Preços das matérias-primas continuarão em alta
De acordo com o mais recente relatório da OCDE e da FAO, a alta dos preços das matérias-primas e a volatilidade dos mercados vão manter-se.
Victor Jorge
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As previsões da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para 2011-2012 admitem que uma boa campanha nos próximos meses poderá fazer baixar os preços das matérias-primas dos níveis extremos que se têm registado ao longo deste ano. Contudo, as previsões destas duas entidades apontam para que na próxima década os preços reais dos cereais deverá aumentar cerca de 20%, enquanto no caso da carne os crescimentos poderão chegar aos 30% quando comparados os preços com o período de 2001-2010.
Estes preços mais altos estão a ser passados através da cadeia alimentar, resultando numa inflação dos preços ao consumidor na maioria dos países. Estes aumentos revelam-se preocupantes para a estabilidade económica e segurança alimentar nalguns países, em especial para os consumidores em risco de má nutrição, salienta o relatório.
“Enquanto preços mais altos são, geralmente, boas notícias para os produtores e agricultores, o impacto nos países em desenvolvimento, que gastam um valor significativo do seu rendimento em alimentos, pode ser devastador”, admitiu o secretário-geral da OCDE Angel Gurría.
“Por isso, pedimos aos governos para melhorar a informação e transparência tanto dos mercados físicos como financeiros, encorajando os investimentos que aumentem a produtividade nos países emergentes, removendo políticas de distorção na produção e comércio, dando, ao mesmo tempo, assistência aos mais vulneráveis para gerir o risco”, diz o responsável no comunicado que acompanha a divulgação do relatório.
Já Jacques Diouf, director-geral da FAO, salienta que “no contexto de Mercado actual, a volatilidade dos preços mantêm-se como factor importante nos mercados agrícolas, além das políticas coerentes serem necessárias tanto para reduzir essa mesma volatilidade e limitar os impactos negativos”.
Diouf deixa ainda a nota que “a solução para este problema passa por investimentos na agricultura e reforço do desenvolvimento rural nos países em desenvolvimento, onde 98% da população com fome vive actualmente e onde essa mesma população deverá aumentar cerca de 47% nas próximas décadas”.