As marcas sabem estar nas redes sociais?
Um recente estudo da TNS revela que a maioria dos consumidores não quer ser perturbado pelas marcas nas redes sociais. Por isso, é preciso saber-se estar e definir uma estratégia para as redes sociais.
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Victor Jorge
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Um recente estudo da TNS concluiu que muitas marcas estão a gastar dinheiro inutilmente na tentativa de atrair consumidores no online sem perceber que os utilizadores não gostam de ver o seu espaço nas redes sociais invadido por marcas.
O estudo refere que os tempos mais recentes viram uma corrida desenfreada às mais diversas redes sociais, destacando claramente o Facebook e YouTube, admitindo, contudo, que, caso esses esforços não forem geridos cuidadosamente, “podem ser uma perda de tempo e dinheiro”.
A consulta que a TNS realizou a mais de 72.000 consumidores em 60 países revela que 57% dos inquiridos nos mercados desenvolvidos não demonstram qualquer vontade ou interesse em relacionar-se com as marcas através das redes sociais, aumentando este número para 60 e 61% nos EUA e Reino Unido, respectivamente. Por isso mesmo, a TNS admite que as estratégias mal definidas estão a gerar “montanhas” de lixo digital, desde o Facebook aos mais diversos blogs, que ninguém lê.
Tudo isto combina com o crescente conteúdo produzido pelos consumidores, referindo que 47% dos consumidores digitais comentam as marcas no online.
A conclusão é simples: “o resultado é uma enorme quantidade de ruído, que polui o mundo digital, fazendo com que a mensagem que as marcas querem passar passe completamente despercebida, apresentando-se como um dos maiores desafios a ultrapassar a quem quer comunicar com os consumidores através destas plataformas”.
Ganhar consumidores e fidelizá-los é mais difícil que nunca”, admite Matthew Frogatt, Chief Development Officer da TNS. O responsável da consultora salienta ainda que “o mundo online apresenta, sem dúvida, enormes oportunidades para as marcas. No entanto, somente através de estratégias de marketing feitas á medida e muito bem definidas é que conseguem concretizar este potencial. Escolher o canal errado ou simplesmente juntar-se ao ruído e lixo já existente no online, constitui um risco e pode afastar o consumidor e ter um forte impacto no negócio”.
Contudo, cerca de 54% dos inquiridos nos mercados desenvolvidos admitem que as redes sociais são um bom local para encontrar informação sobre produtos, aconselhando o estudo que as marcas deverão ter muita atenção à maneira como utilizam as redes em seu benefício, bem como a forma como se relacionam com os utilizadores.
Mas o estudo também identificou grandes disparidades geográficas, indicando que as marcas não poderão ter uma estratégia global, mas adaptada a cada mercado. Os mercados emergentes, por exemplo, são os mais abertos às marcas nas redes sociais, ao contrário dos países desenvolvidos.
“O lixo digital é a acumulação de milhares de marcas a correr para o online sem saber com quem querem comunicar e porquê. Muitas marcas reconheceram o vasto potencial das audiências disponíveis nas redes sociais, mas estão a falhar quando não percebem que estes espaços pertencem ao consumidor e que a sua presença precisa de ser proporcional e justificada”.
O estudo da TNS indica também as razões que levam os consumidores a envolverem-se com as marcas no mundo online. Cerca de 46% dos inquiridos admitiram-se motivados a deixar comentários sobre as empresas pelo simples desejo de dar conselhos, avançando, também que as pessoas gostam mais de elogios do que reclamar online (13% contra 10%).
No entanto, 61% dos utilizadores que fazem comentários online fazem-no por causa das promoções ou ofertas especiais.