FIPA apela ao reconhecimento estratégico da indústria agroalimentar na 7.ª Conferência para a Competitividade
A iniciativa reuniu representantes do setor agroalimentar, membros do Governo e académicos para debater os principais desafios e oportunidades da indústria alimentar e das bebidas em Portugal.

Hipersuper
Já pode ler a edição 434 em formato digital
Hambúrguer híbrido é o novo lançamento do Future Taste da Auchan
FENAREG e CAP vão debater o futuro da agricultura no Sul da Europa
434: Entrevista makro + AlmaScience + Sical + Pet + Última milha + Exportação
Adriana Collado é a nova diretora de marketing da InPost Ibérica
Buondi apresenta os Cofftails by Buondi
Quatro em cada dez jovens portugueses compram online
Empresas aceleram investimento em IA Generativa apesar de preocupações regulatórias
Lidl Portugal volta a associar-se ao Banco Alimentar Contra a Fome
Sociedade Ponto Verde investe 500 mil euros em nova edição do Re_Source para transformar gestão de resíduos de embalagens
“Alimentar a Economia” foi o mote da 7.ª Conferência para a Competitividade, promovida pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares, no passado dia 22 de maio, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A iniciativa reuniu representantes do setor agroalimentar, membros do Governo e académicos para debater os principais desafios e oportunidades da indústria alimentar e das bebidas em Portugal.
Jorge Henriques, presidente da FIPA, reforçou o papel estruturante do setor, apelando ao novo Governo para que reconheça a sua importância estratégica, propondo a criação de um Ministério da Agricultura e da Alimentação e de uma Secretaria de Estado da Alimentação. Defendeu ainda políticas de incentivo à inovação, exportação e segurança alimentar, nomeadamente através de um plano nacional de segurança alimentar, programas de apoio à internacionalização e harmonização do IVA para os bens alimentares na taxa reduzida, além da eliminação dos impostos sobre bebidas açucaradas.
José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas, reiterou a centralidade do setor agroindustrial, destacando a relevância da digitalização, da investigação e da segurança energética como pilares para a sustentabilidade do modelo produtivo.
A conferência incluiu diversos painéis de reflexão, entre os quais uma mesa-redonda sobre soberania alimentar e reservas estratégicas, com intervenções de Arlindo Cunha, Eduardo Diniz, José Romão Braz e Patrícia Fonseca. A urgência de criar stocks estratégicos de cereais foi um dos alertas lançados, dada a fragilidade atual da cadeia de abastecimento nacional.
Raquel Vaz Pinto, da Nova FCSH, contextualizou os desafios geopolíticos que a Europa enfrenta, salientando a necessidade de um maior equilíbrio entre os objetivos ambientais e digitais, e uma coordenação mais eficaz entre os interesses dos Estados-membros da União Europeia.
Na segunda parte do evento, António Serrano, CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar, sublinhou o valor da aproximação entre o setor agrícola e o meio académico, desafiando as empresas a integrar o conhecimento científico no seu ADN. Este foi também o foco do debate final, que contou com Adolfo Mesquita Nunes, António Casanova, Catarina Pinto Correia e José Pedro Salema, onde a digitalização e a inteligência artificial foram apontadas como alavancas para cadeias de abastecimento mais eficientes e resilientes.