Grupo Jerónimo Martins investiu “€1bilião em Portugal nos últimos 5 anos”
Em 2017, o mercado polaco volta a ser o destino para onde o grupo encaminha a maior fatia do investimento global. 400 milhões de euros, dos 700 milhões de euros que o grupo pretende investir no total, destinam-se àquele mercado. Em Portugal serão aplicados este ano 150 milhões de euros
Ana Catarina Monteiro
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O grupo Jerónimo Martins investiu “um bilião de euros em Portugal nos últimos cinco anos”, revelou esta quinta-feira em conferência de imprensa Pedro Soares dos Santos, presidente do conselho de Administração da empresa.
No último ano, o grupo investiu 137 milhões de euros em Portugal, tendo inaugurado 14 lojas Pingo Doce. A rede de lojas de conveniência Pingo Doce & Go, detida em parceria com as gasolineiras BP, chegou às quatro unidades com duas novas localizações. “Estamos a testar este modelo, verificando como beneficia as duas partes”, dá conta o presidente.
A unidade de negócio dedicada à venda grossista, a Recheio, recebeu investimentos de 21 milhões de euros em 2016, apostando “fortemente na exportação”. A cadeia “cash and carry” ganhou uma nova loja, situada em Sines. Além disso, a cadeia de franchising Amanhecer, que celebrou no ano passado o quinto aniversário, chegou às 285 franquias.
Por outro lado, o grupo dedicado também á produção agroalimentar estreou-se na aquacultura, com a abertura de uma unidade de exploração de robalo em Sines. A próxima instalação abrirá na Madeira, dedicada à dourada, projeto que será efetuado em três fases com vista a alcançar uma capacidade de produção de 2400 toneladas. A empresa pretende concluir “até final do ano” a construção da fábrica de laticínios, em Portalegre, a qual terá uma capacidade de produção anual de 40 milhões de litros. As unidades vêm juntar-se à unidade de engorda de bovinos em Barcelos com capacidade para 1000 cabeças de gado.
Com um volume de vendas global de vendas de 14,6 mil milhões de euros no ano transato (+6,5% face a 2015), os investidores do Grupo Jerónimo Martins no último ano alcançaram remunerações de 29%. O valor representa um aumento face ao retorno de 23,6% obtido em 2015.
A empresa abriu no último ano 177 novas lojas no conjunto dos três países onde opera (Portugal, Polónia e Colômbia). O que fez o número de colaboradores crescer para os 96 mil.
No total, no ano transato foram investidos 482 milhões de euros nas operações do grupo dedicado à distribuição, produção e restauração, sendo que a Polónia captou a maior fatia do capital (48,3%), seguindo-se Portugal (28,4%). Em 2017, o mercado polaco volta a ser o destino para onde o grupo encaminha a maior fatia do investimento global. 400 milhões de euros, dos 700 milhões de euros que o grupo pretende investir no total, destinam-se àquele mercado. Em Portugal serão aplicados este ano 150 milhões de euros.
O grupo pretende abrir 100 novas lojas na Polónia e pelo menos 150 na Colômbia. Ainda assim, a maior parte do total do valor que pretende investir destina-se à rede logística, com a construção de um centro de distribuição na Polónia, outro em Portugal, em Alfena, o qual tem abertura prevista para “maio deste ano”, e três na Colômbia.