E agora…2014 !, por Sérgio Leote (Michael Page Retail)
Os planos de acção do retalho caracterizam-se por serem cada vez menos “irrevogáveis” e aplicam-se cada vez mais a um horizonte temporal mais curto

Rita Gonçalves
Casaleiro com nova imagem e novas referências
Mars vai investir 27 milhões de dólares para reduzir emissões em explorações agrícolas
Sophos e Pax8 anunciam parceria para simplificar a gestão da segurança
Wells abre nova loja em Aveiro
Panattoni Iberia constrói parque logístico em Santarém
Corticeira Amorim promove novo programa de recolha seletiva e de reciclagem de rolhas de cortiça em Nova Iorque
MO reabre lojas em Esposende e Abrantes
Abertas as candidaturas ao PEL – Prémio de Excelência Logística 2025
Novo Mercadona em Santa Iria de Azóia abre no dia 20 de março
Missão Continente salva mais de 8 milhões de refeições em 2024
Por Sérgio Leote, Consultor Sénior da Michael Page Retail
Esta altura do ano, caracteriza-se por ser particularmente animada para o sector de retalho. E um período particularmente intenso que arranca com a Operação Natal, a que se seguem os normais inventários e apuramento de resultados, culminando na época de saldos. Depois disto, é tempo de balanços, tempo de recontar as armas e preparar 2014. Sendo cada vez mais difícil fazer “futurologia” face a toda a imprevisibilidade e a todas as dúvidas que pairam sobre a economia, as empresas tentam traçar os seus planos de acção para conseguirem melhorar as suas performances. Estes planos de acção caracterizam-se também por serem cada vez menos “irrevogáveis” e aplicam-se cada vez mais a um horizonte temporal mais curto. O mercado compadece-se cada vez menos com a inflexibilidade e a capacidade de adaptação terá que ser cada vez mais apurada, exigindo-se que os timings para o efeito sejam cada vez mais breves. No sector do retalho a inflexibilidade traduz-se tipicamente em palavras como insucesso ou insolvência.
Podemos hoje ver alguns dados que poderão ser um bom pronúncio para o que será 2014, em todo o caso, o cenário continua a ser o de imprevisibilidade. Se atentarmos os investimentos imobiliários que se fizeram no sector do retalho em 2013, tendo sido quase o triplo do que foi feito em 2012, podemos prever um aumento de actividade. Os dados indicam ainda que a confiança dos consumidores recuperou em Dezembro, tendo atingido o valor mais elevado em mais de três anos. Também no desemprego, os números indicam uma redução, ainda que não seja linear se estes números serão verdadeiramente consistentes ou serão um epifenómeno provocado pelos chamados reforços de Natal, muitos deles nos sectores de retalho e hotelaria. Mas se isto são notícias ou dados que nos levariam a perspectivar um bom ano de 2014 , não poderemos deixar de referir que a incerteza do que será o pós-Troika, ou até mesmo o que será o próprio orçamento de Estado para 2014, decorrentes das apreciações do que é ou não inconstitucional, em muito contribuem para um sentimento de incerteza.
Utilizadas que estão algumas das palavras que foram destacadas por muitos portugueses como as palavras do ano, não poderia deixar de usar ou recorrer à palavra vencedora que foi Bombeiro. Permitindo-se-me fazer uma analogia, e destacando todo o respeito e apreço que os Soldados da Paz me merecem, creio que a postura dos players de retalho para este ano de 2014 deverá ser similar à de um Bombeiro, temerária e simultaneamente cautelosa.