Natura vai remodelar todas as lojas até final de 2017
A Natura reabriu hoje a loja do Chiado. A marca tem vindo, ao longo do último ano, a remodelar os pontos de venda e espera até ao final de 2017 ter as suas 40 lojas portuguesas adaptadas ao novo conceito

Ana Catarina Monteiro
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A Natura reabriu hoje a loja do Chiado. A marca tem vindo, ao longo do último ano, a remodelar os pontos de venda e espera até ao final de 2017 ter as suas 40 lojas portuguesas adaptadas ao novo conceito.
A Natura reabriu hoje, dia 15 de outubro, a loja do Chiado, em Lisboa, com o novo conceito.
No mercado português há quase 20 anos, a insígnia está, neste momento, a proceder a uma remodelação dos seus espaços em Portugal. Depois de as vendas de roupa feminina terem passado a representar “80% do volume de vendas”, atualmente a marca direciona-se para o público feminino, valorizando a qualidade dos materiais e as questões ambientais relacionadas com a produção, feita na “Índia e na China”. É a pensar nas mulheres que os pontos de venda têm vindo a adotar a nova imagem.
A loja dos Armazéns do Chiado está mais iluminada, com tons mais claros, organização e decoração diferentes e o famoso urso que ficava à porta surge agora num ecrã digital. Novidade que por enquanto “está em fase de teste, para verificar qual a reação do público”. A reabertura do espaço coincide com a apresentação da nova coleção para de Inverno. O tamanho do ponto de venda mantém-se.
“Queremos que as pessoas percebam que os nossos produtos oferecem uma boa relação custo-benefício”, explica o director-geral da Natura em Portugal, José Lopez, indicando que, além da imagem, a insígnia está a apostar fortemente na comunicação da “qualidade” dos seus produtos”.
“O mundo da moda, mais em Portugal, nos últimos quatro ou cinco anos praticamente é tudo levado a preço. Se repararmos, grandes marcas, que evidentemente também sofreram com a crise económica, fizeram campanhas publicitárias muito agressivas, focadas no preço. Então, o que tentamos transmitir aos clientes é que os nossos produtos oferecem uma boa relação qualidade-preço. Por exemplo, com o algodão orgânico que utilizamos, as peças podem ser lavadas 30 vezes que não se vão danificar. Têm durabilidade de anos. O que faz com a marca se posicione, em termos preço, um pouco acima da concorrência”. Para competir com os preços, a empresa “tem que trabalhar junto dos fornecedores, para tentar equilibrar o preço inicial”, tendo a “preocupação de manter sempre a qualidade do material”.
A Natura criou recentemente um departamento de compras, cuja equipa está a trabalhar há cerca de um ano para a próxima campanha de verão, altura em que o responsável considera que a marca “consegue transmitir melhor o seu ADN, através dos seus padrões, os próprios tecidos e bordados”.
“Acima de tudo, queremos manter, dentro do possível, a identidade da marca nos nossos produtos, como são exemplo os sacos recicláveis ou o algodão orgânico. 15% do algodão utilizado nas peças da Natura é orgânico. Mas porque não 100%?, pergunta. Porque ninguém paga 40 euros por uma blusa simples produzida com algodão orgânico de qualidade. A cliente está disposta a pagar cerca de 20 euros por uma dessas peças. Quando chega às nossas lojas e um funcionário lhe dá uma explicação técnica ou profissional sobre a produção das nossas peças, esta diz que, ainda assim, considera o preço elevado e logo não está interessada. Lamentavelmente, a realidade é esta”, afirma José Lopez.
Depois das quedas nas vendas verificadas em 2011 e 2012, em 2013 e 2014 a marca já notou um crescimento e para este ano prevê “uma evolução mais expressiva”. “Prevemos crescer 8% em 2015, que será mais ou menos o mesmo resultado previsto para 2016. Isto, considerando os resultados do mesmo número de lojas, comparados de ano para ano”.
O responsável admite que a marca “não comunicava” e entende agora que “no mundo onde se insere tem que o fazer”, mas com uma comunicação própria. “Temos claramente que comunicar porque, por exemplo, não fizemos comunicação há dois anos e depois em 2014, com o anúncio na RFM, em dezembro tivemos 20% mais entradas nas nossas lojas, do que no mesmo mês do ano anterior. Isto é um sinal óbvio de que temos que comunicar mais”. Este ano, para a campanha de Inverno aposta RFM e na Rádio Comercial.
Presente na reabertura da loja do Chiado, com direito ao corte da fita, o responsável explica que a empresa está “a tornar as lojas visualmente mais agradáveis e confortáveis, no sentido de facilitar o acesso às peças expostas, apostando numa melhor experiência de visita e de compra. Este novo conceito procura transmitir o espírito da marca, através de detalhes como os materiais dos nossos suportes, como também na utilização de uma iluminação ‘eco-friendly’ através de luzes led de baixo consumo”.
Após remodelação nas lojas de Loures Shopping, Alegro Alfragide, Setúbal, Glicínias, Forum Aveiro, NorteShopping, Madeira Shopping, Foz Plaza e Mar Shopping, esta foi a décima loja a ser renovada no último ano. Entre os próximos meses de fevereiro e março, serão remodelas os espaços da Covilhã, Castelo Branco, Maia e São Jão da Madeira.
*Atualizado no dia 22 de outubro