Pavimento inteligente recolhe informação para espaços mais seguros
Três alunos desenvolveram um novo conceito de pavimento inteligente assente numa estrutura elétrica conectada a um dispositivo que permite recolher informações várias e ter espaços mais seguros

Rita Gonçalves
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Chama-se “Walk IT” o projeto de “Pavimento Inteligente”, desenvolvido por três alunos de Engenharia Informática e Eletrotécnica da Universidade da Beira Interior, que venceu o Open Mind Essegur 2015. A empresa portuguesa de segurança privada organizou no final do ano passado a segunda edição desta iniciativa que tem como objetivo premiar a inovação e a investigação académica no setor da segurança em Portugal.
Cristiano Gonçalves Ramos, Rita Cerqueira Pinto e Micael Fernandes Grilo, sob orientação do professor Pedro Morais Inácio, desenvolveram um novo conceito de pavimento inteligente, assente numa estrutura elétrica conectada a um dispositivo que permite recolher informações várias.
“O conceito subjacente é simples e assenta numa série de botões de pressão que, ao serem premidos, enviam um sinal binário a uma unidade de processamento, um computador, de baixo custo. Esta funcionalidade traduz-se num conceito baseado em ‘hardware’ de baixo custo e numa menor complexidade na análise de sinais”, explicam em entrevista ao HIPERSUPER os autores do projeto.
A principal inovação deste projeto não é segurar pessoas e bens através do chão mas o facto de o pavimento assentar “num conceito de baixo custo”.
Com o prémio, os estudantes vão criar uma ‘startup’ para desenvolver o projeto. “Queremos ir mais longe no desenvolvimento do conceito, estudando o seu comportamento e métodos de aplicação. Há muito trabalho pela frente para conseguir lançar no mercado um sistema de segurança não dispendioso, de fácil utilização, duradouro, escalável e 100% fiável”.
Como funciona?
“Assim que o mosaico de chão é pisado, o botão envia um sinal elétrico à unidade de processamento. O acionamento sequencial de botões permite perceber o caminho descrito por um transeunte. A nossa unidade de processamento tem então como função guardar de forma organizada essa informação”.
Que tipo de informação é passível de ser recolhida e como podem as empresas tirar partido desta? “Ao recolher e armazenar informação a partir do chão mergulhamos numa imensidão de dados que podem ser analisados, organizados e tratados por analistas de ‘big data’. Num supermercado, por exemplo, podemos saber quais os corredores de produtos mais frequentados e comparar essa informação com as vendas desses produtos”.
Os materiais utilizados no projeto, já no terceiro protótipo, são botões de pressão, condutores elétricos para transportar o sinal do botão à unidade de processamento e um ‘Raspberry pi’. “Como os testes em espaços reais implicam custos significativos para a nossa equipa, estamos apenas a trabalhar o sistema ‘core’ do conceito. A prioridade passa, para já, por assegurar que o sistema é fiável e apresenta potencial de escalabilidade. Uma das possibilidades em estudo é, por exemplo, a sua interação com os sistemas de luz para poupar energia”.
Este sistema pode ser aplicado em qualquer ramo de atividade, espaços públicos ou privados que impliquem o movimento de pessoas e onde esse movimento influencie a atividade e o serviço prestados pela empresa”.