Indústria de bens de consumo cresce 8,4%
Depois do ranking dos 250 maiores retalhistas, a Deloitte apresenta as maiores empresas de produtos de consumo que facturaram 2,1 mil biliões de euros, em 2010. A liderança do ranking pertence à Samsung, seguida da Nestlé e Panasonic.
Victor Jorge
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As 250 maiores empresas de produtos de consumo cresceram 8,4%, correspondendo a um aumento de cerca de dez pontos percentuais (p.p.) face à quebra de 1,2% no ano anterior, conclui o relatório “Global Powers of the Consumer Products Industry 2012”, divulgado pela Deloitte.
De acordo com o relatório, as 250 maiores empresas da indústria de bens de consumo geraram vendas conjuntas de mais de 2,82 mil biliões de dólares (cerca de 2,1 mil biliões de euros) em 2010, representando uma evolução significativa face a 2009, ano em que as vendas totalizaram 2,57 mil biliões de dólares (cerca de 1,93 mil biliões de euros).
A liderar o ranking aparece a sul-coreana Samsung, com vendas de 134 mil milhões de dólares (o equivalente a 100 mil milhões de euros), correspondendo a uma subida de 11,2% face 2009, seguida da Nestlé com receitas de 105 mil milhões de dólares (cerca de 78 mil milhões de euros) e um crescimento de 2%, fechando-se o pódio com a japonesa Panasonic com 101 mil milhões de dólares (cerca de 75,7 mil milhões de euros), significando uma evolução de 17,2% em relação a 2009.
A América Latina é a região que lidera o crescimento do volume de vendas com 22,2%, seguida da América do Norte, que registou uma recuperação nas vendas agregadas, crescendo cerca de 11% em 2010 face a 3,2% em 2009.
Já as receitas por região é liderada pela América do Norte com 93 empresas, sendo que 87 estão sedeadas nos EUA, seguida pela Ásia/Pacífico (o Japão tem 57 empresas) com 77 companhias, fechando o Top 3 com a Europa com 66 empresas, sendo que 17 estão em França. Isto significa que 34,8 da riqueza das 250 maiores empresas de produtos de consumo está radicada nos EUA, seguidos pelos 20,8% do Japão e 6,8% da França.
Por sector, é o “Alimentar, Bebidas & Tabaco” que lidera, com 140 empresas que, em média, facturaram 9,98 mil milhões de dólares, seguidas pelas empresas pertencentes ao sector dos produtos para o lar e dos produtos electrónicos. De todos os sectores e sub-sectores, é o alimentar que se destaca com mais de 100 empresas.
Ira Kalish, director de Consumer Business da Deloitte Research nos Estados Unidos, destaca que “2010 foi um ano forte para as empresas de grande consumo apesar da volatilidade dos mercados devido à crise da dívida na Europa, dos problemas constantes no mercado imobiliário norte-americano e do abrandamento na China. Um efeito positivo para as empresas de grande consumo decorrente do abrandamento do crescimento global, será a continuada redução dos preços de commodities”.
De acordo com o relatório, o volume médio de vendas para o top das 250 empresas aumentou para 11,3 mil milhões de dólares em 2010, face a 10,3 mil milhões de dólares registados em 2009.
O relatório destaca que as empresas de produtos de consumo vão continuar a investir em processos de “analytics” por forma a monitorizar alterações de valor e lucros na indústria, nos diversos mercados e entre esses mesmos mercados, e a compreender tendências, comportamentos e padrões de actividade que forneçam os insights necessários para uma vantagem competitiva.
Os produtos de grande consumo irão, cada vez mais, usar processos de “analytics” para optimizar o “pricing” maximizando o retorno sobre o investimento no que respeita ao marketing e gastos de trade. Os processos de “analytics” serão também úteis para potenciar o envolvimento através de social media, facilitando a comunicação de inovação, experiência de novos produtos, ajudando a uma melhor compreensão individual dos consumidores.
Kalish conclui que “apesar de se manter difícil o contexto económico em 2012, a perspectiva global de longo prazo mantém-se promissora. Particularmente nos principais mercados emergentes como Índia, o Brasil, Turquia, Indonésia, a região Andina na América do Sul e grande parte da África subsaariana, que oferecem às empresas de grande consumo possibilidade de crescimento mais acentuado e novas oportunidades”.