Consumo cooperativo ganha forma em Portugal
O consumo cooperativo não é recente, mas com a crise financeira que tem abalado a economia da Europa, conquista, cada vez mais seguidores
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Rita Gonçalves
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O consumo cooperativo já não é recente, mas com a crise financeira que tem abalado a economia da Europa, conquista, cada vez mais seguidores.
Numa análise recente do Observador Cetelem esta tendência surge mais vincada nas intenções de comportamento de consumo dos portugueses: 75% afirmam que pretendem fazer trocas de produtos/serviços nos próximos anos e 81% pretendem recorrer a sites de compras de grupo.
Os consumidores europeus adoptam, cada vez mais, a moda da compra em grupo. Democratizada por sites de Internet, como o groupon.pt, este modo de compra permite aos consumidores beneficiarem de valores atractivos, desde que seja constituído um grupo de compradores bastante numeroso.
Em Portugal, apenas 43% dos consumidores afirmam não utilizarem este tipo de serviço. Num futuro próximo, somente 19% não pretendem aceder.
No entanto, o consumo colaborativo assume outras formas como, por exemplo, bolsas de permuta de pequenos serviços entre amigos ou vizinhos. Esta ainda é uma prática marginal na Europa: 17% declaram já permutar serviços de reparação, embora 40% admita que nunca o fará, seja por falta de confiança ou de tempo para dedicar a pequenos serviços, mas também por pudor.
Relativamente à adopção desta prática no futuro, perto um terço dos europeus admite que poderá começar a fazê-lo. Além dos serviços de reparação, outros domínios suscitam o interesse dos europeus: babysitting, bricolagem, jardinagem, entre outras actividades para as quais é aconselhável dar uma ajuda e receber de volta um pequeno serviço. Quando questionados sobre as razões que os levam a recorrer às bolsas de permuta de serviços, os europeus argumentam que estas servem para valorizar as suas competências ou os seus tempos livres, são economias conseguidas facilmente pelo prazer na prestação do serviço e na socialização.
“Em termos de solidariedade, de sociabilidade e de responsabilidade, os consumidores estão mais do que nunca interessados na ideia de partilha, mesmo que o seu interesse incida ainda maioritariamente em produtos de utilização ocasional. Além disso, a ideia de consumo cooperativo onde os consumidores se agrupam para ter mais peso junto dos distribuidores e fabricantes já não é muito recente: as associações de consumidores existem por todo o lado na Europa há década”, afirma Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem.