Integração no futuro do retalho, por David Pérez del Pino (Checkpoint)
Mais do que identificação por radiofrequência, o RFID pode ser interpretado como “Retail’s Future is Intelligent Display”, defende o diretor geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha
Rita Gonçalves
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David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha
A velocidade a que as novas tecnologias se vão sucedendo na sociedade contemporânea altera os comportamentos e dinâmicas dos consumidores, obrigando por inerência a mudanças no mundo e quotidiano dos retalhistas.
Se há cerca de 10 ou 15 anos o comportamento de consumo se resumia a ir à loja, muitas vezes no comércio dito tradicional, procurar o que se pretende, encontrar e comprar, na atualidade a integração tecnológica alterou substancialmente esta dinâmica, sendo muitas vezes antecedida ou até substituída a experiência de compra em loja pelo online. Atualmente, e para muitos consumidores, a ida à loja resume-se ao levantamento da mercadoria ou à devolução e/ou apresentação de reclamações.
Estes novos comportamentos de consumo, ainda que mais característicos nos mais jovens clientes, acaba por se estender a todas as faixas etárias, aumentando o nível de exigência dos consumidores, mas permitindo aos retalhistas ser capazes de aproveitar o potencial das novas tecnologias, chegarem ainda mais longe – criar um posto de atração e aproximação com os clientes através do “social media” e dos equipamentos inteligentes, tornando-se os seus resultados valores de referência de sucesso ou insucesso para as empresas. Os retalhistas estão, assim, constantemente, à procura de formas de melhorar a experiência de compra dos seus clientes.
Chegar a uma loja e não encontrar os artigos no número e cor pretendidos, ou ter que percorrer os corredores à procura do que se pretende já não é aceitável para os clientes. Estes preferem, na verdade, simplesmente recolher as suas compras – sobretudo em épocas de saldos e promoções – sendo as plataformas online fundamentais para manter a fidelização dos clientes.
Assim, as tecnologias têm, necessariamente, que trabalhar em favor do retalhista e este do consumidor. Ter uma aplicação que responda às questões do cliente antes mesmo deste se dirigir à loja e que permita ao retalhista gerir os seus stocks já é possível. Uma aplicação que por si permita recolher dados do cliente e dos seus hábitos de consumo, criar perfis e encaminhar o consumidor dentro da loja para o que procura ou para artigos semelhantes, já não é uma utopia de um futuro distante, mas sim uma realidade atual.
Se nos debruçamos sobre como tudo isto é possível, temos contudo, que nos aperceber de que não são só os desenvolvimentos dos equipamentos e plataformas globais de comunicação que melhoram estas experiências de compra, são também os passos de gigante que se vão dando diariamente no setor da tecnologia para o retalho de gestão de perdas e stock. E aqui existe um fator chave que não podemos nunca esquecer: o RFID, que mais do que identificação por radiofrequência, pode ser interpretado como “Retail’s Future is Intelligent Display”.