As 10 tendências do consumo global em 2016
Desde consumidores “agnósticos” aos “excessivamente conectados”, passando pelos focados numa alimentação mais verde e no bem-estar mental, o estudo Top Global Consumer Trends for 2016, da consultora Euromonitor International, dá conta das tendências, atitudes de consumo e decisões de compra que os vários tipos de consumidores vão assumir em 2016
Ana Catarina Monteiro
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Desde consumidores “agnósticos” aos “excessivamente conectados”, passando pelos focados numa alimentação mais verde e no bem-estar mental, o estudo Top Global Consumer Trends for 2016, da Euromonitor International, dá conta das tendências, atitudes de consumo e decisões de compra que os vários tipos de consumidores vão assumir em 2016.
1- Consumidor agnóstico em relação a marcas
Num período de “pós-recessão”, os “hiper informados” consumidores zelam pela experiência de compra, têm à disposição múltiplas oportunidades para comparar preços e, por isso, são menos preocupados com marcas e produtos reconhecidos no mercado. Estes consumidores procuram valor e novidade, alternando a pesquisa entre lojas e produtos, o que se apresenta como um desafio para as marcas que procuram a fidelização dos clientes. São atraídos pelo valor da inovação, e não se importam de pagar um pouco mais se a relação custo-benefício lhes agradar, embora procurem pechinchas ao mesmo tempo que buscam qualidade, novos bens e serviços. Adoram encontrar qualidade em marcas não conhecidas ou não publicitadas.
2- Tempo de compra precioso
Em 2016, a poupança de tempo através da conveniência mantém-se como um fator essencial para o consumidor, que está disposto a terceirizar algumas das suas atividades diárias. Durante a época festiva no final de 2015, um terço das famílias do Reino Unido iria recorrer às refeições prontas para economizar tempo e poupar no stress. A poupança de tempo mostra-se ainda como uma chave para o crescimento quer do comércio de proximidade quer das vendas online.
3- Desafios do envelhecimento
O conceito de “velhice” está a mudar. Hoje, os consumidores de “terceira idade” são mais energétuicos, trabalham mais, gostam de manter a saúde física e prestam atenção ao bem-estar mental. Enquanto consumidores, mantêm-se também ativos, embora os consumidores seniores sejam um segmento abrangente que varia dentro e entre países.
4- Abraçar a mudança por um mundo melhor
Este ano, a luta por um mundo melhor tornou-se numa prioridade global. O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, sublinhou esta tendência numa carta aberta ao seu filho recém-nascido, onde escreveu que iria doar a maioria da sua riqueza para apoio humanitário. Além dos milionários, os consumidores individuais também querem enriquecer vidas e preservar os recursos naturais do planeta. Os clientes jovens, em particular, são visto como uma nova geração que abraça as causas sociais. As expectativas dos consumidores em relação às questões ambientais estão a crescer, nos consumidores ‘millenials’ especialmente. Com recentes escândalos ligados ao ambiente em mente, estes consumidores querem que as marcas que compram sejam mais responsáveis.
5- Consumidores sem género, produtos neutros
Fabricantes e distribuidores estão a criar marcas de género neutro. Empresas como Amazon ou Disney estão a deixar para trás as classificações dos produtos dirigidos exclusivamente a homens/meninos ou a mulheres/meninas. A moda andrógena está também a crescer, com o contributo dos dispositivos ‘wearable’, como os relógios ou os óculos inteligentes, que surgem sem nenhum género associado.
6- Alimentação mais verde até em ‘fast food’
A maioria dos cidadãos em todo o mundo está a seguir uma alimentação mais saudável. Há mais preocupação na redução do desperdício de alimentos, dentro e fora de casa. Os consumidores privilegiam a comida natural, local e sazonal. Mesmo a ‘fast food’ está a tornar-se mais verde. O consumidor tem mais consciência do processo de produção e precisa de uma maior transparência demonstrada por parte das empresas, para se sentir melhor com as suas escolhas.
7- Bem-estar mental e busca da consciência
A fascinação pelo ‘eu interior’ é um reflexo de que os consumidores perseguem algo mais do que o seu bem-estar físico. A busca pela “plena consciência” nota-se nas listas dos livros mais vendidos, das aplicações mais escolhidas, assim como na seleção das férias. O consumidor segue uma atitude holística em direção à ótima saúde física e mental, persuadidos por campanhas de redução do stress e de uma maior claridade mental. Grandes empresas, como a Google ou a Apple, estão permanentemente a adoptar esta consciencialização.
8- Os nativos digitais demasiados conectados
Agora que perto de metade da população mundial tem acesso à internet – os utilizadores da internet chegam aos três biliões em 2016 segundo prevê a Euromonitor – mais consumidores estão a viver na outra realidade da era digital. Ao mesmo tempo que cresce o número de indivíduos aficionados por inteligência artificial incorporada nos dispositivos móveis, tablets e ‘werables’, aumenta a preocupação pelos riscos que a tecnologia traz para a saúde física e emocional sobretudo das crianças e dos adolescentes.
9- Comprar para controlar o medo
Vários acontecimentos mundiais inquietantes, relacionados com o terrorismo por exemplo, as preocupações de segurança pessoais e o stress financeiro estão a fazer emergir um sentimento de medo entre os consumidores, aumentando a demanda por um maior controlo. A insegurança influencia muitas decisões de compra e a adopção de atitudes por parte do consumidor, que podem passar pelo controlo parental, por casas inteligentes para um maior controlo da habitação ou seguros de férias.
10- Solteiros gastadores e luxuosos
Em 2016, os solteiros desfrutam de uma notável solvência económica, o que lhes proporciona um elevado nível de vida. Com menos compromissos e mais disponíveis, os solteiros ‘premium’ apostam em experiências pessoais, como viajar sozinho, e adoram o comércio de luxo. Além disso, não poupam na hora de comprar presentes para crianças, como os sobrinhos. Alguns destes consumidores são “yuccies”, criativos urbanos na casa dos 20 ou 30 anos vistos como uma mistura entre os “hipsters” e os “yuppies”.