Coca-Cola suspende distribuição de bebidas nas lojas Intermarché em França
Dada a falta de entendimento em relação à lista de produtos a integrar nas lojas Intermarché e Netto durante 2020. Bebidas como Fanta e Sprite também afetadas
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A produtora de refrigerantes Coca-Cola interrompeu as entregas de todas as suas gamas (Coca-Cola, Fanta, Sprite, Fuzetea, Honest, Tropico, Caprisun e Monster) junto das cadeias Intermarché e Netto, dada a falta de entendimento em relação à lista de produtos a integrar nos lineares das mesmas durante 2020, avança a publicação francesa LSA.
Numa carta publicada pelo título especializado, o presidente de ambas as cadeias, Thierry Cotillard, explica que a decisão foi tomada unilateralmente, pela Coca-Cola, acusando a gigante do setor de bebidas de “abuso de posição dominante”, com o objetivo de forçar a aceitação de todos os seus produtos.
O presidente explica que as cadeias informaram a Coca-Cola da intenção de reduzir, no próximo verão, o espaço destinado a refrigerantes nos seus lineares, em favor de produtos “mais saudáveis”.
O mercado de soft drinks caiu 3,2% em volume de vendas nos últimos 12 meses, justifica o responsável, acrescentando que os clientes estão à procura de produtos mais benéficos para a saúde.
“A empresa Coca-Cola foi, portanto, informada muito cedo, e de acordo com as regras, de uma redução em suas gamas, em particular colas. Até prova em contrário, somos livres de escolher o nosso sortido, desde que os fornecedores recebam aviso prévio”, lê-se na carta.
“A Coca-Cola contesta claramente essa liberdade de escolha. Ao parar para entregar sem aviso prévio toda a linha, abusa de sua posição dominante para nos forçar a aceitar todos os seus produtos”.
Thierry Cotillard acrescenta ainda que a Coca-Cola pretende “restringir o acesso do Intermarché e da Netto a novas linhas de produtos, geralmente feitas por pequenas e médias empresas”, que a empresa gostaria de integrar, em vez de cola.
Em reação, também numa carta à LSA, a Coca-Cola disse que as declarações do presidente são “imprecisas” e que as entregas foram colocadas “em espera”, enquanto aguardam ouvir a posição do Intermarché sobre os produtos a entregar este ano. Explica que o contrato com o Intermarché terminou “a 31 de dezembro de 2019” e que, apesar das ofertas, as partes não conseguiram chegar a um acordo até ao primeiro dia de janeiro.
A Coca-Cola acusa ainda o Intermarché de ter anunciado “uma exclusão massiva” de seus produtos, mas diz que continua a priorizar as negociações com a empresa.