Investimento no imobiliário comercial aumenta em 2015. Portugal pode alcançar os €2 mil milhões
Os investidores do mercado imobiliário apresentam intenções de expandirem os seus negócios. Mais de metade planeia um aumento nas aquisições em 2015, de acordo com o Global Investor Intentions Survey 2015 da CBRE
Ana Catarina Monteiro
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Os investidores do mercado imobiliário apresentam intenções de expandirem os seus negócios. Mais de metade planeia um aumento nas aquisições em 2015, de acordo com o Global Investor Intentions Survey 2015 da CBRE.
53% dos investidores a nível mundial planeiam aumentar as suas aquisições este ano, segundo a análise da consultora imobiliária internacional.
38% dos inquiridos pretendem investir fora da sua região em 2015. Em 2014, eram apenas 28%. Entre os que pretendem investir fora do seu país, 31% identificaram a Europa Ocidental como o principal destino do investimento, 27% dos inquiridos continuam a olhar para a Ásia como a região preferencial para os seus investimentos, já que este continente continua a apresentar um crescimento económico superior a outras regiões e a auferir de um significativo potencial de crescimento a longo prazo.
Cidades preferidas para investir
Londres mantém a sua posição como a cidade preferida para investimentos, enquanto outros centros nevrálgicos como Tóquio, Sidney, Nova Iorque e Paris continuam a fazer parte do Top 10.
Assinala-se um salto significativo na região da Ásia Pacífico relativamente às escolhas de ativos de primeira linha dos investidores: 43% em 2015 comparado com 29% no ano anterior.
As cidades de segunda linha também foram alvo de maior investimento em 2015. Madrid, Dallas e Seattle entraram, de resto, para a lista de Top 10.
Verifica-se ainda um maior apetite entre os investidores da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) e da América do Norte por investimentos de valor acrescentado fruto de cenários de oportunidade.
Tipo de ativos a investir
Os escritórios e os investimentos em espaços de indústria continuam a ser as classes de ativos preferidos, selecionadas por 33% e 29% dos investidores, respetivamente.
O interesse dos investidores em ativos de indústria e logística é alimentado pela alteração estrutural no setor do retalho e pelo crescimento do comércio eletrónico. No entanto, há uma limitada oferta de ativos disponíveis para venda neste setor, o que significa que os investidores vão continuar a enfrentar desafios na procura de negócios.
“O “novo normal” ambiente económico de crescimento moderado, as baixas taxas de juro e a compressão da rentabilidade das obrigações continuam a fomentar o investimento em imobiliário. Observamos ainda a continuação da globalização do mercado de investimento, refletida no crescimento anual de 40% de fluxos de capital em investimentos internacionais em 2014 – um valor muito acima da taxa de crescimento do mercado em geral. As conclusões do estudo reforçam a nossa perspetiva de que os volumes totais de investimento e nomeadamente o investimento internacional irão aumentar em 2015”, diz Richard Barkham, Global Chief Economist da CBRE.
Principais obstáculos à aquisição
Metade dos inquiridos identificou o preço dos ativos como o principal obstáculo à aquisição de novos bens imobiliários. 21% refere a falta de disponibilidade dos ativos e 19% a concorrência de outros investidores, enquanto argumentos identificados como entraves em todas as regiões.
Investimento em Portugal
Segundo Nuno Nunes, diretor de Capital Markets da CBRE, “o investimento em Portugal acompanha a tendência internacional, com o volume de investimento até à data já a igualar a totalidade do investimento realizado em 2014. A manter-se a tendência, e tendo em conta o ‘pipeline’ de negócios em comercialização ou em fase de pré-comercialização, é possível que 2015 seja o melhor ano de sempre em termos de investimento, podendo alcançar 2 mil milhões. O mercado português tem vindo de forma progressiva a receber interesse de investidores internacionais, que perante a crescente dificuldade de encontrar investimentos consentâneos com o seu perfil de investimento noutros mercados europeus, colocam Portugal como mercado prioritário. Muitos destes investidores nunca realizaram qualquer investimento no passado em Portugal”.