Película biodegradável para conservação de alimentos já chegou aos EUA
A primeira película aderente biodegradável do mundo para conservação doméstica de alimentos, desenvolvida e fabricada pela empresa portuguesa Silvex, já chegou aos Estados Unidos e à Austrália

Rita Gonçalves
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A primeira película aderente biodegradável do mundo para conservação doméstica de alimentos, desenvolvida e fabricada pela empresa portuguesa Silvex, já chegou aos Estados Unidos e à Austrália, disse o director de marketing, Hernâni Magalhães.
Fundada há 45 anos em Benavente, a empresa especializada em produtos de protecção e conservação em plástico, papel e alumínio, está “a procurar novas geografias” e recentemente está em experiência, com “algum sucesso”, a película biodegradável nos Estados Unidos e na Austrália, afirmou à Lusa Hernâni Magalhães, lembrando que os países tradicionais de exportação estão no Norte da Europa (Suécia, Finlândia e Noruega).
“Nós internacionalmente estamos focados no Norte da Europa, nos mercados mais maduros, mas trabalhamos também na Bélgica e em Itália, portanto nos mercados mais competitivos que procuram outro tipo de produtos [mais os biodegradáveis] e os alternativos com algum ‘know-how’ de fabrico e valor acrescentado”, explicou, adiantando que a marca está a ter “sucesso nesses países” e crescimento nas exportações.
Nos últimos dois anos, a empresa que trabalha para o mercado nacional e aposta igualmente “em força” na Espanha, tem posicionado a sua marca de consumo para dar mais valor aos produtos fabricados por si. “Muitas vezes os diferentes produtos iam para o cliente sem marca e isso levou a uma estratégia de reposicionamento que foi feita. Todo o produto que sai da fábrica é um produto da marca Silvex”, realçou.
Hernâni Magalhães disse ainda à Lusa que o posicionamento estratégico da marca passa por ter o mesmo produto que se encontra nas prateleiras dos supermercados em Portugal, também em Espanha, o que no país vizinho já foi alcançado com algumas referências nos grupos Carrefour e Auchan.
“Esse é um trabalho que estamos a conseguir, é para continuar, e que está a ter aceitação junto do consumidor em Espanha”, sublinhou.
Sobre o volume de negócios, a empresa nacional espera fechar este ano com uma facturação global na casa dos 30 milhões de euros, ligeiramente acima dos 29,8 milhões do ano passado.
Em 2013, as exportações deverão representar entre 38% a 40% da facturação total, tendo passado dos 22% a 23% do valor observado dois anos antes.
Os mercados externos foram conquistados pela Silvex através da tecnologia e da Investigação e Desenvolvimento (I&D) que está no “nosso ADN”: “Nós temos a tecnologia, temos bons equipamentos, temos o melhor que há em termos de equipamentos de extorsão e de corte, o que nos permitiu conquistar os mercados porque temos um produto de muito boa qualidade, a um preço razoável e que não é importado da Ásia”.
A empresa de Benavente tem dado atenção ao I&D como factor de “inovação e diferenciação”, tendo investido 623.000 euros em 2012, quando dois anos antes canalizou 395.000 euros para esta área, disse Hernâni Magalhães que destacou a aposta na área agro-industrial, que poderá acrescentar 10% à facturação global nos próximos três anos.
A empresa coordenou o consórcio do projecto AGROBIOFILM, co-financiado pela comunidade europeia, tendo desenvolvido o filme agrícola biodegradável e compostável para cobertura do solo, em associação com diversas universidades e centros de investigação em Portugal, Espanha e França, o que lhe vai permitir expandir o negócio com o Mulcht Agrobio nos próximos anos nestes três países.
A Silvex emprega actualmente 240 trabalhadores.
Com Lusa