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Retalho 2025: retail media, marketplaces e diversificação de receitas são tendências
Um em cada cinco retalhistas já geram pelo menos 20% das suas receitas fora da sua atividade principal, avançam os especialistas da Webloyalty. O retalho “encontra-se num estado de transformação constante”.
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Retail media, venda através de criadores de conteúdo, sustentabilidade, parcerias cross-sector, inteligência artificial, a ascensão dos marketplaces, redefinição do ponto de venda, aposta nos valores da marca, diversificação de fontes de receita e fusões e aquisições: para os especialistas da Webloyalty, serão estas as dez tendências no retalho em 2025.
“O setor do retalho encontra-se num estado de transformação constante, impulsionado pela tecnologia, pelas expectativas em mudança dos consumidores e por um panorama económico dinâmico”, resumem, sublinhando que estas tendências “serão cruciais para navegar neste panorama em mudança, prosperar no futuro do retalho e ter sucesso num ambiente cada vez mais competitivo”.
Retail media
Consolida-se como um motor-chave do setor, transformando a publicidade digital e posicionando os retalhistas como atores principais. Este modelo, baseado na segmentação e personalização graças aos dados dos clientes, oferece um ROI mais direcionado do que os meios tradicionais.
Influenciadores
Em 2025, mais de metade das marcas planeiam aumentar o seu orçamento para criadores de conteúdo (LTK e Northwestern University), impulsionadas pelo crescente mercado de influenciadores de moda, avaliado em 6.820 milhões de dólares em 2024 (Grand View Research), revela a Webloyalty. “Plataformas como o TikTok, o Instagram e o YouTube não só facilitam a descoberta de produtos, como também permitem compras diretas, combinando a imediatez digital com uma forte ligação emocional entre marcas e consumidores”, exemplifica.
Sustentabilidade
De acordo com o Diverstech Global Guide to Sustainable Retail Industry 2025, os consumidores querem que os retalhistas os ajudem a adotar um estilo de vida mais sustentável e exigem que as marcas tomem a iniciativa: 64% querem que reduzam as embalagens, 50% desejam informação sobre como reciclar e 46% precisam de esclarecimentos sobre a origem dos produtos. “As empresas que priorizam a sustentabilidade não só satisfazem consciências, como também melhoram os resultados financeiros”, destaca.
Cross-sector
As colaborações estratégicas entre marcas de diferentes setores ou com audiências distintas perfilam-se como uma tendência-chave, segundo a Webloyalty, que dá como exemplos a colaboração entre a Deliveroo e a Hurr para o aluguer de roupa, a coleção da Mango com Victoria Beckham ou a aliança da Netflix com La Romana Dal 1947 para a estreia de ‘Os Bridgerton’, como parcerias que “demonstram o potencial destas sinergias para gerar impacto, aportar valor ao consumidor e posicionar as marcas como inovadoras e relevantes”.
Inteligência artificial
A inteligência artificial, com um mercado projetado em 45.740 milhões de dólares para 2032 (Precedence Research), consolida-se como uma força transformadora no retalho que veio para ficar e crescer. Os consumidores procuram experiências personalizadas que se ajustem às suas necessidades, e a IA permite às marcas oferecer precisamente isso.
Marketplaces
A ascensão dos marketplaces próprios é outra tendência para 2025, já que permitem aos retalhistas “ampliar o seu catálogo com produtos de terceiros, sem os riscos associados ao inventário”. “Este modelo oferece ao consumidor uma experiência mais completa, com maior comodidade e variedade num único ponto de compra”, sublinham os especialistas da Webloyalty.
Pontos de venda
As lojas físicas não perdem terreno para o e-commerce, mais do que isso, reinventam-se como centros de experiência, integrando tecnologia e personalização. Espaços de lazer e gastronomia, provadores virtuais, lojas sem contato e pontos de recolha online transformam o papel da loja tradicional. “Esta fusão do físico e do digital cria ambientes atrativos que fortalecem o vínculo entre marcas e consumidores”.
Autenticidade
A Webloyalty coloca a autenticidade entre as dez tendências para 2025 e assegura que se tornou um valor fundamental para as marcas, com 88% dos consumidores a considerá-la um fator-chave nas suas decisões de compra (Stackla). “Num mercado onde a lealdade é cada vez mais difícil de conquistar, as marcas que projetarem coerência e transparência nos seus valores, desde a sustentabilidade até a sua comunicação, ganharão a confiança do consumidor e posicionar-se-ão como líderes”, destaca.
Fusões e aquisições
O panorama económico impulsiona a consolidação no setor do retalho, com grandes empresas a adquirirem marcas menores para fortalecer a sua posição e expandir o seu alcance. “Fusões e aquisições redefinem a competitividade, favorecendo as empresas com maior capacidade de inovação e adaptação, enquanto muitas empresas menores lutam para sobreviver”.
Diversificação de fontes de receita
A diversificação de receitas tornou-se uma prioridade estratégica para os retalhistas, assegura a empresa de geração de receitas adicionais para e-commerce através de uma solução de Retail Media. “As empresas líderes transformam as suas plataformas em ecossistemas multifuncionais, integrando opções como anúncios ou localizações de destaque para gerar receitas recorrentes. Os espaços comerciais evoluem do transacional para o imersivo, combinando comércio, eventos e subscrições para oferecer experiências dinâmicas”, assegura, acrescentando que 18% dos retalhistas já geram pelo menos 20% das suas receitas fora da sua atividade principal, segundo o estudo ‘Beyond the Core’ da Webloyalty e BRC.
Eduardo Esparza, VP General Manager da Webloyalty Iberia & Brasil, avança que 2025 “marcará um ponto de viragem para o sector do retalho, definido pela inovação, pela sustentabilidade e por uma profunda orientação para o cliente”. “As marcas que se alinharem com estas tendências-chave estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades que um mercado em constante evolução apresenta”, defende.