Retalho 2020 pela Jong Lang LaSalle
A Jong Lang LaSalle lançou um research – Retail 2020 – que, ao longo do mês de Junho analisará as mudanças no panorama global de retalho nos próximos dez anos.
Victor Jorge
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Depois de, no final de Maio, ter lançado o Retail 2020, um estudo completo acerca das mudanças no panorama global de retalho nos próximos dez anos, apostando num formato inovador através de um site interactivo e feito à medida, a Jones Lang LaSalle divulgou ontem a segunda parte do estudo Retail 2020, denominada “Power to the People /Consumer Cut-through”.
Na primeira parte, o objectivo era cobrir todos os factores que se espera tenham impacto no imobiliário de retalho na região EMEA até 2020, incluindo as alterações económicas, tecnológicas, demográficas e culturais, bem como algumas questões: O que reserva o futuro? Como é que os principais players poderão manter-se líderes?
Para Robert Bonwell, CEO EMEA Retail da Jones Lang LaSalle, “nos próximos dez anos, o panorama global de retalho parece estar posicionado para sofrer um período de mudanças acentuadas. Quer seja proprietário ou ocupante, senhorio ou retalhista, as condições irão agravar-se na próxima década face aos anos anteriores – mas continuarão a existir grandes oportunidades para aqueles que consigam, de forma rápida, aliar uma excelente capacidade de actuar e um discernimento irrepreensível”.
O Retail 2020 explora a configuração futura do retalho, abrangendo aspectos como os segmentos, as localizações, os formatos, a oferta e as geografias, bem como a rentabilidade (crescimento, custos e modelos de negócio), e foi lançado numa série de capítulos a partir de 28 de Maio. O objectivo do Retail 2020 é disponibilizar uma base pertinente de pressupostos acerca do futuro do retalho europeu.
Já Manuel Puig, director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, acrescenta que “à medida que emergimos da recessão, o retalho continuará a ser uma parte significativa da economia, impulsionando o crescimento, o emprego e um nova envolvente dinâmica para os consumidores. Com este projecto, iremos relacionar-nos com players-chave do retalho, discutindo as nossas previsões para o futuro do mercado, incluindo questões como o equilíbrio do poder para os consumidores, a expansão das cadeias, bem como o retalho online”.
Na segunda parte do research do Retail 2020, a A Jones Lang LaSalle sublinha alguns pressupostos com que os retalhistas e proprietários de centros comerciais terão que se defrontar ao longo da próxima década:
Marketing baseado nas necessidades: Os retalhistas terão que revisitar as necessidades dos consumidores, que foram, de alguma forma, ignoradas na recente década do boom, e entre eles a facilidade e acessibilidade ao retalho são cruciais. O tempo e a comodidade passarão a ser medidas cruciais que os consumidores utilizam quando decidem como relacionar-se como os retalhistas.
Desenvolvimento de necessidades para uma nova década – Os melhores retalhistas terão que saber responder a tendências sociais importantes para disponibilizar aos consumidores uma ligação mais genuína às compras incluindo a arte de viver, o multiculturalismo, design e longevidade, feminilidade e ambiente. Os centros comerciais e os retalhistas terão que unir-se para satisfazer essas necessidades, e haverá um reinvestimento nas localizações de retalho locais.
Dimensão e Estrutura do Mercado – Devendo o crescimento demográfico manter-se estático ao longo da próxima década, os retalhistas necessitarão de contabilizar menos jovens adultos, o alargamento da base dos segmentos de consumo e a reforma em massa do grupo de consumo «Early baby boomer», de elevado poder de compra.
A fragmentação dos mercados – Contrariamente à realidade actual, com três grandes segmentos de consumo, em 2020 os retalhistas terão que dirigir-se a cinco grupos: Geração X (os adolescentes do momento), a quem se juntarão a Geração Y (os que serão então maiores de idade), a Geração Baby Boomer – que será dividida em dois grupos, devido aos estilos de vida de reforma ou activo -, e a Geração Sénior, de consumidores mais velhos.
Em relação a esta segunda parte, Robert Bonwell, refere que “se considera “a emergência incontestável do poder de escolha do consumidor e a relação em mutação entre não só retalhistas e consumidores, como também produtores. Dedica especial atenção à forma como a internet e as tecnologias associadas continuam a emancipar o poder do consumidor. Esta secção do relatório explora também a ligação emocional dos consumidores às compras, e como o próprio perfil do consumidor está a alterar-se: os baby boomers estão na idade da reforma; o número de jovens adultos está a cair de forma dramática e há, agora mais que nunca, um elevado número de homens envolvido na experiência de retalho completa. Os consumidores estão mais exigentes do que alguma vez e gradualmente a retirar o poder aos retalhistas e produtores. Este capítulo conta-nos como os retalhistas podem ser bem sucedidos num ambiente tão desafiante e competitivo”.
Numa análise nacional, o director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, acrescenta ser “evidentemente que também em Portugal é patente um crescente poder do consumidor, cada vez mais exigente nas suas decisões e informado quanto às suas opções. Estamos actualmente perante um consumidor em constante mutação, que enfrenta novos desafios na gestão dos seus recursos, quer financeiros, quer sociais e de tempo, face a um leque de oferta bastante mais abrangente e competitivo, mas também a uma necessidade de controlo de orçamento”.