Tété inicia produção das próprias embalagens
A Tété investiu 200 mil euros para dar inicio à produção das suas próprias embalagens, agora mais leves e mais amigas do ambiente
Rita Gonçalves
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Entrevista a João Amaro, director-geral e administrador da Tété
A Tété investiu 200 mil euros para dar inicio à produção das suas próprias embalagens, agora mais leves e mais amigas do ambiente, revela em entrevista ao HIPERSUPER João Amaro, director-geral e administrador da empresa
A Tété investiu 200 mil euros para renovar a linha de embalamento. Em que consiste o novo projecto ?
Consiste, basicamente, na aquisição de equipamento moderno que nos permitirá embalar os nossos produtos de forma a proporcionar-lhes a conservação, a um nível muito mais elevado, da sua frescura e qualidade. Porém, juntamente com este projecto, também investimos fortemente na formação dos nossos colaboradores, quer para a adopção das práticas, advenientes do equipamento novo, quer para o reforço das boas práticas no que diz respeito à segurança, higiene e saúde no trabalho.
Qual a capacidade do novo equipamento?
Penso que a questão aqui não se prende tanto com a capacidade do equipamento, mas a qualidade. E, a este respeito, a renovação da nossa linha de embalamento, além das melhorias que já enumerei, irá permitir diminuir drasticamente o impacto ambiental da nossa unidade de produção, uma vez que não só as embalagens novas, fabricadas por nós, serão mais leves do que as actuais (havendo, por essa razão, um menor dispêndio de material plástico), como também deixaremos de comprá-las aos nossos fornecedores e, assim, eliminaremos o factor transporte.
Sendo um dos objectivos “oferecer aos consumidores embalagens mais eficientes e funcionais”, quais as mudanças que vão beneficiar os consumidores?
As embalagens novas serão mais leves, mas também mais resistentes. Além disso, também iremos mudar muitos dos actuais modelos, quer na forma quer na rotulagem, o que irá permitir aos nossos clientes, por um lado, uma melhor identificação dos produtos nas prateleiras dos estabelecimentos de venda ao público, e, por outro, uma leitura mais fácil de toda a informação que os acompanha, desde os ingredientes até aos lotes e validades.
Como está a correr o ano à empresa?
2013 está, apesar de tudo, a correr-nos bastante bem. As nossas apostas são, de resto, um resultado disso mesmo, e também uma tentativa de salvo-conduto para os desafios que o futuro nos coloca.
Que acções têm levado a cabo para contrariar a desaceleração do consumo que se vive em Portugal?
Apostámos mais na qualidade e na diversificação dos nossos produtos. Este ano, por exemplo, lançámo-nos na aventura que tem sido produzir e comercializar manteigas tradicionais, mas também começámos a produzir queijo fresco de ovelha que, aliás, foi recentemente distinguido, no concurso Queijos de Portugal, promovido pela ANIL em colaboração com a FullSense, como o melhor na sua categoria.
Qual o volume de negócios registado em 2012? Qual a evolução esperada este ano?
Em 2012, registámos um volume de negócios na ordem dos 3 milhões de euros. Em 2013, este número aumentou para 3,5 milhões euros.
Que balanço faz do plano de exportação dos produtos?
Exportamos várias referências para a Guiné-Bissau, Espanha e Suíça. E estamos a desenvolver trabalho para outros países. Os valores são ainda residuais, mas contamos que aumentem nos próximos tempos.