Re-shoring. Produção industrial está a voltar aos países de origem
O setor industrial tem vindo a registar uma “tendência crescente”, a nível mundial, de relocalização das unidades fabris. Denominado re-shoring, o processo leva as empresas a reinstalar as suas fábricas nos mercados de origem devido ao aumento do interesse dos consumidores pela produção local
Ana Catarina Monteiro
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O setor industrial tem vindo a registar uma “tendência crescente”, a nível mundial, de relocalização das unidades de produção. Denominado re-shoring, o processo faz com que as empresas voltem a instalar as suas fábricas nos mercados de origem devido ao aumento do interesse dos consumidores pela produção local.
Em oposição ao processo global vivido nos anos 70 e 80 – de deslocalização das unidades fabris do seu mercado de origem (maioritariamente no Ocidente) para geografias com custos de produção significativamente inferiores (principalmente na Ásia) -, o setor produtivo inicia agora o processo inverso, avança a consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W).
O Top 10 do Global Manufacturing Index 2015 indica que a Ásia continua a ser o continente líder, com sete regiões posicionadas entre as dez com maior índice de atração de unidades de produção industrial. A Malásia encontra-se no primeiro lugar do ranking produzido pela consultora, que aponta o Vietname como a localização com maior propensão de crescimento. Já Singapura e Filipinas, que antes não estavam presentes na lista, passam a assumir as respetivas sétima e 13ª posições.
Ainda assim, há localizações que se destacam, como os Estados Unidos da América. O País subiu para a quarta posição do ranking. A tendência da relocalização é retratada também pela subida da Turquia, situada este ano na oitava posição, e ainda Holanda, Reino Unido, Polónia e Alemanha, que escalaram cinco, três e um lugares do ranking, respetivamente.
“É inegável que a Ásia se mantém, e manterá, como um importante destino para o setor transformador mas a subida dos custos de produção globais e a cada vez maior sensibilidade por parte dos consumidores face à origem dos produtos, com o consequente impacto na marca, são fatores que têm vindo a reforçar uma tendência de relocalização para o Ocidente”, considera a C&W em comunicado, no qual responsabiliza ainda “a quebra de competitividade da economia chinesa, devido ao aumento dos custos de produção maioritariamente via subida dos custos de recursos humanos”, pelo crescimento da atratividade em outros países asiáticos.
“A nível europeu, as perspetivas para o setor industrial têm melhorado. O aumento dos custos operacionais globais têm vindo a reduzir a competitividade de algumas localizações na Ásia, o que tem aumentado a atratividade da Europa e fomentado a tendência de re-shoring”, realça Marta Esteves Costa, associate, diretora ibérica de Research & Conting da Cushman & Wakefield.