Collective Buying
A opinião de Pedro Barbosa, docente da EGP-University of Porto Business School (EGP-UPBS), relativamente à temática do “Collective Buying”.
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Hipersuper
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O Collective Buying é uma tendência relativamente recente, que procura aliar a economia de escala de grupos de compradores com oportunidades de negócio em prazos reduzidos, que potenciem a compra por impulso. Tipicamente, são comercializadas por empresas que se encontram entre a oferta e a procura, gerindo de um lado negócios potencialmente interessantes e do outro bases de dados regionais relevantes, que permitam que cada um dos negócios disponha de um número suficiente de adesões para se poder concretizar.
Estas empresas – cujas referências são a Groupon (internacional) e a Yupideal (portuguesa) – dedicam-se a negociar um “deal” para oferecerem às suas amplas bases de dados diariamente. Este negócio – cujos descontos oscilam entre os 50 e os 85% – só acontece uma vez ultrapassado um número mínimo de adesões, devidamente comunicado de forma dinâmica nos respectivos portais. Desta forma, os interessados em que cada negócio aconteça (por quererem usufruir de um determinado desconto/oportunidade) são estimulados a comunicarem às suas próprias redes rapidamente – o tempo é um factor psicológico muito relevante – , tornando o processo viral.
Não será uma coincidência que nestes deals diários raramente se comercializam produtos. Trata-se de uma oferta centrada em serviços, precisamente porque são aqueles em que se concentram maiores margens comerciais e menores custos fixos inultrapassáveis. Destaque-se que, além do desconto mínimo de 50%, as empresas que vendem os serviços cedem ainda metade do valor às empresas de Collective Buying – que obviamente têm de ganhar no processo. Portanto, cedem uma margem entre os 75% e os 90%, o que limita de forma significativa os potenciais negócios – admitindo que os preços iniciais marcados são fiáveis.
O modelo de negócio condiciona a que os deals se centrem em marcas que procuram desta forma aumentar o tráfego ou aumentar a notoriedade da sua marca e serviços, mais do que comercializar aquele serviço. De igual forma, os negócios com custos marginais insignificantes – como a visita a um SPA – são frequentemente repetidos.
Muito interessante para os consumidores, o Collective Buying – depois de filtrado a um número menor de empresas capazes de gerar as melhores ofertas às melhores redes locais – manterá o seu espaço, mas não poderá sair do nicho, condicionado pelo seu próprio paradoxo de margens. Resta que o sector seja capaz de gerar deals confiáveis e não esconder em letras quase ilegíveis as condições dos negócios, frequentemente com limitações no horário, calendário e extensão do serviço.
Pedro Barbosa, Docente da EGP-University of Porto Business School (EGP-UPBS)