Crise obriga portugueses a reduzir na alimentação
“A crise obrigou a definir novos padrões de consumo. Tiveram de ser feitas escolhas no quotidiano e nenhuma despesa ficou a salvo”, explica Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem

Rita Gonçalves
Tetra Pak e Schoeller Allibert desenvolvem embalagens logísticas feitas a partir de embalagens de cartão para bebidas recicladas
Desperdício de plástico no retalho de moda online vai agravar-se até 2030
Conferência da APLOG vai debater os desafios de uma logística urbana mais eficiente
Chocolate do Dubai chega esta quarta-feira às lojas Galp
Grupo Bacalhôa reforça equipa de Enologia e cria nova Direção de Relações Institucionais
Vitacress e Flama unem-se num passatempo que premeia criatividade dos portugueses
Portugália de Alvalade reabre com nova imagem e conceito
Adega de Borba celebra 70 anos com visitas e provas gratuitas
Receitas da Decathlon atingem 16,2 mil M€ em 2024
Action chega a Ovar, Évora e Sintra em abril
Apesar dos maiores cortes dos portugueses serem nas actividades de lazer (78,8%), vestuário (76,2%) e combustível (66,2%), um número significativo de consumidores admite que a crise económica e financeira que o país atravessa já os obrigou a cortar na alimentação (33,8%), mas também em educação (25,4%) e saúde (30%).
Estas conclusões integram um estudo do Cetelem sobre a Literacia Financeira dos portugueses.
O rigor orçamental imposto pela crise económica é manifesto na forma como os portugueses passaram a gerir as suas finanças pessoais. As primeiras vítimas da austeridade são as despesas de lazer ou as despesas facilmente opcionais, sistematicamente sacrificadas em primeiro lugar: lazer e vestuário. A seguir as despesas opcionais que correspondem aos itens de despesa relativamente fáceis de anular, como o combustível (pode-se optar por menos deslocações ou por recorrer a transportes públicos). Seguem-se, todas as compras que exigem um investimento mais significativo, sendo provavelmente planeadas num horizonte temporal mais longo: telecomunicações (62,4%), TV, informática (60,2%), electrodomésticos (58,6%), remodelações (56,8%), viaturas (55,4%), mobiliário (54%) e imobiliário (46,6%).
“A crise obrigou a definir novos padrões de consumo. Tiveram de ser feitas escolhas no quotidiano e nenhuma despesa ficou a salvo. Os últimos anos têm sido de reflexão e a conclusão é quase sempre o corte da despesa. É conveniente notar que, entre os itens sacrificados em último recurso, se encontram a educação, a saúde e a alimentação, o que representa um comportamento muito racional dos portugueses. No entanto, o número de portugueses que afirma ter reduzido despesa neste tipo de item é significativo (rondam cerca de 30%)”, afirma Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem em Portugal.
Ficha Técnica
O estudo foi realizado entre 17 e 25 de Fevereiro em colaboração com a MultiDados, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de 4,4% para um intervalo de confiança de 95%