Parras Vinhos investe €8 milhões em terra própria no Alentejo
Apesar de vender marcas de vinho de quase todas as regiões vinícolas do País, a Parras Vinhos detinha apenas produção própria na Região de Lisboa, estando agora a expandir para terras alentejanas. O projeto envolve duas herdades, Adega, Enoturismo e um novo posicionamento a partir deste mês de setembro
Ana Catarina Monteiro
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Apesar de vender marcas de vinho de quase todas as regiões vinícolas do País, a Parras Vinhos detinha apenas produção própria na Região de Lisboa, estando agora a expandir para terras alentejanas. O projeto envolve duas herdades, Adega, Enoturismo e um novo posicionamento a partir deste mês de setembro.
A Parras Vinhos está a levar a cabo um projeto de expansão no Alentejo, para o qual estima desembolsar um total de oito milhões de euros. A empresa especializada na produção e seleção de vinhos, que apenas explora vinhas na Região de Lisboa, com as propriedades da Quinta do Gradil e Casa das Gaeiras, está a alargar a plantação própria à região vinícola alentejana.
O projeto começou em 2014, quando o dono da Parras, Luís Vieira, decide investir nos primeiros 180 hectares de terra própria na vila do Redondo, em Évora, com a aquisição da denominada Herdade das Pereiras ou Monte da Candeeirinha, a qual rebatizou de Herdade da Candeeira.
A nova casa, que integra um monumento histórico – a Anta da Candeeira, foi inaugurada oficialmente a 13 de julho deste ano. Ao mesmo tempo, a empresa apresentou os primeiros vinhos próprios alentejanos, que trouxe ao mercado sob a marca Portas da Candeeira. O nome simboliza uma “entrada”, já que o objetivo é que os vinhos comecem a sair para o mercado em 2017 com o mesmo nome da herdade adquirida.
Alargamento à Herdade da Vigia
Nos últimos dois anos, a empresa produziu 283 mil litros de vinho a partir dos 70 hectares de terra plantada nesta herdade. Ainda assim, verificou que 60% da propriedade se encontra inapta para a plantação de vinhas, dada a presença do sobreiro, tendo por isso adquirido no último ano a Herdade da Vigia. A poucos quilómetros do primeiro terreno, este espaço de cultivo abrange 230 hectares na zona circundante à Barragem da Vigia e destina-se à plantação de castas tintas. Aqui, a empresa já cultivou 20 hectares este ano, aos quais planeia somar em 2017 outros 60 hectares e a restante terra será aproveitada até 2019.
3,7 milhões de euros do total do investimento são destinados à Vigia que, além de colmatar a falta de água, vem também justificar a construção de uma Adega na Herdade da Candeeira, que deve arrancar “no próximo mês de novembro”. Com 4 200 metros quadrados de área de implantação, a Adega absorve parte dos mais de 4 milhões de euros injetados na primeira herdade adquirida e tem abertura prevista para 2018.
Alentejo oferece retorno em dez anos
A produtora pretende ainda investir no Enoturismo, dispensando até 200 mil euros na reabilitação da piscina, biblioteca e uma casa inseridas na Herdade da Candeeira para acolher turistas. As obras devem estar concluídas dentro de um ano.
“O Alentejo oferece retorno em cerca de dez anos”, afirma Luís Vieira, por ocasião da inauguração oficial do projeto de expansão da Parras, que pensa obter entre 30% a 40% do total investido a partir de fundos comunitários.
Novo posicionamento internacional
Além de deter terra própria nas regiões de Lisboa e, agora, no Alentejo, a empresa comercializa marcas de vinhos das regiões do Dão, Tejo, Península de Setúbal e Região dos Vinhos Verdes, através da área de negócio Parras Partners, que seleciona uvas cultivadas por parceiros destas regiões.
Com parceiros também no Alentejo, a empresa já vendia anualmente 4 milhões de litros de vinho desta região, a partir das marcas próprias Casas Brancas (que surgiu como produto de exportação para os Estados Unidos), Pera Doce (que começou por ser uma marca de exportação para Cabo Verde e hoje é exclusiva da Sonae) e Montaria (destinada ao canal Horeca). “Neste último ano, grande parte do vinho Montaria já surge da vindima feita na Herdade da Candeeira em 2015, mas o objetivo é que em 2019 consigamos produção própria para todas as marcas”, explica o dono da Parras Vinhos, que adota a partir deste mês de setembro a denominação Parras Wines. Depois de ter passado por um processo de ‘rebranding’, a empresa que exporta cerca de 50% das suas marcas quer intensificar o reconhecimento do mercado internacional.