El Corte Inglés reorganiza administração permitindo entrada de investidor catariano
Os dirigentes do El Corte Inglés nomearam Marta Álvarez Guil como diretora e reelegeram o presidente do grupo, Dimas Gimeno. Cristina Álvarez Guil e Shahzad Shahbaz entram para a administração do grupo espanhol
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Ana Catarina Monteiro
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Na manhã de 30 de agosto, a Assembleia Geral de Accionistas do El corte Inglés reuniu para apresentar os resultados e estabelecer os novos estatutos sociais de organização da empresa, que incluem a entrada de um investidor catariano na empresa, como o grupo já havia anunciado no início de agosto.
Na reunião anual dos dirigentes do El Corte Inglés foi validada a nomeação de Marta Álvarez Guil como diretora e reeleito o presidente do grupo, Dimas Gimeno, indica a Inforetail. A entrada de Cristina Álvarez Guil e Shahzad Shahbaz para o conjunto de órgãos administrativos, agora com onze membros, também ficou decidida.
A alteração de cargos tinha como principal razão permitir ao ex-primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Hamad Bin Jassim Bin Jaber Al Thani, adquirir 10% do grupo, entrando para o Conselho de Administração, até agora era formado por nove membros. Além disso, a medida teria como objetivo modernizar, adequar as reformas introduzidas para a melhoria do governo corporativo e adaptar os acordos alcançados com o novo investidor catariano, o ex-primeiro ministro do Qatar, representado agora entre a administração por Shahzad Shahbaz.
Com a reorganização, a empresa pretende adotar maior clareza e segurança no regime de transmissão de ações, sendo que não existe restrições à livre transmissão de ações que sejam propriedade da sociedade. Outra medida tomada diz respeito à possibilidade de um investidor poder integrar o conselho de administração sem necessidade de já ser acionista da empresa.
10% do capital do grupo, no valor de mil milhões de euros, é garantido no prazo de três anos a Sheikh Hamad Bin Jassim Bin Jaber Al Thani, através de um instrumento convertível em ações. O investidor catariano recebe por ano 5,25% em ações, o que lhe garante ainda um ganho acrescido de 2,25% do capital social da empresa, podendo vender estas ações adicionais ao terceiro ano.
O contrato do novo investidor garante ainda uma compensação adicional de até 2%, caso o valor da empresa seja inferior a 10 mil milhões de euros, no final de quatro anos e meio a partir do momento em que é assinado o contrato, com tolerância até aos 8 333 milhões de euros. As medidas de liquidez previstas são, entre outras, a venda de ações por parte dos acionistas maioritários ou do próprio investidor.
Com um plano de expansão definido para os próximos cinco anos, o El Corte Inglés tem como objetivos definir-se como “retalhista omnicanal, oferecendo o melhor catálogo de vendas na internet a nível internacional, uma vez que o espaço digital tornou-se uma peça fundamental da distribuição”, considera o presidente do grupo, segundo a mesma fonte.