FAO revela que preço mundial dos alimentos sobe 39% num ano
Segundo os números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), os preços dos produtos alimentares já terão subido cerca de 39% no período de um ano. Problema é que não se espera que baixem.
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Victor Jorge
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Os preços globais dos alimentos, em Junho 2011, subiram para perto das máximas recordes, principalmente devido à forte apreciação do açúcar que ofuscou a queda nos valores do complexo de grãos no período, informou recentemente a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O índice mensal de preço dos alimentos medido pela FAO, que monitoriza um cabaz de commodities, subiu 1% em Junho, para 234 pontos, correspondendo a uma subida de 39% a igual período de 2010 e pouco abaixo do recorde de 238 pontos atingido em Fevereiro.
O principal factor para esta situação foi o açúcar, que subiu 14% na comparação mensal, para 359 pontos. As cotações do produto distanciaram-se das mínimas observadas em Maio com preocupações de que o envelhecimento dos canaviais e um clima adverso no Brasil poderiam reduzir a produção abaixo do nível do ano passado.
Já esta semana, a trading britânica Czarnikow baixou a projecção da campanha brasileira para 535 milhões de toneladas, representando uma quebra de 40 milhões de toneladas face à previsão inicial, juntando-se a um grupo de outros analistas que diminuiu as expectativas para acolheita deste ano.
Os preços dos cereais, contudo, recuaram ligeiramente em Junho, à medida que um clima melhor aliviou temores sobre a produção na Europa e nos Estados Unidos e a Rússia retomou os embarques após uma proibição que durou vários meses.
De referir que o índice de cereais da FAO bateu nos 259 pontos, queda de 1%face a Maio, mas ainda 71% acima do patamar registado em Junho de 2010
A organização elevou em 11 milhões de toneladas a estimativa da produção mundial de cereais em 2011/12, para 2,313 mil milhões de toneladas, volume 3,3% maior que em 2010/11. Os stocks finais globais devem superar em 6 milhões de toneladas a quantia apurada no início da temporada 2011/12. Os preços do açúcar também devem cair nos próximos meses. Ainda se prevê um grande superávit de oferta neste ano, mesmo que haja uma redução da campanha brasileira, e a chegada da colheita no Hemisfério Norte.