FAO revela que preço mundial dos alimentos sobe 39% num ano
Segundo os números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), os preços dos produtos alimentares já terão subido cerca de 39% no período de um ano. Problema é que não se espera que baixem.
Victor Jorge
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores
Os preços globais dos alimentos, em Junho 2011, subiram para perto das máximas recordes, principalmente devido à forte apreciação do açúcar que ofuscou a queda nos valores do complexo de grãos no período, informou recentemente a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O índice mensal de preço dos alimentos medido pela FAO, que monitoriza um cabaz de commodities, subiu 1% em Junho, para 234 pontos, correspondendo a uma subida de 39% a igual período de 2010 e pouco abaixo do recorde de 238 pontos atingido em Fevereiro.
O principal factor para esta situação foi o açúcar, que subiu 14% na comparação mensal, para 359 pontos. As cotações do produto distanciaram-se das mínimas observadas em Maio com preocupações de que o envelhecimento dos canaviais e um clima adverso no Brasil poderiam reduzir a produção abaixo do nível do ano passado.
Já esta semana, a trading britânica Czarnikow baixou a projecção da campanha brasileira para 535 milhões de toneladas, representando uma quebra de 40 milhões de toneladas face à previsão inicial, juntando-se a um grupo de outros analistas que diminuiu as expectativas para acolheita deste ano.
Os preços dos cereais, contudo, recuaram ligeiramente em Junho, à medida que um clima melhor aliviou temores sobre a produção na Europa e nos Estados Unidos e a Rússia retomou os embarques após uma proibição que durou vários meses.
De referir que o índice de cereais da FAO bateu nos 259 pontos, queda de 1%face a Maio, mas ainda 71% acima do patamar registado em Junho de 2010
A organização elevou em 11 milhões de toneladas a estimativa da produção mundial de cereais em 2011/12, para 2,313 mil milhões de toneladas, volume 3,3% maior que em 2010/11. Os stocks finais globais devem superar em 6 milhões de toneladas a quantia apurada no início da temporada 2011/12. Os preços do açúcar também devem cair nos próximos meses. Ainda se prevê um grande superávit de oferta neste ano, mesmo que haja uma redução da campanha brasileira, e a chegada da colheita no Hemisfério Norte.