Furto no retalho cai em Portugal em 2015, por David Pérez del Pino (Checkpoint)
Os comerciantes portugueses fazem, na sua maioria, contagens de inventários trimestralmente (45%), mas são cada vez mais sensíveis às potencialidades das novas tecnologias RFID para gestão de stocks, que se tornam fundamentais para o recurso generalizado ao ‘omnichannel’

Rita Gonçalves
Casaleiro com nova imagem e novas referências
Mars vai investir 27 milhões de dólares para reduzir emissões em explorações agrícolas
Sophos e Pax8 anunciam parceria para simplificar a gestão da segurança
Wells abre nova loja em Aveiro
Panattoni Iberia constrói parque logístico em Santarém
Corticeira Amorim promove novo programa de recolha seletiva e de reciclagem de rolhas de cortiça em Nova Iorque
MO reabre lojas em Esposende e Abrantes
Abertas as candidaturas ao PEL – Prémio de Excelência Logística 2025
Novo Mercadona em Santa Iria de Azóia abre no dia 20 de março
Missão Continente salva mais de 8 milhões de refeições em 2024
David Pérez del Pino
Diretor Geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha
Com a contínua crise económica e financeira que se faz sentir em todo o mundo, e que em Portugal se está infelizmente a encontrar com alguma instabilidade política, o sector do retalho enfrenta algumas dificuldades, já seja por algum decréscimo em venda seja pelo potencial aumento na perda desconhecida.
Em contra ciclo com esta situação, a verdade é que a nível mundial a perda desconhecida representa, e de acordo com o mais recente Barómetro Global do Furto 2014-2015, 1,23%. Esta é uma tendência também observada em Portugal, que coloca o país no ranking dos seis países a nível mundial com menor índice de furto, representando 301 milhões de euros em vendas, isto é, 127 euros por família ao ano.
De um modo geral, esta é uma situação animadora para os retalhistas portugueses, que conseguem ver as suas perdas reduzidas, mas não se constitui apenas por uma mudança de comportamentos, mas sim pelo incremento das tecnologias de prevenção de perda que, acompanhadas das melhorias significativas constantes, contribuem para esta tendência.
O custo em prevenção de perda em Portugal corresponde a 1,63% das vendas, ou seja, 671 milhões de euros. Para combater esta realidade, os retalhistas nacionais investem essencialmente em sistemas CCTV, etiquetas e antenas EAS e, também e cada vez mais, em etiquetagem em origem e RFID. Na verdade, RFID e a gestão de inventário são as principais prioridades dos retalhistas de um modo geral.
Os comerciantes portugueses fazem, na sua maioria, contagens de inventários trimestralmente (45%), mas são cada vez mais sensíveis às potencialidades das novas tecnologias RFID para gestão de stocks, que se tornam fundamentais para o recurso generalizado ao ‘omnichannel’, e também para um claro aumento das vendas – uma boa gestão de stock é fator essencial ao sucesso das vendas e à uma excelente experiência de compra por parte do cliente.
Os resultados desta edição do Barómetro Global do Furto, do “The Smart Cube”, alcançaram-se com inquéritos a retalhistas de 24 países de todo o mundo, concluindo ainda que, no que à Europa diz respeito, os artigos com maior índice de furto continuam a ser essencialmente smartphones, tablets, acessórios de telemóveis, lâminas de barbear, sapatos e acessórios de moda, bebidas alcoólicas e carnes frescas – todos estes por serem fáceis de ocultar, e ao mesmo tempo que possuem um potencial de revenda bastante elevado e rápido.
Este relatório, além de nos providenciar uma perspetiva clara da tendência mundial, é também um ponto de partida para nós, provedores de soluções de prevenção de perda e visibilidade de mercadoria, na hora de sentar e conversar com os retalhistas, ouvindo as suas necessidades e procurando mais e melhores soluções para as suas questões – contribuindo de maneira clara para a diminuição dos valores do furto, ao mesmo tempo que procuramos formas de aumentar o sucesso de vendas dos retalhistas.