Comércio de rua com 66 lojas novas em Lisboa
O comércio de rua volta a evoluir em Lisboa, depois de afastado dos roteiros de compras dos portugueses e dos planos de expansão dos retalhistas, durante vários anos. A consultora JLL lançou um estudo que dá conta da expansão, nas zonas mais concorridas
Ana Catarina Monteiro
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O comércio de rua volta a evoluir em Lisboa, depois de afastado dos roteiros de compras dos portugueses e dos planos de expansão dos retalhistas, durante vários anos. A consultora JLL lançou um estudo que dá conta da expansão, nas zonas mais concorridas.
O formato de rua é a actual alternativa de retalho consolidada na capital, devido ao crescimento do número de turistas, da mudança de hábitos de consumo dos portugueses e também, da alteração da lei do arrendamento em 2012.
Ao longo de 2013 e 2014, um total de 66 lojas foram inauguradas nos cinco principais destinos de compras na capital portuguesa. Recuando a 2010, o número duplica para as 122 lojas abertas.
Os números foram divulgados pela empresa de consultoria JLL, no recente estudo “LisbonStreet Shopping – A Afirmação do Comércio de Rua em Lisboa”, que apresenta uma análise detalhada de cada um dos clusters, com informação de absorção, tenantmix, disponibilidade e rendas, indicadores apurados para este mercado.
De acordo com Jones Lang LaSalle (JLL), Lisboa encontra-se actualmente em 19º lugar na lista de cidades europeias com maior presença de marcas internacionais, à frente de outras capitais como Dublin, Bruxelas ou Budapeste. No segmento de luxo, a capital portuguesa é 22ª cidade europeia com mais marcas.
A avenida da Liberdade, rua Castilho, Chiado, Baixa e o Príncipe Real, no centro histórico da cidade, são os pontos de concentração do retalho de rua, com posicionamentos distintos na oferta de produtos e marcas, de acordo com diferentes perfis de consumidor, segundo a consultora imobiliária para o comércio.
O Chiado foi a primeira zona a apostar na revitalização do comércio de rua, lidera em 2013 e 2014 as aberturas, recebendo 22 lojas (33,3% do total). Apresenta a renda prime mais elevada de Lisboa, na ordem dos 95 euros por mês e metro quadrado.
A Avenida da Liberdade, principal artéria de Lisboa, emergiu nos últimos anos como um dos principais destinos de compras de rua na capital, com um posicionamento no segmento de luxo. Do total das lojas inauguradas em 2013 e 2014 em Lisboa, 31,8% (21 unidades) localizam-se na avenida, na qual a renda prime é actualmente de 75 euros por mês, a cada metro quadrado.
Quase como extensão da avenida da Liberdade, a Rua Castilho, por seu turno, tem vindo a posicionar-se no segmento premium, especialmente junto do público feminino. Foram 5 as novas lojas a nascer nesta rua, no mesmo período de tempo, a qual tem uma renda prime de 45 euros/m²/mês
A Baixa, outrora o epicentro do comércio em Lisboa, tem vindo a ganhar vida aos poucos e aposta num targetmassmarket, com forte vocação turística. Esta área registou o mesmo ritmo de inaugurações que a rua Castilho, com uma renda prime 10 euros mais cara.
O Príncipe Real foi outra zona considerada pela JLL neste estudo, sendo hoje um cluster comercial. Nos últimos dois anos abriram 11 novas lojas, nesta zona, além da Embaixada e do EntreTanto, espaços partilhados, integrados por comércio e outras iniciativas de empreendedorismo. No Príncipe Real, a renda prime mensal fixa-se actualmente nos 35 euros por metro quadrado.
Patrícia Araújo, da JLL Portugal, sublinha que “além destas zonas, que analisamos de forma detalhada no nosso estudo com indicadores individuais e um track record alargado, não podemos deixar de fazer menção a outra zona que vai emergindo em Lisboa. É o caso do Cais do Sodré/São Paulo, cujo pontapé de saída foi dado com a revitalização dum bar nocturno, a Pensão Amor. A zona ganhou um novo fôlego com o Mercado da Ribeira e futuramente também com a abertura da sede da EDP”.