“Cópias de produtos levam a compras por engano em 49% dos casos”
As marcas da distribuição que “copiam as etiquetas” dos produtos de fabricante levam o consumidor à “compra por engano” em 49% dos casos, segundo o presidente da associação espanhola de marcas Promarca, Ignacio Larraciechea
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Ana Catarina Monteiro
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As marcas da distribuição que “copiam as etiquetas” dos produtos de fabricante levam o consumidor à “compra por engano” em 49% dos casos, segundo o presidente da associação espanhola de marcas Promarca, Ignacio Larraciechea.
Além de causarem equívocos nas compras do consumidor, a “cópia” de produtos de fabricante por parte da distribuição “trava a chegada de inovação” aos linerares das lojas, observa o presidente da associação espanhola, citado pelo Expansión.
O responsável acusa as cadeias de distribuição alimentar que apostam num “sortido limitado” em loja, “como o DIA ou o Lidl”, compensando com o “desenvolvimento das suas marcas próprias”, de empurrarem os fabricantes para a crise ao restringirem o acesso aos expositores das insígnias e a “competitividade” no mercado de grande consumo.
“Anteriormente as coisas estavam mais claras – ou se produzia uma marca ou se distribuía. Agora, o distribuidor da minha marca é também meu concorrente”. O que gera um “conflito de interesses”, uma vez que a distribuição é que decide “o que vende nas suas lojas, que espaço disponibiliza para as marcas, que preço apresenta ao consumidor” e ainda se “as inovações são introduzidas ou não” nas prateleiras.
“O consumidor só pode comprar o que se lhe oferece”, sublinha, apontando “em Espanha as marcas brancas detém uma quota de mercado de 40%”. O que não resulta da perda de poder de compra dos consumidores mas da falta de alternativa. “Enquanto na Grécia, que enfrenta uma das maiores crises, a quota de mercado das marcas brancas é de 20%, na Suíça, um dos países mais ricos da Europa, as marcas da distribuição concentram 50% do mercado, liderado pela cadeia Migros com uma política centrada na marca própria”.
Estas condições de mercado faz com que os fabricantes abdiquem de produzir inovação. Em 2010, foram lançados 197 produtos novos no mercado espanhol, valor que reduziu 38% até este ano, que conta com 122 inovações apresentadas ao consumidor.