O setor do retalho enfrenta atualmente um conjunto de desafios significativos em matéria de segurança, que vão desde roubos e furtos a ataques cibernéticos, passando pela necessidade de criar ambientes seguros para colaboradores e clientes. Fomos ouvir Rui Vasconcelos, diretor de área Lisboa Sul e Algarve da Securitas Portugal, que partilhou com o Hipersuper quais as soluções mais procuradas pelos retalhistas e a forma como a empresa se posiciona para responder às necessidades do mercado.
Os desafios de segurança no setor do retalho são complexos e em constante evolução. Os retalhistas, confrontados com problemas como roubos, furtos, vandalismo e outras ameaças, procuram uma ampla gama de soluções para proteger as suas lojas. Entre as mais procuradas, Rui Vasconcelos destaca: sistemas de videovigilância (CCTV), que monitorizam atividades em tempo real e permitem a gravação de imagens para investigações futuras, sistemas de deteção de intrusão, capazes de identificar acessos não autorizados, gerando alarmes e notificações, sistemas de controlo de acessos, que restringem a entrada a áreas específicas das lojas, segurança física, com vigilantes no local, uma solução especialmente valorizada em espaços de maior dimensão, a formação e treino de colaboradores, uma tendência em crescimento, com foco na identificação de comportamentos suspeitos e na criação de uma cultura de segurança.
Além destas soluções, Rui Vasconcelos destaca que os retalhistas estão cada vez mais preocupados com a cibersegurança, protegendo os seus sistemas com ferramentas como firewalls e antivírus. “A segurança começa em todos”, afirma, realçando a importância de uma abordagem global e integrada.
Principais desafios do retalho em Portugal
Quando questionado sobre os desafios de segurança no setor do retalho, Rui Vasconcelos identificou problemas como o furto, o vandalismo, a segurança física dos estabelecimentos e as questões de cibersegurança. “A mitigação destes desafios com que o setor do retalho se confronta, como sejam, o roubo, o furto, o vandalismo, a segurança física dos estabelecimentos ou as questões de cibersegurança, devem ser sempre abordados numa perspetiva holística, global, e não direcionada para a resposta a um desafio específico”, disse.
A Securitas adota uma abordagem personalizada para cada cliente, começando por uma análise de riscos que permite identificar ameaças, vulnerabilidades e desenhar medidas corretivas. “É para nós fundamental o recurso às mais avançadas tecnologias de segurança, como por exemplo sistemas de CCTV inteligentes, dotados de sistemas de análise de vídeo, permitindo por exemplo identificar comportamentos suspeitos e prevenir furtos ou roubos”, explica.
Outro ponto destacado foi a importância da resposta rápida. “Procuramos que a resposta seja o mais célere possível, quer na conceção da solução de segurança, quer no tratamento da resposta a incidentes/ emergências, garantindo que estas sejam tratadas eficazmente”, afirma Rui Vasconcelos.
As necessidades de segurança variam significativamente consoante o tipo de retalhista, sendo as soluções adaptadas a grandes superfícies, supermercados ou lojas de proximidade. “De uma forma genérica e sempre mediante estudo prévio, poderemos considerar que no que respeita, por exemplo, aos sistemas de videovigilância (CCTV), uma grande superfície tenderá a optar por câmaras com alta definição e visualização de imagens em tempo real, monitorizando-se entradas e saídas do espaço, corredores e áreas de armazenamento”, assegura o responsável da empresa de segurança.
Por outro lado, “uma pequena loja de retalho, a abordagem do sistema de videovigilância a selecionar poderá passar câmaras mais standardizadas e mais adaptadas para espaços de menor dimensão, mas ainda assim eficazes na dissuasão, deteção e resposta a diferentes tipos de ameaça”. E acrescenta: “outro exemplo, passa pela própria vigilância física dos espaços: se num supermercado poderá fazer sentido recorrer a vigilantes a circular pela loja, aumentando a sensação de segurança dos clientes, numa grande superfície (hipermercado) essa presença física deverá ser claramente visível para o cliente, para dissuadir furtos e atos de vandalismo”. Para Rui Vasconcelos, “a solução de segurança escolhida, deverá privilegiar e fomentar um ambiente seguro para colaboradores e clientes, protegendo os ativos do nosso cliente”.
Independentemente do perfil do retalhista, sublinha que “o estudo prévio através de uma análise dos riscos e as capacidades de flexibilidade, resiliência e adaptação da solução de segurança escolhida são fundamentais para o sucesso dos objetivos de segurança preconizados”.
A redução de perdas é uma das grandes preocupações para os retalhistas. Com a IA a marcar também o setor da segurança, não é importante manter a presença humana em toda a cadeia? Rui Vasconcelos concorda que a redução de perdas é uma das maiores preocupações para os retalhistas e que é fundamental equilibrar tecnologia e componente humana para criar um ambiente seguro. “A solução de segurança implementada para o cliente deve equilibrar, adequadamente, a componente humana e tecnológica, com especial foco na adaptação da solução às necessidades específicas do cliente, de modo a proteger os interesses da sua organização.”, refere Rui Vasconcelos.
Apesar das condicionantes que qualquer sistema de segurança pode impor, é essencial que este não limite as operações diárias dos retalhistas. “Um sistema de segurança desajustado e desproporcionado em relação ao valor a proteger, pode gerar mais inconvenientes do que benefícios.”, alerta.
“Na Securitas, a conceção da solução de segurança é sempre única, cuidadosamente planeada e analisada em todas as suas vertentes, de forma a minimizar impactos negativos na organização que se pretende proteger”, remata.