Distribuição

2014 em revista. O que marcou o comércio em Portugal

Passámos a pente fino o ano de 2014 no sector da distribuição, num texto dividido em três temas: legislação, tecnologia e insígnias

Rita Gonçalves
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2014 em revista. O que marcou o comércio em Portugal

Passámos a pente fino o ano de 2014 no sector da distribuição, num texto dividido em três temas: legislação, tecnologia e insígnias

Rita Gonçalves
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O último ano foi marcado pelas alterações legislativas nas actividades de comércio e por um avanço na tecnologia, sobretudo ao nível das soluções de pagamentos, disponíveis no retalho nacional.

1. ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO

Fevereiro – Entrada em vigor das PIRC

A 25 de Fevereiro de 2014 entrou em vigor o regime jurídico que impôs regras às práticas comerciais entre a distribuição e os fornecedores. O diploma das Práticas Individuais Restritivas do Comércio (PIRC) surgiu para combater os conflitos entre retalhistas e pequenos produtores. A distribuição representava, em Fevereiro do ano passado, cerca de 80% do comércio agro-alimentar e era dominado por dois grupos de distribuição com 50% de quota de mercado.

Com o objectivo de garantir mais transparência nas relações comerciais e assegurar que os preços praticados fossem os mais justos para toda a cadeia de abastecimento, o regulamento gerou polémica junto dos distribuidores, que anunciaram “impactos negativos”. Apesar de o Governo a considerar um impulso para as exportações, a APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição) solicitou de imediato a revisão do regime, alegando que “as normas em causa do são fonte da maior turbulência no sector, alimentar e especializado, e geradoras de elevadíssima incerteza jurídica, a pior ‘inimiga’ da Economia”, pela voz de Ana Isabel Trigo Morais, Directora-Geral da associação.

Junho – Agenda para a Competitividade do Comércio

Mas as alterações de sistema legislativo para o comércio não ficaram por aqui. Em Junho do ano passado, o Governo aprovou um conjunto de 36 medidas com o objectivo de fazer com que os sectores do comércio, serviço e restauração “liderem o processo da retoma económica” até 2020, informou o ministério da Economia. Com a Agenda para a Competitividade do Comércio, Serviço e Restauração (ACCSR) 2014-2020, o Governo pretende aumentar os trabalhadores com altas qualificações no comércio e serviços para 28% (em 2013 o valor era de 23%), colocar a exportação de serviços a representar 14% do PIB e aumentar as empresas do comércio que recebem encomendas via Internet para os 35% (21% em 2013).

Entre as medidas, destacou-se o apoio governamental a projectos de qualificação comercial que apostassem no emprego e que modernizassem os centros urbanos com oferta de proximidade.

O incentivo à modernização do comércio foi de 40 milhões de euros, “20 milhões em incentivos mais 20 milhões de linha de crédito para estes projectos em ambiente rural e urbano”, explicou o ministério acerca da nova fase da Comércio Investe. As medidas previam ainda a introdução do livro de reclamações electrónico, a revisão do código da publicidade (adequado à economia digital e ao comércio electrónico) e a criação de processos de contratação.

Dezembro – Lei da Fiscalidade Verde

Já no final do ano, reacenderam as contestações dos comerciantes, desta vez por causa da Lei da Fiscalidade Verde, que vai aumentar as taxas sobre os sacos de plástico à venda ao público, que passam a custar dez cêntimos em Fevereiro. Neste momento, decorre o período de adaptação do comércio à nova lei, cujas contribuições revertem para a Autoridade Tributária e Aduaneira.

Dezembro – Novas regras para a informação nos rótulos

As novas regras relativas à declaração nutricional obrigatória em todos os géneros alimentícios pré-embalados, entram em aplicação apenas no final de 2016. No entanto, em Dezembro do ano passado, entrou em vigor a legislação relativa à prestação de informação nos rótulos, sobre os géneros alimentícios. Todos os estabelecimentos de restauração e cafetaria, desde as grandes empresas fornecedoras de estabelecimentos públicos (como escolas, hospitais, entre outros), ou empresas privadas, até aos estabelecimentos mais pequenos, são obrigados a prestar informação sobre os alergénios dos alimentos confeccionados e vendidos ao público.

Nos produtos embalados ou pré-embalados, os alergénios passaram a ser destacados na própria lista de ingredientes, em vez de ter um resumo à parte. Na restauração e cafetaria, os estabelecimentos são obrigados a apresentar, de forma visível, a indicação de que dispõem da informação sobre os alergénios dos produtos à venda, assim como capacidade para responder aos clientes interessados.

A lista de substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias apresentada pelo Regulamento é constituída, nesta fase, por 14 alimentos e derivados com potencial alérgico, embora possa vir a ser alterada, à medida que novas informações forem surgindo.

A lei indica ainda que os rótulos dos produtos têm que apresentar uma dimensão mínima dos caracteres com vista a facilitar a leitura. Também nas vendas à distância, como a via online, são obrigados a disponibilizar toda a informação relativa ao género alimentício.

A data de congelação da carne, preparados de carne congelada e produtos de pesca congelados não transformados, passa também a ser obrigatória, além da indicação da origem para todas as carnes (fresca, congelada, refrigerada, mesmo que picada e bovino). Esta regra entra em vigor a 1 de Abril 2015.

Outra das alterações da declaração nutricional é que o sódio passa a aparecer como “sal”, embora possa ser complementado com a declaração de que o teor de sal se deve exclusivamente à presença natural de sódio. As declarações acerca de vitaminas ou sais minerais que não representem mais de 5%, não podem ser incluídas na informação nutricional, sendo que a referência ao colesterol deixa de ser permitida.

O consumidor passam, assim, a ter “acesso a mais informação, mais clara, precisa, objectiva e assim poderá passar a fazer escolhas mais informadas”, como sublinhou Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

2. TECNOLOGIA NO RETALHO NACIONAL

Outubro – Primeiro ATM de bitcoins em funcionamento

Em 2014, o primeiro ATM de bitcoins em Portugal começou a funcionar no centro comercial Saldanha Residence, em Lisboa. Na véspera da inauguração da máquina, que converte euros na moeda digital, o Banco de Portugal emitiu um alerta a relembrar os consumidores para “os riscos de utilização e de comercialização de moedas virtuais”.

A bitcoin é a primeira moeda electrónica com um software próprio oficial. A rede onde é distribuída é apenas composta por utilizadores, o que lhe confere uma base de segurança e liberdade. Nenhum banco ou processador de pagamentos é necessário para transaccionar a moeda, como é referido na página da Bitcoin Portugal.

A alternativa aos meios de pagamentos convencionais permite pagar com qualquer dispositivo, e através de SMS, e-mail, redes sociais, com o telemóvel ou pessoalmente. Com este modo de pagamento é possível vender para qualquer parte do mundo e o comerciante pode ainda controlar as devoluções. Todas as tarefas são geridas pela rede, onde não existe nenhuma autoridade a controlar as transacções. Esta autonomia faz com que nenhum utilizador corra o risco de a sua conta ser bloqueada.

Actualmente, mais de 21 mil estabelecimentos comerciais já dispõem de sistemas de pagamento através de bitcoins, via Coinbase, em todo o mundo.

Alguns gingantes do retalho, como a Amazon, Overstock, CVS e Expedia, já adoptaram o sistema de pagamento, que transporta o dinheiro para o mundo virtual.

A opção está a difundir-se rapidamente pelos pontos de vendas de todo o mundo. Durante o ano passado, a Overstock decidiu, inclusivamente, passar a pagar os bónus aos seus colaboradores com as moedas electrónicas.

Segundo a Mashable, um indicador significativo que dá conta da evolução é o valor das transacções de bitcoins, durante os dias da Black Friday e da Cyber Monday.

Em 2013, o número escalou de 99 (US) dólares, transaccionados em bitcoins em 2012, para os 6 296 dólares, na Black Friday. Por sua vez, 487 milhões de dólares foram transaccionados no dia de promoções, dedicado ao e-commerce. Em Novembro de 2013, o valor de cada bitcoin aumentou mais de mil dólares.

SIBS lança solução de pagamentos móveis

Ainda durante o mês de Outubro do ano transacto, a SIBS lançou o serviço MB WAY, que permite fazer compras e transferências bancárias instantâneas através de smartphone ou tablet, com sistema iOS ou Android, de forma segura, simples e cómoda. A empresa garante que o serviço está totalmente disponível a partir de Abril de 2015.

“Trata-se da primeira solução de pagamentos móveis do sistema bancário português para fazer compras e transferências instantâneas, utilizando apenas o número de telemóvel ou email”, explicou Luís Flores, Administrador do Grupo SIBS.

Com o MB WAY, basta introduzir o número de telemóvel ou o email para fazer a compra ou transferir dinheiro de forma instantânea. O serviço é totalmente seguro “porque o utilizador não tem de partilhar os seus dados bancários com o comerciante ou com o destinatário da transferência. Além do PIN que é sempre usado para validar as operações, é definido um montante máximo de utilização diário”.

Como explicou Luís Flores, o serviço representa a “evolução natural do Multibanco e funciona como mais um canal para que os clientes bancários façam compras e transferências.

3. O ANO DOS GRUPOS DE DISTRIBUIÇÃO

Janeiro – DIA abre primeiras lojas Clarel em Portugal

A DIA Portugal inaugurou, no início de 2014, as primeiras lojas da insígnia Clarel, cadeia de distribuição especializada na venda de produtos de cuidado pessoal, higiene, beleza e do lar.

Lisboa, Odivelas e Vila Nova de Gaia receberam as primeiras quatro unidades da insígnia do Grupo Dia, fruto da aquisição da rede de lojas Schlecker, na Península Ibérica.

No início de Fevereiro, foram inauguradas mais quatro lojas, nas localidades de Viana do Castelo. As lojas apostam numa “imagem moderna, funcional e agradável, estão localizadas em centros urbanos, com uma área de vendas entre os 160 e os 260 metros quadrados, com um sortido de produtos com aproximadamente 5 000 referências”, organizado em seis secções: beleza, higiene, infantil, animais, drogaria e alimentação. Actualmente, a insígnia tem 50 lojas em Portugal.

Julho – Auchan abre primeira clínica de ‘telemedicina’ em Portugal

O grupo Auchan, em parceria com uma empresa externa, abriu em Julho do ano passado, uma clínica médica, junto do Jumbo em Almada. A cadeia francesa queria avaliar a prestação do conceito, no qual um enfermeiro atende doentes sem marcação entre as 10 horas e as 24 horas, com o custo de 30 euros, sendo que o contacto com o médico é feito através de sistemas de telemedicina ou videoconferência. Para um serviço de saúde rápido e acessível, a Clínica do Centro dispunha de um enfermeiro para a colheita de sinais e sintomas, enquanto o médico fazia o diagnóstico e a proposta terapêutica. A Saúde 3.0, que já havia estabelecido uma parceria com o grupo para os espaços de saúde, bem-estar e ópticas, ficou responsável por explorar o modelo de negócio.

A Ordem dos Médicos (OM) pediu entretanto esclarecimentos à Entidade Reguladora da Saúde e à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo sobre as condições de licenciamento do projecto, que acredita ser uma “forma de vender gato por lebre e transformar a medicina num mero comércio, que será potencialmente prejudicial”.

A entidade veio a público ameaçar instaurar processos disciplinares a todos os médicos que estejam a praticar “em primeira linha” a telemedicina em clínicas instaladas em espaço comerciais. Na perspectiva dos médicos, “associar a prestação de cuidados médicos a uma actividade de comércio a retalho constitui uma flagrante violação deontológica da profissão e a definitiva imposição de um modelo mercantilista na saúde”. No entendimento da OM, “a situação viola de forma objectiva os artigos 94º a 97º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos (CDOM), que regulam a utilização da telemedicina, e não cumpre o dever de protecção de dados e confidencialidade defendido pela Comissão Nacional de Protecção de Dados.

No entanto, há quem entenda que não tarda muito para este ser um modelo de negócio comum na sociedade. A oferta de serviços médicos nos supermercados é uma tendência internacional e começou nos Estados Unidos, em gigantes como a Walmart e a Target. Sem centros de saúde ou urgências hospitalares acessíveis a qualquer cidadão, o conceito ganhou fama por todo o mundo, à excepção da Europa.

Agosto – Continente estreia listas de compras através de códigos de barras

O Continente, do grupo Sonae, foi a primeira marca do retalho a lançar uma aplicação que permite criar listas de compras, automaticamente e em qualquer lugar, através da leitura dos códigos de barras dos diferentes produtos. O funcionamento é simples. Para a utilizar, o cliente necessita de ter instalada no seu smartphone a aplicação Listas Continente.pt. Em seguida, basta ler o código de barras do produto que pretende e adicioná-lo à sua lista de compras. A grande vantagem é que o pode fazer em qualquer local, como por exemplo na comodidade de sua casa. Uma simples ‘visita’ à dispensa ou ao frigorífico permitirá ao cliente identificar os produtos que estão a terminar, ler os códigos de barras das embalagens e adicionar os respectivos produtos à lista de compras.

Depois de criada a lista, o utilizador pode, em qualquer altura, enviá-la para o carrinho da loja online. Por fim, só tem de aceder à loja online no seu computador, finalizar a encomenda e aguardar pela entrega em casa.

A aplicação encontra-se disponível gratuitamente para os sistemas operativos iOS e Android.

Mas as novidades da Sonae não se ficaram por aqui. Já no final do ano, a retalhista lançou um novo formato de negócio, virado para os animais.

Dezembro – Novo conceito de loja Sonae

A primeira loja ZU abriu na galeria do Continente de Matosinhos, no Porto, em Dezembro de 2014. O projecto nasceu com o objectivo de responder à necessidade das famílias em encontrar produtos e serviços especializados para cães e gatos. Com o novo conceito de ponto de venda, a Sonae, que detém a cadeia de hipermercados Continente, passou a comercializar “uma alargada gama de produtos das melhores marcas”, no que concerne a alimentação, produtos de higiene, têxteis, brinquedos e acessórios para cães e gatos.

Para já, a retalhista não prevê, ainda, a expansão geográfica do modelo de negócio mas já pensa no aumento da oferta. O grupo prevê o “alargamento da actividade a curto prazo”, e pretende passar a disponibilizar outros tipos de serviços para os animais, sendo que está confirmado um alargamento da oferta “ainda no primeiro trimestre de 2015”, com o lançamento de serviços veterinários, banhos, tosquias e treinos.

A insígnia promete revolucionar este segmento de mercado, proporcionando importantes mais-valias, que o grupo prevê que atinjam o reconhecimento das famílias, brevemente.

Marcas próprias da Sonae ganham 10 novos destinos

O ano foi positivo para o grupo, além de alargar a oferta ganhou mais destinos para onde exportar os produtos.

A retalhista alargou a actividade internacional durante os primeiros nove meses de 2014, aumentando a exportação de produtos na área alimentar. Ao todo, dez geografias foram acrescentadas ao portefólio de operações da empresa, o que fez com que “o volume de exportações aumentasse significativamente face ao mesmo período do ano anterior”, segundo Luis Moutinho, CEO da Sonae MC..

A aposta da Sonae MC no “wholesale” destaca os produtos das marcas por si desenvolvidas, nomeadamente a Continente, a Continente Gourmet, a É Continente, a Área Viva, a

Entre os mercados de exportação estão Cabo Verde, China Continental, Chipre, Croácia, Eslovénia, Macau, São Tomé e Príncipe, Sérvia, Tailândia e Timor, entre outros.

 Novembro – Jumbo continua a ser o mais barato

Depois de visitar 500 supermercados, em todos os distritos de Portugal, a Deco Proteste verificou que o Jumbo tem os preços mais baratos.

“Na morada certa, pode poupar € 350 por ano” revelou a organização sem fins lucrativos que, entre Julho e Setembro do ano passado, analisou mais de 40 mil preços para dois cabazes, sendo que cada um correspondia a um tipo de consumidor. Ao todo, foram seleccionados 83 produtos de características definidas, para um consumidor que privilegia as marcas de fabricante mais vendidas ou para quem combina marcas de fabricante com outras igualmente económicas.

A Deco apurou ainda que o Pingo Doce aproximou-se do Jumbo e ultrapassou o Continente com os preços mais baixos.

78 concelhos do País e quatro lojas online foram analisados. Globalmente, os preços do hipermercado do grupo Auchan são em média 11% mais baratos do que a cadeia que ocupa o último lugar do ranking, a SPAR.

Dezembro – Intermarché entrega prémios à produção nacional

A cadeia de hipermercados Intermarché lançou um concurso para premiar os três projectos que melhor combinaram inovação, sustentabilidade e respeito pelas origens, em Portugal. Os vencedores da primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional foram conhecidos numa cerimónia, no Centro Cultural de Belém.

A Atlantic Sun Farms Portugal, na categoria de Legumes e preparados de legumes, a Cooperfrutas – Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas de Alcobaça, na categoria de Frutas e preparados de fruta, e a Fio Dourado – Transformação e Comercialização de Produtos Olivícolas, na categoria de Produtos Processados, foram as empresas vencedoras.

O Intermarché assegurou o escoamento dos produtos dos premiados, durante um ano, sendo que a margem é repartida entre o produtor e a cadeia de distribuição, que garantiu também a visibilidade dos projectos e dos produtos em diversos meios, incluindo em loja.

A primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional contou com o Apoio Institucional do Ministério da Agricultura e do Mar e do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, e teve como parceiros associados a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Faculdade de Medicina Veterinária, o Instituto Superior de Agronomia e a Quercus.

 

Sobre o autorRita Gonçalves

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Foto : Pedro Melim
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Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

Sobre o autorHipersuper

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

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Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

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Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

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O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

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Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

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A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

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Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

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Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

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A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

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O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

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A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

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