Metade dos portugueses estão insatisfeitos com salário
Em Portugal, 48% dos trabalhadores mostram-se insatisfeitos com o salário, segundo o relatório “O estilo de vida dos portugueses”, elaborado pela consultora Nielsen. Por outro lado, 24% declara estar de acordo com o que ganha e apenas 2% está “completamente satisfeito” com o valor que recebe todos os meses
Ana Catarina Monteiro
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Em Portugal, 48% dos trabalhadores mostram-se insatisfeitos com o salário, segundo o relatório “O estilo de vida dos portugueses”, elaborado pela consultora Nielsen. Por outro lado, 24% declara estar de acordo com o que ganha e apenas 2% está “completamente satisfeito” com o valor que recebe todos os meses.
Em comparação com Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Espanha, os trabalhadores portugueses encontram-se “muito mais descontentes” com o que ganham. Em Espanha, 43% mostra o seu descontentamento, em França 38% e em Itália 35%, enquanto apenas cerca de três em cada dez britânicos e alemães estão insatisfeitos com o seu salário.
É, precisamente, no Reino Unido e Alemanha onde existe uma maior percentagem de cidadãos contentes com o que ganham, quase metade, enquanto em Espanha, Itália e França apenas representam uma terceira parte e em Portugal uma quarta parte da população.
Apesar das circunstâncias, 68% dos trabalhadores nacionais está contente por operar na sua área académica ou naquilo que mais gosta. Além disso, cerca de seis em cada dez valoriza positivamente o seu ambiente de trabalho e camaradagem entre os seus colegas. Metade está de acordo que o seu emprego e vida pessoal se equilibram.
Desta forma, não é de estranhar que 35% dos portugueses gostaria de permanecer no seu emprego o maior tempo possível, o que se traduz em uma década, no mínimo. Já 21% gostaria de manter o seu posto de trabalho para toda a vida, não chegando, porém, ao extremo dos belgas (30%) e espanhóis (26%), de acordo com o relatório sobre o estilo de vida.
O relatório apresenta também informação sobre o trabalho de sonho dos portugueses. 11% aponta para profissões ligadas ao ensino e à formação. Outros trabalhos sonhados ou perseguidos pelos portugueses estão relacionados com a arte, as comunicações e as tecnologias (9%), turismo e hotelaria (9%), agricultura, natureza e recursos naturais (9%), tecnologias da informação (7%) e ciência, engenharia e matemáticas (7%).
De acordo com o diretor-geral da Nielsen Ibéria, Gustavo Núñez, “são muitos os portugueses que consideram que o seu salário é insuficiente, logo não nos espanta estes sejam mais sensíveis aos preços. O que na realidade existe, relacionado a esta hipersensibilidade ao preço, é um problema de rendimento que faz sentir aos portugueses que não chegam a tudo com aquilo que ganham”.
O relatório internacional “O estilo de vida dos portugueses” realizou-se entre 23 de Fevereiro e 13 de Março de 2015 com a participação de mais de 30 000 consumidores online, em 60 países incluindo Ásia-Pacífico, Europa, América Latina, Oriente Médio, África e América do Norte, e que tiveram uma criança nos últimos cinco anos. A amostra em cada país é segmentada por idade e sexo em função dos utilizadores de Internet.