Alterações climáticas podem mudar os peixes à mesa dos portugueses
As alterações climáticas poderão obrigar os portugueses a mudar hábitos de consumo de peixe, com menos tamboril ou solha e mais carapau ou dourada, indica um estudo

Rita Gonçalves
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As alterações climáticas poderão obrigar os portugueses a mudar os hábitos de consumo de peixe, com menos tamboril ou solha e mais carapau ou dourada, indica um estudo do Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve.
De acordo com o estudo, há uma “alteração significativa” do tipo de peixe para venda que chega ao país e que “parece estar associada às alterações climáticas”.
Célia Teixeira, investigadora do Centro de Oceanografia, disse que, em anos mais quentes, diminuíram as chegadas de espécies de peixe das águas mais frias, que tendem a deslocar-se mais para norte. Pela mesma lógica, as espécies subtropicais tropicais também tenderão a subir o oceano Atlântico. Portugal fica numa zona de transição, onde há peixes de afinidade temperada e de afinidade subtropical-tropical.
O estudo analisou dados de desembarques comerciais (de peixe), entre 1927 e 2012, e concluiu que estão a diminuir os desembarques de peixes das águas temperadas e a aumentar as espécies das águas subtropicais tropicais.
“Tendo em conta que os cenários climáticos prevêem um aumento da temperatura, espera-se que os desembarques das espécies subtropicais tropicais venham a aumentar e, por isso, essas espécies possam vir a ser mais frequentes na costa portuguesa, estando assim disponíveis para os consumidores”, conclui o estudo.
Com o aumento da temperatura da água do mar, os portugueses terão menos raia, abrótea, badejo, faneca ou solha, entre outros peixes. Mas, em compensação, terão mais carapau, sargo, besugo ou dourada, entre outros.
Célia Teixeira admitiu ainda que, no futuro, à mesa dos portugueses possam começar a chegar outras espécies de peixe que, até agora, não são pescados na costa.