Gerir perdas nos alimentos frescos, por David Pérez del Pino (Checkpoint)
Os produtos alimentares frescos têm um conjunto de características que os tornam desafio na hora de prevenir perdas – a maioria estão em contacto com ambientes muito frios ou as embalagens dos mesmos requerem cuidados de higiene, o que não torna indicada a utilização de determinado tipo de etiquetas

Rita Gonçalves
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Por David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha
No setor do retalho alimentar, além da gestão natural das perdas de furto, é necessário considerar as perdas derivantes dos alimentos frescos. Estas constituem não só um custo para o retalhista, como produzem um nefasto impacto ambiental e, ao mesmo tempo, acarretam gastos em termos de tempo e esforço na deteção dos desperdícios alimentares.
Apesar da sensibilidade dos produtos alimentares, a realidade é que os problemas de visão e gestão de stock, reposição, localização em toda a cadeia de distribuição e até monitorização de SKU, são em tudo similares aos que se enfrentam os retalhistas, por exemplo, de roupa. É nas carnes e peixes que reside o maior desafio – a data de validade dos produtos constitui um entrave à manutenção do stock. De um modo geral, é necessário ao retalhista possuir a informação da data de validade cerca de três dias antes do termino da mesma de forma a conseguir desenvolver e implementar estratégias de promoção e venda dos produtos. Mais ainda, considerando que os produtos fora de prazo podem induzir a problemas de saúde – como intoxicações alimentares cuja repercussão para a reputação do retalhista podem ser desastrosas.
Desafio na hora de prevenir perdas
Assim, os principais riscos para o retalhista no que ao produtos frescos diz respeito são essencialmente a perda de lucros pela perda de produtos fora de prazo, a má reputação que advém das possíveis consequências do consumo de produtos estragados/fora da validade, e, por fim, a falta de stock em prateleira que pode levar os clientes a não voltarem à loja para efetuar compras.
Contudo, os produtos alimentares frescos possuem ainda um conjunto de características que os tornam desafio na hora de prevenir perdas – a maioria estão em contacto com ambientes muito frios ou as embalagens dos mesmos requerem cuidados de higiene que não torna indicado o uso de determinado tipo de etiquetas. Assim, neste setor, é de importante ajuda a existência de etiquetas resistentes às temperaturas – estão até já disponíveis etiquetas que podem ser utilizadas em micro-ondas – mas também com tecnologia RFID que garante não só uma maior acuidade de stock e/ou validade, mas também é fundamental para serviços como a entrega ao domicílio (característica dos hábitos de consumo de retalho alimentar, sobretudo em grandes meios). Graças a este tipo de etiquetas é possível não só saber exatamente em que ponto da distribuição o produto se encontra, mas também qual o seu estado de conservação. Ao retalhista é permitido assim ter uma maior visão dos seus produtos e stocks, ao mesmo tempo que combate desperdícios, perdas ou problemas de má reputação associados à conservação e venda de produtos frescos.
O retalhista do setor alimentar consegue assim encontrar soluções que se adequam não só a produtos embalados e tradicionais, mas também para os seus produtos frescos (quer embalados em loja quer de embalamento em centros de produção), alcançando maior eficiência e eficácia na venda e distribuição dos mesmos.