71% dos conteúdos gerados pelo retalho são “irrelevantes” para consumidores
Google, PayPal e WhatsApp lideram o ranking de 2017 das marcas mais relevantes
Ana Catarina Monteiro
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71% de todos os conteúdos gerados pelas marcas de retalho são considerados “fracos, irrelevantes e não cumprem as expetativas” dos consumidos, segundo o estudo Meaningful Brands 2017, da Havas Media Group.
As marcas que compõem o top 10 do ranking de 2017 das marcas mais relevantes a nível global, são: Google, PayPal, WhatsApp, YouTube, Samsung, Mercedes Benz, Nivea, Microsoft, Ikea e Lego.
Este ano, o ranking da Havas analisa também os conteúdos que as marcas produzem e o seu peso no reconhecimento perante o público e desempenho financeiro da mesma, apresentando-se como a “primeira ferramenta a medir a eficácia de um conteúdo à escala global”.
Ainda que a maioria das pessoas (84%) espere que as marcas produzam conteúdos, as mesmas adiantam que 60% dos conteúdos gerados pelas marcas são “fracos, irrelevantes e não cumprem as expetativas”, mostrando um desempenho “tão baixo que não conseguem gerar impacto nos resultados de negócio e na vida das pessoas”. Apenas 40% das 1500 marcas que integram o estudo produzem conteúdos que cumprem os requisitos.
Enquanto o setor das viagens é o que produz conteúdos mais eficazes, com 47% dos inquiridos a associar a indústria de viagens a conteúdos mais eficazes, como apoio a cliente e conteúdos partilhados nos social media, por outro lado, os conteúdos gerados pelas marcas de retalho são considerados os mais fracos, irrelevantes e que cumprem menos as expetativas. Os consumidores classificam daquela forma 71% dos conteúdos gerados pelos retalhistas.
O estudo comprova ainda que, quando as marcas o fazem adequadamente, há uma correlação de 71% entre a eficácia do conteúdo e o impacto que a marca tem no bem-estar pessoal. “Quanto maior for o impacto de uma marca no bem-estar pessoal, mais relevante esta se torna e melhores são os resultados de negócio”.
Abrangendo 33 países, 300 000 pessoas e 1500 marcas, a análise anual continua a demonstrar, à semelhança do último ano, que os consumidores a nível global não se importariam se 74% das marcas desaparecessem. 75% espera que as marcas contribuam mais para o bem-estar geral e qualidade de vida, mas apenas 40% acredita que as marcas o estejam a fazer.