou o decréscimo da mão de obra familiar e interrompeu a tendência de decréscimo do volume de mão de obra agrícola registada desde 1989. “Embora a mão de obra agrícola continue a ser composta maioritariamente pela população agrícola familiar, o contributo dos trabalhadores assalariados permanentes passou a representar 22% (+3% do que em 2019) e o conjunto da mão de obra sazonal e da contratação de serviços alcançou os 15% (+2% do que em 2019)”, revela.

Foto: Site CAMB

Há mais culturas permanentes

Dos 3,861 milhões de hectares de SAU, 54,4% são pastagens permanentes (eram 51,7% em 2019), 23,3% culturas permanentes (21,7% em 2019) e 22% terras aráveis (26,2% em 2019). Pela primeira vez as culturas permanentes ocupam uma área superior às terras aráveis.
Nas culturas permanentes, aumentou o cultivo de frutos subtropicais (,7 mil hectares em 2019 para os 13,7 mil hectares em 2023),  sobretudo devido à aposta em pomares de abacateiros e de kiwi; cresceu a plantação de frutos pequenos de baga, com destaque para pomares de medronhos para consumo em fresco (eram 7,1 mil hectares em 2023); cresceu o investimento em frutos de casca rija, em particular de amendoais (passaram a ocupar mais de 74 mil hectares) e ainda embora, de menor intensidade, de castanheiros (+2,3%) e de nogueiras (+2,9%), indica o INE.

Quanto à área ocupada por culturas temporárias, tem vindo a diminuir desde 1989, cenário que se manteve em 2023: houve “importantes reduções de áreas nos cereais para grão (-17,5%, face a 2019) e na batata (-23,0%, face a 2019)”. “Em contrapartida, continua a verificar-se um aumento significativo da superfície de leguminosas para grão (+35,6%, face a 2019), tal como da superfície de hortícolas (+11,6%, face a 2019)”, indica o Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2023.

No olival, após uma década (2009-2019) de aumentos significativos, a área ocupada estabilizou em torno dos 376,4 mil hectares (-0,2%, face a 2019). Por outro lado, a vinha regista um aumento médio anual de 1,1% desde 2019, em linha com o regime de atribuição de autorizações para novas plantações, ocupando 180,8 mil hectares, em 2023. “Observa-se ainda um aumento das superfícies certificadas para a produção de vinhos com certificação (DOP e IGP), que já ocupam mais de 90% da área de vinha destinada à produção de vinho (79,6% em 2019)”, lê-se no documento.

O crescimento da agricultura biológica

O aumento significativo das explorações e das áreas certificadas em modo de produção biológico é um dos destaques deste Inquérito. Ele é assinalável, desde 2019, já que a agricultura em modo de produção biológico, em representatividade da superfície na SAU, passou dos 5,3% para os 18%. Ou seja, o número das explorações certificadas passou das 3,9 mil para as 12 mil explorações (+205,9%) e a superfície dos 211,5 mil hectares para os 693,2 mil hectares (+227,8%).  Sendo que dois terços são pastagens permanentes, das quais cerca de três quartos são pastagens pobres. As terras aráveis em modo de produção biológica também aumentaram consideravelmente (+239,4%), sendo a maioria desta superfície destinada aos prados temporários e às culturas forrageiras (56,8%), seguindo-se os cereais para grão (13,1%).

No entanto, foram as culturas permanentes em modo produção biológico que apresentaram o maior crescimento (261,3%), passando dos 38,9 mil hectares para os 140,4 mil hectares em 2023, contribuindo os olivais com 44,8% do total, seguindo-se os frutos de casca rija, nomeadamente os amendoais (12,4%) e os castanheiros (9,9%)

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