Estrangeiros gastam em média 871 euros em compras na Av. da Liberdade
A Avenida da Liberdade é a morada das principais marcas de luxo em Portugal, e regista uma procura fortemente marcada pelos consumidores estrangeiros, de acordo com a JLL, no seu estudo “Lisbon Street Shopping: a afirmação do comércio de rua em Lisboa”
Ana Catarina Monteiro
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A Avenida da Liberdade é a morada das principais marcas de luxo em Portugal e regista uma procura marcada pelos consumidores estrangeiros, de acordo com a JLL, no seu estudo “Lisbon Street Shopping: a afirmação do comércio de rua em Lisboa”.
A artéria da capital conta actualmente com cerca de 60 marcas, entre as quais “sete das dez maiores nomes de luxo presentes na Europa”. O estudo da JLL dá conta que a procura por parte das grandes marcas internacionais tem crescido nos últimos anos neste destino, onde, neste momento, 53% dos lojistas presentes são de origem estrangeira.
Ao longo de 1000 metros de comprimento, os principais compradores de bens de luxo da avenida são estrangeiros, sobretudo de origem brasileira, chinesa, russa e angolana, gastando em média 871 euros, segundo a consultora imobiliária.
Neste sentido, o turismo tem sido uma das alavancas mais importantes para o comércio de rua. Como explica Patrícia Araújo, “as marcas de luxo optam, cada vez mais, por uma presença directa”. A head of Retail da JLL Portugal, afirma que “se antes da entrada de Portugal na moeda única (2002), os artigos de luxo eram essencialmente vendidos em lojas multi-marca, como são os casos da Stivali, Loja das Meias ou Rosa & Teixeira, actualmente 63% do comércio de luxo tem loja própria na Avenida da Liberdade”.
A JLL apurou ainda que a Avenida da Liberdade tem cerca de 30 000 metros quadrados ocupados por retalho, dos quais 77% diz respeito a cadeias de retalhistas nacionais e internacionais, 15% a comércio tradicional e 8% a novos conceitos ou lojas únicas.
O sector de “moda e acessórios” é o que tem maior peso na oferta desta artéria, cobrindo 54% da área ocupada, tendo o segmento de luxo destes produtos um peso de 55%, seguindo-se os artigos premium, com 37%. Por sua vez, a restauração ocupa 25% do total de área, com uma oferta que integra ambientes sobretudo dirigidos aos executivos e aos turistas, devido à grande concentração de escritórios e hotéis, nesta zona da cidade. À relojoaria e joalharia pertencem 11% da área ocupada.
Apesar das alterações à Lei do Arrendamento (em 2012) terem aberto uma janela de oportunidade por parte da oferta, a procura tem feito aumentar a lista de espera para conseguir um espaço. Actualmente, encontram-se disponíveis cerca de 4 800 metros quadrados de áreas comerciais nesta avenida, uma disponibilidade que a JLL considera baixa e que, associada à crescente procura, deverá ter impacto nas rendas prime.
O estudo da JLL foi lançado no início de Outubro, com o objectivo de analisar a evolução do comércio de rua em Lisboa. Além da Avenida da Liberdade, a JLL estudou outros quatro clusters de compras na capital, nomeadamente, a Rua Castilho, o Chiado, a Baixa e o Príncipe Real.
Até final do ano, são esperadas cinco novas lojas na Avenida da Liberdade, nomeadamente da Fendi Casa Collection, Guess, Boutique dos Relógios Plus, Hugo Boss e Hackett, que elevará para 10 o número de aberturas em 2014. Em 2013, foram 11 as marcas a abrir lojas na avenida.