Paradoxo entre legislação de comércio online e físico. “Será que um dia a Amazon vai fechar ao domingo?”
As medidas de regulação do mercado servem para garantir a igualdade entre pequenos e grandes comerciantes, através da “criação de barreiras a novos competidores, assim como a novas lojas, limitar horários de abertura ou imposição de impostos específicos”. No entanto, a “hiperegulação” não chega ao comércio eletrónico, pelo que Alfonso Merry del Val, presidente da Anged (associação espanhola de grandes empresas da distribuição) pergunta “será que um dia a Amazon vai fechar ao domingo?”
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Ana Catarina Monteiro
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A Anged, associação espanhola de grandes empresas da distribuição, defende que os associados necessitam de mais liberdade para competir com os negócios ‘e-commerce’, cujas condições “fiscais, laborais e reguladoras são completamente distintas”.
O presidente da Anged, Alfonso Merry del Val, lembrou durante a reunião anual da entidade espanhola que o consumidor “distingue cada vez menos entre os mundos offline e online” e alertou os retalhistas para “o erro de enfrentar este desafio com uma visão a curto prazo, assente na resistência à mudança e ao protecionismo”, avança o Expansión.
O responsável lembra que as medidas de regulação do mercado, tomadas nos últimos 40 anos, servem para garantir a igualdade entre pequenos e grandes comerciantes, através da “criação de barreiras a novos competidores, assim como a novas lojas, limitar horários de abertura ou imposição de impostos específicos”. A “hiperegulação” não abarca o comércio eletrónico, pelo que Merry del Val pergunta “será que um dia a Amazon vai fechar ao domingo?”.
Neste sentido, destaca os casos de Portugal, Itália, França e Reino Unido, enquanto “países que já permitem uma maior liberdade nos horários dos estabelecimentos”, comparando com Espanha.
A associação que representa 19 empresas de retalho, entre as quais Aki, Apple, El Corte Inglés e Worten, reclama “flexibilidade” para o setor de retalho espanhol, de forma a adaptar-se aos novos hábitos do cliente, que procura cada vez mais “serviços, conveniência, eficiência, garantia e preço”. O que obriga a “imensos investimentos” para a complementaridade entre os negócios online e físico, quando “a maior parte da legislação comercial impõe uma reduzida margem de manobra e regras desiguais, que prejudicam especialmente formatos de grande dimensão”.