I&D

Portugal Foods revela as tendências de inovação no setor agroalimentar em 2025

Foram apresentadas as 10 grandes tendências que vão impactar o setor agroalimentar em 2025. A revelação foi feita pela consultora internacional Innova Market Insights, a convite da PortugalFoods, entidade gestora do Portuguese Agrofood Cluster, esta terça-feira, no seminário “Trends 2025”, que juntou na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, mais de 200 representantes da indústria agroalimentar e do sistema científico e tecnológico nacional.

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Portugal Foods revela as tendências de inovação no setor agroalimentar em 2025

Foram apresentadas as 10 grandes tendências que vão impactar o setor agroalimentar em 2025. A revelação foi feita pela consultora internacional Innova Market Insights, a convite da PortugalFoods, entidade gestora do Portuguese Agrofood Cluster, esta terça-feira, no seminário “Trends 2025”, que juntou na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, mais de 200 representantes da indústria agroalimentar e do sistema científico e tecnológico nacional.

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A nova revolução tecnológica, os avanços da inteligência artificial, a blockchain e a internet das coisas (IoT), assim como a automação e o futuro do trabalho, o crescimento do e-commerce e a transição para uma economia sustentável, recorrendo a investimentos em energias renováveis, estão a marcar a indústria alimentar. Inflação, guerras e instabilidade geopolítica impulsionaram mudanças nos padrões de consumo, influenciando a forma como vivemos, nos comportamos e o que comemos.

Os consumidores continuam preocupados com o aumento dos preços, mas tendencialmente estão a mudar o seu foco no momento da compra dos alimentos, preferindo os frescos e de origem vegetal, os que trazem mais benefícios para a saúde e os que provocam experiências sensoriais diferenciadas, como texturas crocantes ou sabores exóticos. A capacidade de melhorar a aparência física, assim como os benefícios que podem trazer para a saúde mental e emocional, são fatores decisivos para os consumidores no momento da compra. A procura por alimentos com base na experiência e no propósito torna os consumidores mais exigentes e atentos aos impactos das suas escolhas. O ato de comer, por si só, já não basta: os consumidores procuram experiências únicas, com histórias para contar e partilhar nas redes sociais.

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Estas são algumas das conclusões que a consultora internacional Innova Market Insights, a convite da PortugalFoods, entidade gestora do Portuguese Agrofood Cluster, apresentou esta terça-feira, no seminário “Trends 2025”, que juntou na Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, mais de 200 representantes da indústria agroalimentar e do sistema científico e tecnológico nacional. Esta iniciativa decorreu no âmbito no Pilar Estratégico dedicado ao Comportamento do Consumidor da Agenda Mobilizadora VIIAFOOD (Plataforma de Valorização, Industrialização e Inovação Comercial para o Agroalimentar – n.º C64492945600000040), que visa promover a transformação estrutural do setor Agroalimentar em linha com os desígnios estabelecidos no Pacto Setorial para a Competitividade e Internacionalização do Setor Agroalimentar.

“Esta nova edição mostra que as tendências de consumo são, hoje, muito abrangentes e que os fatores de compra são múltiplos. Responder a este grau de exigência por parte dos consumidores é um desafio para a indústria. Sem dúvida, o setor agroalimentar português tem demonstrado uma capacidade notável de adaptação às tendências globais, mantendo-se dinâmico e inovador, investindo em tecnologia e sustentabilidade. A orientação para o mercado e a atenção às preferências dos consumidores têm sido fundamentais para o desenvolvimento de novos produtos e soluções”, sublinha Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods. “Para mim, a grande revelação neste estudo é, sem dúvida, o papel que a inteligência artificial já está a ter na produção alimentar. As empresas começam a identificar as possibilidades que esta ferramenta pode oferecer ao nível da segurança alimentar, bem-estar, inovação em novos sabores ou mesmo na sustentabilidade da produção”, acrescenta.

“Os consumidores estão cada vez mais focados na qualidade dos ingredientes, valorizando aspetos como frescura, benefícios nutricionais e naturalidade. As marcas que enfatizam a qualidade superior das suas composições tendem a destacar-se no mercado. Adicionalmente, a conjuntura mundial e as novas formas de viver vieram alterar determinantemente a forma como nos comportamos em relação à alimentação, valorizando os momentos, junto de familiares e amigos e reforçando a velha máxima de que menos é mais”, afirma Enric Tardio, da Innova Market Insights, consultora que anualmente monitoriza o comportamento do consumidor e o lançamento de novos produtos a nível global, desenvolvendo uma análise aprofundada às principais tendências de consumo e apontando as oportunidades de inovação para a indústria e para as marcas alimentares.

10 grandes tendências que vão impactar o setor agroalimentar em 2025 e a médio prazo:

1. Ingredients and Beyond: À medida que a procura de produtos de valor acrescentado aumenta é fundamental relevar a qualidade, para além dos ingredientes. A qualidade do produto é o fator mais importante para os consumidores: 50% a 60% dos inquiridos valorizam o preço e a frescura dos alimentos; 40% a 50% realçam os benefícios para a saúde; 30% a 40% atribuem importância ao prazo de validade, naturalidade e teor nutricional dos alimentos; e menos de 30% valorizam as marcas.

2. Precision Wellness: A quantidade de informação ao dispor do consumidor eleva a fasquia no desenvolvimento de produtos, desafiando as marcas a satisfazerem necessidades nutricionais específicas, em qualquer fase do ciclo de vida. As marcas direcionam a sua inovação na resposta a necessidades específicas do consumidor, em termos de saúde, como, por exemplo, o controlo do peso – o que originou, no ano passado, um aumento de 10% no lançamento de novos produtos com esta finalidade.

3. Wildly Inventive: Os consumidores procuram o extraordinário, o diferente, levando as empresas a apresentarem novos produtos com misturas surpreendentes e que proporcionam o efeito “uau”. 43% dos inquiridos afirmam que procuram fórmulas “fora da caixa”, que proporcionem experiências únicas e inesquecíveis; e 40% continuam a privilegiar o sabor. Entre as combinações improváveis que despertam mais a atenção dos consumidores, 36% afirmam serem os preparados para sobremesas, 32% os alimentos que combinam lanche e prato principal e, na mesma proporção, os alimentos que misturam o salgado e o doce.

4. Flourish From Within: A crescente consciencialização sobre o microbioma humano coloca a fibra no centro das atenções. No último ano, verificou-se um crescimento de 8% no lançamento de alimentos e bebidas com ligação à saúde digestiva ou intestinal. A saúde gastrointestinal é o que motiva a compra deste tipo de produtos: alimentos e bebidas funcionais, ricos em fibras, vitamina D e probióticos. Regista-se um aumento de 24% no aparecimento de novos produtos/snacks que incluem especificamente probióticos na sua composição.

5. Rethinking Plants: A falta de naturalidade percebida de alguns produtos de base vegetal tem sido uma barreira para o crescimento desta categoria, com 35% dos inquiridos a indicarem este critério como determinante na hora da compra. Ainda assim, registou-se um aumento de 23% no lançamento de alimentos e bebidas veganos ou de base vegetal, que colocam a naturalidade como argumento de comunicação/venda.

6. Climate Adaptation: Práticas que minimizem o impacto ambiental são valorizadas, influenciando diretamente as decisões de compra. Quase metade dos inquiridos neste estudo estão muito ou extremamente conscientes do impacto das alterações climáticas, em produtos como o café, o azeite ou o chocolate. Este impacto é sentido, sobretudo, no aumento dos preços, impactando as vendas. E se, no caso do café, os consumidores afirmam que continuarão a comprar mesmo num cenário de aumento do preço, o mesmo já não acontece, por exemplo, com o chocolate, em que a tendência será de reduzir ou mesmo não comprar.

7. Taste the Glow: À medida que os consumidores procuram soluções que agreguem benefícios para a saúde e beleza, produtos que promovam benefícios para a imagem tornam-se mais populares entre os consumidores. 1 em cada 5 inquiridos afirmam que, no ano passado, compraram alimentos e bebidas com efeitos benéficos para a sua aparência. O foco está, sobretudo, na pele (face e corpo) e cabelo. As gerações mais jovens, com uma preocupação acrescida em termos de imagem e saúde da pele, motivaram o aumento de 15% no lançamento de alimentos, bebidas e suplementos, com atributos funcionais para a saúde da pele. Esta é uma preocupação com diferente impacto nas várias gerações de consumidores: 27% da geração Z têm-na; 25% da geração Y também; na geração X são 17%; e apenas 13% na geração Boomer, que privilegia mais a saúde do que a imagem nas suas escolhas.

8. Tradition Reinvented: Num mundo em constante evolução, os consumidores desejam redescobrir sabores da sua herança culinária, abraçando a autenticidade e a tradição. Quase 1 em 2 dos consumidores, a nível mundial, considera que é importante consumir alimentos que expressam a sua herança/tradição e a diversidade de culturas alimentares. 65% gostariam de ver mais receitas antigas e tradicionais nas prateleiras dos supermercados, ao passo que 64% afirmam querer experimentar novos produtos com sabores antigos ou inspirados em receitas tradicionais’. Esta é uma oportunidade para as empresas criarem ligações mais próximas com o consumidor nostálgico.

9. Mood Food: Mindful Choices: Os consumidores optam, cada vez mais, por alimentos que influenciam positivamente o humor e o bem-estar mental, estabelecendo ligação direta entre dieta e saúde emocional. Para as marcas, este é o momento de apostarem no lançamento de produtos que se ligam sentimentalmente aos consumidores. 36% dos inquiridos afirmam que ‘sentir-se bem mental ou emocionalmente é o principal objetivo de saúde’. Esta é uma oportunidade para a indústria explorar a utilização de ingredientes como vitaminas e minerais, demonstrando o seu benefício. Destacam-se cinco nutrientes principais a considerar nos alimentos e bebidas que visam melhorar a saúde mental: vitaminas B6, B9 e B12, vitamina D, vitamina C, magnésio e vitamina E. 51% dos novos lançamentos de alimentos e bebidas monitorizados, que alegam benefícios para o cérebro, possuem vitamina B.

10. Bytes to Bites: As empresas começam a desbloquear todo o poder da Inteligência Artificial (IA), passando do reconhecimento das suas potencialidades para aplicações concretas, que elevam as experiências dos consumidores. No ano passado, registou-se um crescimento exponencial (+720%) de novos lançamentos de produtos alimentares criados pela IA. As empresas começam já a identificar as possibilidades que a inteligência artificial oferece, sobretudo, em quatro domínios: i) segurança alimentar, ex: deteção da deterioração de sumo de fruta e leite ii) bem-estar, desenvolvimento de novas formulações, ex: novos adoçantes para bebidas; iii) inovação em sabores, algumas empresas já aproveitam IA para formular os sabores do futuro e elevar a inovação alimentar; iv) sustentabilidade, ex: uma cadeia de distribuição alimentar passou a vender, pastinacas/cherovias (produto hortícola parecido com a cenoura) cultivadas de forma autónoma, recorrendo exclusivamente ao controlo por sistemas que utilizam IA, drones, sensores e equipamentos robotizados, para garantir a eficiência do ciclo produtivo, reduzindo simultaneamente as emissões de carbono e melhorando a qualidade das culturas

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

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Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

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O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

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A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

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Bebidas

Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra

‘Para Que Nunca Acabe’ pretende mobilizar comunidades, parceiros e consumidores para cuidar e valorizar a origem da água da Serra da Estrela.

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Proteger a água e regenerar a Serra da Estrela é o objetivo do ‘Para Que Nunca Acabe’, lançado pela Água Serra da Estrela. O programa reflete “o compromisso da marca com a preservação da água da Serra da Estrela e com a regeneração do ecossistema único onde nasce”, assegura a marca.

O Programa pretende promover uma mudança comportamental e um impacte ambiental positivo, através de práticas responsáveis da operação da marca, da regeneração da floresta e de práticas tradicionais que a protegem, e da mobilização de comunidades, parceiros e consumidores.

Reduzir a pegada hídrica e a pegada de carbono da marca, bem como a utilização de matéria-prima virgem, regenerar a floresta, o ecossistema e revitalizar práticas tradicionais que protegem a Serra, mobilizar as comunidades locais e os consumidores para adotarem comportamentos responsáveis são os três eixos de ação do ‘Para Que Nunca Acabe’.

O programa dá sequência a iniciativas ambientais já implementadas pela Água Serra da Estrela, “como o programa de reflorestação iniciado em 2002, através do qual foram plantadas mais de 1,7 milhões de árvores em parceria com várias organizações às quais se juntou mais recentemente a Associação Cuidar”, adianta a empresa. A marca foi pioneira na introdução de medidas que reduziram drasticamente o uso de plástico virgem, atingindo em 2025 o marco de utilização de 100% rPET em todas as suas embalagens.

“A Água Serra da Estrela nasce num lugar extraordinário, que todos temos o dever de proteger. Com o programa ‘Para Que Nunca Acabe’, queremos não só agir de forma responsável, mas envolver nessa ação todos os que estão determinados a que este património natural seja preservado para as gerações futuras”, afirma Ana Rita Martins, Marketing manager da Água Serra da Estrela.

 

 

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