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“Transportar a loja para onde e quando o cliente mais precisa”

“O poder transformador da tecnologia móvel, no bolso de cada cliente e trabalhador, vai permitir projectar a loja além do espaço físico”, considera em entrevista ao HIPERSUPER Paulo Magalhães, CEO da Tlantic, que organizou a conferência “The Everywhere Store”, no Porto

Ana Catarina Monteiro
Distribuição

“Transportar a loja para onde e quando o cliente mais precisa”

“O poder transformador da tecnologia móvel, no bolso de cada cliente e trabalhador, vai permitir projectar a loja além do espaço físico”, considera em entrevista ao HIPERSUPER Paulo Magalhães, CEO da Tlantic, que organizou a conferência “The Everywhere Store”, no Porto

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Ana Catarina Monteiro
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Paulo Magalhães, CEO da Tlantic

“O poder transformador da tecnologia móvel, no bolso de cada cliente e trabalhador, vai permitir projectar a loja além do espaço físico”, considera em entrevista ao HIPERSUPER Paulo Magalhães, CEO da Tlantic, que organizou a conferência “The Everywhere Store”, no Porto

Quais as principais ideias da conferência?

A primeira grande mensagem é relativa ao espaço físico. Num espírito de “open innovation”, o retalho tem muito a ganhar ao trazer experiências bem sucedidas, inclusivamente noutros sectores de actividade, para o ponto de venda. A melhoria continua através de, por exemplo, um parceiro da Tlantic, o Instituto Kaizen, que tem origem industrial (vem da indústria automóvel), aplicado ao retalho. O Continente foi pioneiro na aplicação. Isto mostra como um sector como o retalho, que à partida não é industrial, tem muito a beneficiar com a filosofia de desenvolvimento de processos aplicados à sustentabilidade, e de medidas que partem do terreno de operação (da loja neste caso), podendo estender-se a toda a companhia.

A segunda grande mensagem surgiu no segundo dia. Com o poder da combinação dessa presença física dos retalhistas, que existe e vai continuar a existir, com o poder transformador da tecnologia móvel, no bolso de cada cliente e cada trabalhador, vai poder projectar a loja muito além do espaço físico. Há portanto uma reinvenção do ponto de venda, como o conhecemos hoje.

Inglaterra é o país europeu onde o retalho se encontra mais avançado. Quais as principais tendências?

Com a mobilidade hoje a destacar-se, estamos permitidos pela tecnologia a transportar a loja física para onde (daí o nome “Everywhere Store”) e quando o cliente a quer ter, com o apoio das tecnologias e dos processos de transformação e reformulação. Hoje, conseguimos ter os meios para que esta esteja em qualquer sítio, onde o cliente esteja. Portugal não deve nada ao resto do mundo, praticando um retalho de primeira classe. Estas tendências e desafios, em alguns casos até se colocaram primeiro por retalhistas portugueses, pelo carácter inovador e pelo arrojo com que se posicionam nos serviços prestados.

Que ferramentas estão disponíveis para os retalhistas aumentarem a produtividade e reduzir a ruptura de stocks?

A questão mais determinante são as pessoas. Na mobilidade, em particular, a Tlantic desenvolveu uma solução que ganhou até o prémio “best in store sollution”, em 2010, que começámos a aplicar nos hipermercados da Sonae. Com essa solução produzimos valor, com ganhos adicionais de dez milhões de euros anuais só por passarmos a fazer a gestão dos processos de uma loja com informação móvel. A nossa medida fez com que todos os colaboradores estejam a actuar a partir da placa de vendas, onde o cliente mais precisa de apoio, e não necessitarem de estar sempre a circular entre a loja e os escritórios.

Os projectos que põem as pessoas no centro, dão um valor acrescentado enorme para o retalho. Beneficiam o cliente em primeiro lugar, a rentabilidade da loja e os colaboradores, que têm uma participação mais activa. A Tlantic, com a aplicação de tecnologia no plano de loja, transforma a força de trabalho, que em lugar de utilizar apenas braços e pernas para gerir os artigos e dispô-los nas prateleiras, trabalha de forma mais inteligente.

Acredita que a explosão do comércio online vai inferiorizar o papel do ponto de venda? Como vê o futuro das lojas físicas?

Assistimos a uma mutação constante mas as lojas físicas continuam a ser precisas. O desenvolvimento tecnológico segue no sentido do apoio às tomadas de decisões, quer na loja, quer nos meios de divulgação. A loja física vai continuar a ser importante para o retalho, podendo ser enriquecida, mas não substituída. Daí que se promove este equilíbrio onde a tecnologia tem um factor de construção de novos modelos de negócio, na forma de interagir, na venda de artigos, bens e serviços.

Há uma tendência para abrir espaços mais pequenos e de proximidade?

O aparelho físico não vai deixar de existir, e o contacto humano é essencial. É necessário utilizar a imaginação e a criatividade na forma como se lida com os processos, para promover aquilo que hoje é essencial, que é a conveniência, a vasta oferta, espaços maiores, mais ou menos afastados dos centros humanos. Os que têm apenas um espaço central, podem aplicar os processos ao nível da logística para promover a proximidade.

O que fazer com as lojas de grande dimensão? Como tirar partido de todo o espaço disponível? Pode passar pela mistura de conceitos para um comércio mais experiencial?

Lojas como o Ikea, que precisam de espaço para manter o seu “showroom”, combinado com armazém que torna necessário um espaço de grande dimensão, continuam a ser um modelo de negócio muito bem sucedido. Outro exemplo, a forma como o Continente sempre reinventou o seu posicionamento como retalhista, e pela forma como constantemente questiona o espaço e a variedade que dispõe, tal como a conveniência que cria, faz com que registe um crescimento notável e frequente, mesmo quando as tendências seguem um caminho diferente. Há várias forças, incluindo as tecnologias móveis mas não só, que vão permitir uma reconfiguração dos contactos físicos.

A personalização é a palavra-chave o sector. Porquê?

A tecnologia vai permitir uma maior humanização daquilo que é o mundo do retalho. Para o retalhista ganhar eficiência, dar uma oferta de muita maior variedade e combinar com o melhor preço, o retalho voltou-se para modelos “self-service”, no qual se via os clientes como uma massa, sem conseguir distinguir uns dos outros, e onde o único contacto que tinha com clientes era no momento de pagamento, aplicando as suas atenções no desenvolvimento das cadeias de abastecimento. Hoje, isto está a mudar, o retalhista tem que introduzir o cliente nos seus processos e as tecnologias desonvolvem-se orientadas mais para o cliente. Tanto os processos de etiquetagem, como para gerir a quebra de stocks, o que está mais perto do prazo de validade, e também a personalização e interacção com o consumidor, fazem com que esteja mais ligado à loja. O cliente pode estar presente nos processos da loja, através do seu smartphone ou outras tecnologias, e pode saber em tempo real qual é a loja mais próxima, se há stock ou não, etc. Dentro do espaço da loja, a tecnologia também permite saber quantos minutos demora na peixaria ou quanto está pronta a emenda das calças que adquiriu. Em vez de estar à espera pode estar a tomar um café e ser sinalizado no seu telemóvel. O retalhista está hoje também mais presente aquando do uso dos artigos.

Qual a relação entre espaço físico e espaço virtual no retalho?

Há muito a ganhar, e isso foi constatado na apresentação da Worten, no aproveitamento do espaço físico para servir de apoio técnico ao cliente, para que possa tirar dúvidas ou que tenha disponível um serviço de reparação, entre outras. Ganha-se muito na relação com o cliente e é uma forma de se tornar mais forte do que o retalhista que está unicamente online. Quando o cliente detecta falhas no aparelho novo que adquiriu para a cozinha e quer fazer alguma reclamação ao retalhista, pode hoje tirar uma fotografia e ter um bom serviço de reclamações e sugestões disponível a partir de casa. São milhares de ideias que podem projectar o retalho para uma outra dimensão, na conjugação do espaço físico com o virtual, sobretudo para aproximar o cliente da marca.

Aqueles que consigam ter um aparelho físico a operar em conjunto com o virtual terão mais oportunidades de negócio, em relação àqueles que acabem com os espaços físicos e se estabeleçam apenas no online.

As compras online em Portugal representam 0.9% das compras de bens de consumo. Quais acredita serem os principais obstáculos do desenvolvimento deste negócio?

Eu apontaria a confiança como um factor em que a tecnologia pode surgir para humanizar mais todo o espaço de relação entre vendedor, produtos e consumidor, que começa no processo de decisão e só acaba na utilização do artigo comprado. Até se pode projectar além da utilização, na manutenção, na reparação, na transformação de artigos em serviços. Quem é precisa hoje de ser dono de uma máquina de lavar? Isso pode evoluir no sentido em que o dono presta serviços no fornecimento da máquina a partir de casa e controla, para que precise do vendedor apenas em caso de reparação, no momento em que detectar falhas. E aí entra o retalhista também em cooperação com o produtor. Portanto, toda a cadeia de abastecimento e consumo vai virar uma rede com estas interconexões em que a intervenção móvel tem uma função decisiva.

Acredita que no futuro vamos subscrever os produtos básicos, como por exemplo, a entrega diária do pão, como quem subscreve uma newsletter de um jornal?

Não é uma realidade impossível, mas é uma metáfora para o desafio de encontrar o modelo certo e os meios de logística e comunicação, de valor acrescentado, para melhor responder às necessidades do consumidor. Há meios para que os retalhistas se tornem mais convenientes. No futuro, tudo o que puder ser partilhável, vai-se tornar um serviço.

Por que sentiram necessidade de organizar a conferência “The Everywhere Store” em Portugal?

Mais do que uma necessidade, é um estímulo para mostrar o que de bom é produzido em Portugal a0 nível do retalho. As funções que desempenho como Presidente da Tlantic, empresa internacionalizada desde que saiu para o mercado, há dois anos, permitem-me ver muito do que é feito de melhor no retalho a nível internacional e Portugal enquadra-se claramente nas melhores práticas. É bom podermos mostrar, por exemplo, as tecnologias de informação do Continente, para que entendam aquilo que é feito cá. A outra razão é por Portugal ser a “casa-mãe” da Tlantic, que organizou o evento em conjunto com a Porto Business School. Aproveitamos para enaltecer em particular o Porto, já que foi considerado este ano, uma vez mais, “melhor destino europeu”. Desta feita, deu para mostrar a quem veio de outros países e continentes, tanto o Porto como o Douro.

Durante a conferência, fez-se uma visita ao hipermercado Continente de Vila Nova de Gaia. Porquê?

A razão de ter sido no Continente do GaiaShopping foi, por um lado, porque queríamos mostrar uma loja deste tipo e a insígnia disponibilizou-se, para receber retalhistas e outro tipo de instituições, como universidades e parceiros de tecnologia. O facto de ter sido nesta loja deve-se ao espaço que tem na sobreloja, dotado de capacidade para mais de 70 pessoas, a audiência reunida para a visita. De resto, não difere em quase nada em relação às outras lojas do Continente. Foi demonstrado a melhoria contínua nos processos aplicada ao sector do retalho alimentar. E também o que a informação e os dispositivos móveis podem fazer para ajudar a operação e catalisar os processos nas operações de uma loja para servir melhor o cliente. Isto é algo que hoje, em 2014, depois de todo este processo que se iniciou em 2007, já está muito consolidado em todos os espaços da retalhista.

Que balanço faz da conferência?

Pedimos à audiência para nos dar um “feedback”, através de um questionário, e todos votaram entre o “muito bom” e o “excelente”. As pessoas gostariam que houvesse uma edição anual.

Foi a primeira edição? Pensam na continuidade do evento?

Foi a primeira vez que organizamos aquilo que eu prefiro chamar de “sessões de trabalho”, com o objectivo de evidenciar a forma como a melhoria contínua aplicada, dos processos de retalho, pode criar muito mais valor para o cliente e para quem trabalha no sector. Depois disso, pretendíamos mostrar de que forma se faz a ponte entre a informação e os processos. Já temos uma proposta para levar este equilíbrio profícuo até Madrid, desafiados pelo Instituto de Empresas de Madrid. Algo que iremos estudar e analisar, sempre centrados no retalho, com ideias “de retalhistas para retalhistas”, sem ter um cunho comercial directo vincado.

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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Casa Relvas aumenta o portfólio com três novos monocastas

Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024, Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 e Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023, são as novidades do produtor.

Os novos Casa Relvas Chardonnay, Syrah Sem Cor e Trincadeira reforçam a oferta de vinhos monocastas, “destacando a diversidade e qualidade das vinhas da região, assim como a busca e novos terroirs”, apresenta a Casa Relvas. A gama de monovarietais do produtor alentejano passa a contar com 11 referências. Das colheitas de 2023 no vinho tinto, e 2024 nos brancos, estes novos vinhos vieram juntar-se às referências de monocastas apresentadas em 2022. Para além da própria casta, os rótulos destes vinhos têm também a indicação da vinha de onde são provenientes as uvas, bem como a sua localização.

“Nos últimos anos temos vindo a adquirir e plantar novas vinhas em diferentes terroirs que se têm vindo a provar de exceção, e por isso decidimos ir aumentando a nossa gama de monocastas com uvas provenientes de outros lugares, que achamos que têm resultados em vinhos muito interessantes”, explica Alexandre Relvas, CEO da Casa Relvas. “A produção de monovarietais é sempre um grande desafio, porque cada casta tem as suas especificidades, o seu tempo de maturação e diferentes níveis de adaptação aos solos, o que também é um estímulo para a equipa da Casa Relvas”, acrescenta.

O Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024 é produzido com uvas da Vinha do Vale, na Aldeia da Serra, num vale do sopé Sul da Serra d’Ossa. A Vinha do Vale está plantada em solos argilo-xistosos pouco profundos, que obrigam as plantas a lançarem as raízes na profundidade do xisto, o que origina vinhos com muita mineralidade e grande frescura. O Vinha do Vale Chardonnay 2024, com produção de dez mil garrafas, estagiou quatro meses em barricas de carvalho francês. “É um vinho amarelo citrino, de aroma fresco e vibrante, a maçã verde, melão, pêssego e aromas cítricos, em equilíbrio com notas de baunilha, muito discretas. Apresenta bom volume de boca e acidez muito equilibrada, a terminar num fim de boca longo”, apresenta o produtor.

Com uvas da Vinha do Ribeiro, plantada em 2015 em Orada, na região de Borba, o Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 é um Blanc de Noirs, um vinho branco feito exclusivamente a partir de uvas tintas, neste caso da casta Syrah. “O principal objetivo de se produzir um Blanc de Noirs vai muito para além do aspeto comercial, pois é através desta técnica que se conseguem obter vinhos brancos com mais estrutura e complexidade”, explica o produtor. Depois de um estágio de quatro meses ‘sur lies’ (manter o vinho em contato com as borras finas, ou seja, as leveduras) o resultado é um vinho de cor amarela, com laivos dourados. Com aroma complexo de pêssego, damasco, maçã verde, pera e frutas cítricas, é possível também identificar algumas notas de flores brancas, como jasmim e flor de laranjeira. Foram produzidas 40 mil garrafas deste Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024.

Por último, o Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023 é feito com uvas da Herdade de São Miguel, Redondo, onde começou a a história da Casa e Família Relvas. A Vinha de São Miguel foi plantada em 2003, junto à barragem da Herdade de São Miguel, numa encosta virada a norte. Com uma estágio de 12 meses em tonel, “este é um vinho de cor rubi com reflexos violeta, que apresenta um aroma intrigante e sofisticado com delicadas notas de flores brancas, que lhe conferem um toque de leveza e frescura. “Revela também nuances de floresta molhada e, por fim, os aromas evoluem para subtis notas de tabaco, adicionando profundidade e elegância. Na boca sentem-se taninos sedosos e ligeiros com excelente persistência e mineralidade”, apresenta a Casa Relvas, que produziu 12.500 garrafas deste monovarietal.

 

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CONFAGRI diz ser “incompreensível” a redução do apoio à horticultura

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal considera “incompreensível” a exclusão das culturas em regime de sequeiro, dos apoios dados à horticultura.

A CONFAGRI afirma ser “incompreensível” que, só após os agricultores assumirem os custos de produção das sementeiras realizadas, “o grupo de pagamento ‘Horticultura’ deixe de conter, através de uma Orientação Técnica, as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro”. Essa alteração que incluí, agora, apenas apoios para as culturas de regadio, “irá traduzir-se numa impactante redução de apoio aos agricultores nacionais e deve, por isso, ser alvo de alteração por parte da tutela”, defende a Confederação.

“De facto, a alteração do grupo de pagamento para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro indicada no ponto 2.2.4 da OT AG PEPACC N.º 16/2025, traduzir-se-ia numa redução do apoio em cerca de seis vezes, no caso da intervenção C.1.1.8 – ‘Agricultura biológica (reconversão e manutenção)’, e em cerca de 12 vezes no caso da intervenção C.1.1.7 – ‘Produção integrada (PRODI) – Culturas agrícolas'”, sublinha a CONFAGRI.
Para a Confederação, esta alteração carece de discussão e justificação técnica, “devendo ser objeto de decisão em sede de reprogramação do PEPAC e não apenas apresentada aos agricultores após estes terem assumido os custos de produção das sementeiras já realizadas”.

“Medidas como esta não trazem a previsibilidade desejada e prometida aos agricultores”, alerta Nuno Serra. O secretário-geral da CONFAGRI defende ser “urgente” que o Ministério da Agricultura e Pescas altere a Orientação Técnica em causa, “repondo os apoios previstos para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro conforme disposto na Portaria n.º 360/2024/1, de 30 de dezembro”.

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Alimentar

Snacking é uma forma de conexão segundo estudo de tendências da Mondelēz

O estudo ‘State of Snacking’, da Mondelēz International conclui que os consumidores veem este produto “como uma forma de conexão e partilha”.

A multinacional alimentar divulgou as informações sobre o amor, a conexão e os snacks no seu sexto relatório anual ‘State of Snacking’, um estudo global de tendências de consumo que analisa como os consumidores tomam decisões em relação ao snacking. “Os resultados do estudo indicam que 71% dos consumidores a nível global concordam que partilhar um snack com outras pessoas é uma ‘love language’, uma forma de expressar amor”, avança a Mondelēz International. Este valor é ainda mais alto entre os inquiridos da geração Millennial e da geração Z.

Desenvolvido em parceria com The Harris Poll, o estudo de 2024 acompanha as atitudes e comportamentos em relação aos snacks entre milhares de consumidores em 12 países e conclui que os consumidores estão cada vez mais a usar as pausas para snacks “como uma forma de expressar amor pelos outros, bem como por si próprios”.
A pausa para um snack é também uma forma de conexão, refere o estudo, acrescentando que os consumidores estão cada vez mais focados na conexão que os snacks proporcionam, com 64% a praticar o snacking regularmente para se conectar com os outros e 93% concordam que conseguem sempre encontrar um snack adequado para partilhar.

“A comida tem o poder de reunir as pessoas e fomentar uma sensação de conexão”, refere Melissa Davies, Senior Manager, Global Insights & Trendspotting da Mondelēz International. “À medida que os consumidores dão prioridade ao tempo para uma pequena indulgência, também fazem questão de partilhar essa experiência de prazer com os outros”, diz ainda

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Logística

HAVI implementa em Portugal um projeto-piloto de gestão de armazéns

Portugal foi o país escolhido pelo Grupo Havi para receber este projeto-piloto, pela dimensão adequada e qualificação das suas equipas

A Havi, empresa global de soluções de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, está a implementar o primeiro sistema de gestão de armazéns (WMS) da Infor, no seu centro de distribuição do Porto. “Este projeto-piloto implementado em Portugal representa um marco significativo na estratégia de transformação digital global da empresa”, destaca a multinacional, que refere ser este “um sistema avançado que ajuda na standadização”. “Utiliza ferramentas para melhorar a precisão do inventário, maximizar a utilização do espaço disponível, aumentar a eficiência do trabalho e melhorar a qualidade do serviço ao cliente. Para além disso, acompanha e controla o fluxo físico de mercadorias e o fluxo de informações à medida que os produtos circulam pelo armazém”, explica.

As características do centro de distribuição do Porto levaram a que fosse escolhido como instalação pioneira para testar este sistema, já que tem capacidade de servir como modelo para futuras implementações. Para a empresa, a implementação deste sistema no centro de distribuição do Porto “é um marco fundamental na jornada de transformação da Havi, e resulta da colaboração excecional, dedicação e trabalho árduo de todas as equipas envolvidas”, sublinha Luís Ferreira, Managing Director da Havi Portugal. “Este é um passo estratégico para reforçar a segurança das TI, simplificar operações e continuar a definir os padrões de referência do setor. Para além disso, com esta solução colocamos Portugal na vanguarda da mudança e tornamo-nos um exemplo a seguir por outros países”, conclui.

Fundada em 1974, a empresa serve mais de 300 clientes em mais de 100 países, com soluções na aquisição, no armazenamento ou na entrega de produtos.

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Retalho

Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social

O Grupo Jerónimo Martins foi integrado no FTSE Diversity & Inclusion Index – Top 100, um índice de referência que lista as empresas cotadas em bolsa com melhor desempenho na promoção de locais de trabalho diversos e inclusivos.

O FTSE Diversity & Inclusion Index analisa mais de 15.500 empresas cotadas em bolsa em todo o mundo e que integram índices como S&P 500, ASX300, MSCI World, MSCI Emerging Markets, FTSE100 ou Bovespa. A Jerónimo Martins ocupa a 46ª posição a nível mundial, sendo a única empresa portuguesa, bem como a única da indústria ‘supermercados e lojas de conveniência’, a figurar neste índice, informa o Grupo num comunicado.

A metodologia utilizada tem por base a recolha de 24 indicadores de entre os pilares Diversidade, Inclusão, Desenvolvimento de Pessoas e Controvérsias, recorrendo a informação pública e a uma equipa de mais de 700 analistas. “As 100 empresas mais bem classificadas são selecionadas para o índice, sendo organizadas de acordo com a pontuação global de Diversidade e Inclusão, numa escala de 0 a 100 pontos. O Grupo Jerónimo Martins conquistou uma avaliação de 74,25 pontos”, informa ainda.

A existência de serviços de apoio aos filhos dos colaboradores, como creches em Portugal, a existência de políticas que contribuem para o equilíbrio da vida pessoal e profissional, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e a percentagem de colaboradores com deficiência e/ou incapacidade são alguns dos indicadores analisados.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm merecido distinções nacionais e internacionais de referência. Desde 2021 que a holding tem a distinção ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ desde 2021 e o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023.

O Grupo viu também o seu Programa Incluir ser premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria ‘Qualificação e Inclusão’. Mais recentemente, foi o Fórum Económico Mundial também a distinguir o Programa Incluir como um de oito case-studies em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, que revela iniciativas empresariais de grande impacto social desenvolvidas em todo o mundo.

 

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Bebidas

Essência do Vinho regressa ao Porto com 4.000 vinhos de 400 produtores

De 20 a 23 de fevereiro, no Palácio da Bolsa, a Essência do Vinho – Porto vai ainda acolher um concurso e várias provas comentadas.

De acordo com a organização, durante os quatro dias, vão ser dados a provar cerca de 4.000 vinhos de 400 produtores representados. Do programa, destaca-se a ‘Revista de Vinhos – TOP 10 Vinhos Portugueses by Cork Supply’, prova com júri internacional que agrega um grupo de provadores formado por jornalistas, críticos, sommeliers e elegerá a dezena de vinhos mais entusiasmantes do país, tendo por base uma pré-seleção realizada pela publicação ao longo do último ano.

A 20 de fevereiro, o palco das provas comentadas terá referências nacionais e internacionais. ‘A nova Borgonha, para lá dos clássicos’, ‘Susana Esteban: Vertical Sidecar’, ‘Gaja, sonhar em Itália’ ou ‘A Sogrape também é ímpar’ são algumas das provas do dia.

Já no segundo dia de evento, as salas do Palácio da Bolsa vão dos Açores ao Douro, passando ainda pelos Vinhos Verdes e pelos vinhos do Brasil com as provas ‘Czar: o vinho do Pico que parece impossível’, ‘Os terroirs da Quinta do Vale Meão’, ‘Alvarinhos, de A a S: estilos de vinificações, tempos de estágio e diversidade de perfis’, ‘Symington: The Library Release Porto Vintage Collection’ e ‘Vinhos de Minas Gerais’.

O terceiro e penúltimo dia da Essência do Vinho – Porto, ‘Paulo Nunes: 20 anos de vindimas’, ‘Mosel, Alemanha: Weingut Max Ferd. Richet’, ‘Cachaça de Minas Gerais’, ‘Quinta de Lemos: 20 anos’ e ‘Tapada de Coelheiros Garrafeira’ são algumas das provas que a acontecer paralelamente às provas abertas que, ao longo dos  quatro dias, vão congregar 4.000 vinhos dos 400 produtores representados no Palácio da Bolsa, ao longo dos quatro dias de evento.

‘Dão revelado: o desafio dos sentidos’, ‘Brancos de guarda da região dos Vinhos Verdes’, ‘Maison Boizel: o pináculo do champanhe artesanal’, ‘Biondi-Santi: de Brunello di Montalcino, um Sangiovese singular’ são as provas agendadas para domingo, dia 23 de fevereiro.

A par da programação e das provas livres, destaque de novo para o ‘RV Room Experience’, um espaço exclusivo que apresenta grandes famílias do vinho.  Paralelamente, o projeto ‘Gosto do Porto / Taste of Porto’ volta a incidir sobre mais de 80 restaurantes, lojas, garrafeiras e wine bares da cidade, para um roteiro de experiências complementares.

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Exportação

Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

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“Ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”, destaca o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), em comunicado. Jorge Tomás Henriques afirma-se otimista para os resultados em 2025, apesar da situação na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos.

A União Europeia representou 5.593M€ nas exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a indicarem que nos 12 meses de 2024, e por comparação a igual período de 2023, houve uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas nacional, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Já para fora do bloco comunitário as exportações alimentares e de bebidas alcançaram 2.596M€, o que representou um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América, com 13,9% e 4,2%, respetivamente, foram os países que mais contribuíram.

Ainda por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.

“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, destaca a FIPA num comunicado.

A indústria alimentar e das bebidas é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos e “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, sublinha a Federação.

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Retalho

Festival da Comida Continente de volta em julho

No ano em que celebra 40 anos, a festa será ainda maior, o Continente oferece dois dias repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e
provas de vinhos.

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O Festival da Comida Continente está de volta ao Parque da Cidade do Porto, nos dias 12 e 13 de julho de 2025, com o melhor da gastronomia e o objetivo de democratizar o acesso à cultura e ao entretenimento, proporcionando momentos de partilha e diversão para toda a gente.

O maior evento gratuito em Portugal ‘Dá Palco todos os Gostos ‘ e junta grandes nomes da música portuguesa e internacional às mais recentes tendências da gastronomia. No ano em que celebra 40 anos, a festa será ainda maior, o Continente oferece dois dias repletos de concertos, receitas preparadas por chefs de renome, experiências gastronómicas e
provas de vinhos.

O Festival da Comida Continente, premiado pelos BEA Word Awards tem entrada livre e é pet Friendly.

Reconhecido pela Sociedade Ponto Verde com a certificação 3R6, é um evento comprometido com a Sustentabilidade. O recinto tem cerca de 250 mil m 2 e estará aberto das 10h30 à 01h00 no sábado, dia 12 de julho, e das 10h30 às 23h00 no domingo, dia 13 de julho.

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Logística

Embalagem e logística têm melhorado a eficiência operacional

A organização da Empack e Logistics & Automation Porto defende que o crescimento do comércio eletrónico em Portugal tem ajudado a implementar soluções logísticas mais ágeis e flexíveis. 

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As embalagem e logística portuguesas têm melhorado a eficiência operacional, garantem os especialistas da cimeira nacional que representa toda a cadeia de valor do setor. A Empack e Logistics & Automation Porto 2025 vai realizar-se na Exponor, de 9 a 10 de abril.

Andrea Iorio, um dos maiores palestrantes internacionais sobre transformação digital, inteligência artificial e inovação, é keynote speaker do programa de conferências que decorre em paralelo. Defende que o setor logístico português “está a passar por uma transformação muito significativa, marcada pela digitalização e automação dos processos”. Uma evolução em que “é notória a adoção de tecnologias avançadas”, como sistemas de gestão de armazéns automatizados e soluções de rastreamento em tempo real, que, por sua vez, “têm melhorado a eficiência operacional global, bem como a imagem que os operadores internacionais possuem do mercado luso”.

“O setor de embalagem em Portugal tem mostrado um crescimento notável”, afirma Oscar Barranco

Um quadro geral para o qual tem “sido determinante” o crescimento do comércio eletrónico no país, que fomentou a adoção de “soluções logísticas mais ágeis e flexíveis para atender às expectativas dos consumidores”, assegura, por sua vez, Oscar Barranco, Managing Director da Easyfairs Iberia e um dos responsáveis pela Empack e Logistics & Automation Porto 2025. Com a 9.ª edição em marcha, a análise de Oscar Barranco reflete a perspetiva de vários especialistas que têm colaborado com a organização do certame. “O setor de embalagem em Portugal tem mostrado um crescimento notável, impulsionado pela procura de soluções mais sustentáveis e eficientes. As empresas estão a investir em materiais ecológicos e em designs que facilitam a reciclagem e a reutilização, alinhando-se com as tendências globais de sustentabilidade”, sublinhou.

Para a edição deste ano, ainda com as inscrições a decorrer, a equipa de trabalho organizativa já assegurou a participação de 82 operadores do setor, “o que, a dois meses da cimeira, significa um crescimento de 17% relativamente à última edição”. O certame receberá a visita de líderes da indústria, CEO, diretores de logística e embalagem e gestores. Da agenda de atividades complementares da Empack e Logistics & Automation Porto 2025 fazem ainda parte pequenas visitas guiadas, que permitirão aos visitantes conhecer as principais inovações dos expositores presentes.

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Método de pagamento Bizum com crescimento de cerca de 2000% no último mês

Lançado em Portugal pela Eupago em dezembro passado, o método de pagamento instantâneo espanhol representa atualmente cerca de meio milhão de euros da faturação mensal da empresa, com um crescimento de 15% ao dia.

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A solução de pagamento Bizum registou um crescimento de cerca de 2000% no último mês, revelam dados da Eupago, consolidando-se como um método de pagamento amplamente utilizado em Espanha e com cada vez mais popularidade em Portugal.

Lançado em Portugal pela Eupago em dezembro passado, o método de pagamentos instantâneos espanhol, Bizum, representa atualmente cerca de meio milhão de euros da faturação mensal da empresa, com um crescimento de 15% ao dia.

“Estamos entusiasmados com a adesão ao Bizum em Portugal e com o impacto positivo que a nossa estratégia está a ter no comércio digital. O crescimento exponencial deste segundo mês vem reforçar a importância do nosso plano de internacionalização e o seu impacto junto dos comerciantes portugueses, que desta forma veem facilitada a relação com clientes espanhóis”, afirma Telmo Santos, co-CEO da Eupago, em comunicado.

De acordo com a fintech portuguesa, esta evolução destaca o impacto do Bizum na modernização dos pagamentos digitais, pois é uma solução rápida, segura e eficiente para consumidores e comerciantes. Do volume transacionado via Bizum, 75% provém atualmente de comerciantes portugueses, e apenas 25% resulta da crescente adesão no mercado espanhol.

“Com o sucesso do Bizum continuaremos a apostar em soluções inovadoras para os nossos clientes, promovendo a digitalização dos pagamentos. Vamos continuar a ser uma força motriz do crescimento do comércio eletrónico”, promete Telmo Santos.

A empresa mantém o objetivo de atingir um volume anual de transações de mil milhões de euros em Espanha, até 2027, consolidando o seu papel no setor financeiro ibérico.

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