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Susana Costa e Silva

FMCG

Como comunicar uma cidade?, por José Martins e Susana Costa e Silva (Católica Porto)

“As cidades devem ter o cuidado de olharem para si mesmas e decidirem qual a imagem que querem transmitir, sempre numa óptica de correcção e transparência”

Rita Gonçalves

Susana Costa e Silva

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Como comunicar uma cidade?, por José Martins e Susana Costa e Silva (Católica Porto)

“As cidades devem ter o cuidado de olharem para si mesmas e decidirem qual a imagem que querem transmitir, sempre numa óptica de correcção e transparência”

Rita Gonçalves
Sobre o autor
Rita Gonçalves
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Susana Costa, professora da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica Portuguesa (Porto)

Por José Nuno Martins e Susana Costa e Silva, respectivamente, aluno e professora/directora do Mestrado em Marketing da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica Portuguesa – Porto.

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Actualmente, fazem parte do nosso quotidiano termos como “atracção de IDE”, “retenção de cérebros”, ou “capacidade para atrair turistas”. Todas estas são expressões que associamos a lugares, sejam eles países, cidades ou regiões que procuram cada vez mais promover-se para os mais diversos fins.

Importa, por outro lado, referir que o interesse em promover cidades ou países não surgiu subitamente nos últimos anos. Sempre existiu um interesse em auto-promoção dos locais sem propósito estratégico, denominado de processo orgânico de comunicação. Repare-se que, a menos que tenhamos visitado ou vivido numa determinada cidade, tudo o que sabemos sobre ela resulta de histórias que ouvimos contar e com base naquilo em que a cidade se define. A grande diferença entre a realidade e o que sabemos, surge então da consciencialização que tomou conta da maioria dos decisores e governantes de cargos públicos numa lógica de gestão da marca.

Todavia, a aplicação do marketing e do branding e a sua transferência para a esfera das cidades tem tido algumas limitações e problemas. O grande problema prende-se com o facto de se estar a criar um “produto” com o intuito de o comercializar, a partir de algo que é na verdade intangível, com carácter multidimensional e que, na grande maioria dos casos, tem uma natureza bastante heterogénea. Assim, parece que há muito trabalho a fazer de forma a poder levar-se o marketing até aos lugares.

Aplicação do City Marketing e do Place Branding

O aparecimento de termos como City Marketing e Place Branding surge da necessidade de diferenciação das cidades face aos seus “concorrentes”. Pese embora todas as localizações sejam diferentes, aquilo que têm para oferecer, é, de uma certa forma, bastante similar e substituível. De facto, poderemos ir às compras a Milão ou a Paris, e embora com algumas diferenças, conseguiremos em ambas satisfazer essa necessidade. O City Marketing surge como resposta a esta situação, procurando exultar o lado emocional associado a cada experiência e transmitindo aquilo que de mais único cada lugar tem.

O City Marketing é assim um processo de promoção e divulgação levado a cabo por cidades ou regiões, com um objectivo inerente. Este pode ser económico, através da angariação de turistas, de investimento ou de capital, ou de carácter mais intangível, como a mudança da sua imagem, com melhorias ao nível do respeito e admiração.

Assim, as cidades sentem-se de certa forma pressionadas a criar uma imagem, associada muitas vezes a uma “personalidade”, a definir um posicionamento, efectuando toda uma comunicação e promoção no mesmo sentido. Esse posicionamento poderá assumir contornos mais modernos ou mais tradicionais, ser orientado para a comunidade ou para pessoas de fora da comunidade. Por norma, este posicionamento é baseado numa análise interna das próprias características e capacidades do lugar, mas pode também passar por uma reestruturação interna, quer física quer, por vezes, ao nível dos serviços oferecidos, de forma a alterar ou a criar uma imagem favorável.

O objecto do City Marketing diz respeito à imagem da cidade, que, por sua vez, funciona como ponto de partida para o desenvolvimento da marca. É neste seguimento que surge o conceito de Place Branding, intimamente associado ao de City Marketing, embora dizendo respeito a muito mais do que a criação de uma imagem, um logótipo ou de um slogan. É um processo para desenvolver uma estratégia de longo prazo sobre os atributos de determinado local. Ocupa-se com a criação da marca, conjugando uma série de processos e envolvendo-os a todos em torno de um objectivo. Da sua aplicação fazem parte a realização de estudos aprofundados, a conjugação de uma série de factores e a elaboração de uma estratégia de comunicação inteligente, sem esquecer que, tal como acontece em vários outros produtos, uma das melhores formas de divulgação é o “word-of-mouth”.

Aplicação: Metodologias e Limitações

 Do ponto de vista lógico e metaforicamente falando, uma cidade ou um país, podem ser vistos como um negócio e ostentar as suas melhores características como se de produtos se tratassem. Acontece que a aplicação das teorias do marketing, como são exemplo as ferramentas do marketing-mix, pode trazer alguma confusão e problemas a montante. Foi a pensar neste problema que surgiram algumas tentativas para articular os 4 P’s do Marketing mix ao modelo das cidades. Enquanto alguns utilizavam os 7 P’s do Marketing de Serviços: adicionando aos tradicionais Produto (Product), Preço (Price), Distribuição (Placement), e Promoção (Promotion), o Pessoas (People), Processos (Process) e Evidências físicas (Physical Evidence); outros, como Ashworth e Voogd (1990), sugeriram o modelo ao qual chamaram “geographical marketing mix”, que inclui:

  • Medidas promocionais
  • Medidas de carácter funcional do espaço
  • Medidas organizacionais
  • Medidas financeiras

Kotler (1999), por sua vez, embora aceitasse o marketing-mix proposto pela maioria dos marketers, entendeu que deveria dividir as medidas de aplicação deste referencial teórico em quatro diferentes fases:

  • Design (a cidade como uma marca)
  • Infra-estruturas (a cidade como algo que foi esteticamente remodelado)
  • Serviços básicos (a cidade como um prestadora de serviços)
  • Atracções (a cidade como um local de entretenimento e recreio)

O modelo proposto por Ashworth e Voogd (1990), de uma forma mais pragmática, enuncia uma série de medidas que devem ser aplicadas em diferentes áreas com diferentes papéis na organização de uma cidade. É todavia visível, em linha do que defendem outros autores, que o City Marketing deve reunir o consenso de diversas entidades de modo a obter maior sucesso. Por outro lado, Kotler (1999) foca-se mais sobre aspectos de cariz organizacional e físico da própria cidade, de modo a que esta construa uma vantagem competitiva que a distinga das demais.

O Marketing das cidades e o Marketing político

A implementação do Place Branding é muitas vezes comprometida pela falha de comunicação entre as entidades políticas, que não conseguem demonstrar com clareza o que querem comunicar e onde querem chegar. Esta situação é muitas vezes agravada pelo facto dos políticos olharem para períodos eleitorais quando estão a gerir, no curto prazo, esquecendo-se que um dos pontos fundamentais do Place Branding é a orientação para objectivos de longo prazo. Mudar a imagem de um determinado local é algo que demora sempre algum tempo, pois implica que as pessoas não só tenham conhecimento da mudança, como também experienciem essa mudança.

Um dos pontos-chave para a aplicação do Place Branding é pois a existência de uma boa articulação entre a imagem que a cidade quer comunicar para fora, e aquilo que realmente os seus habitantes pensam sobre ela, sob pena de se gerar um contras-senso que desmotiva os cidadãos e os faz sentir enganados, pondo em cheque toda a estratégia. A outra condição fundamental para se obter sucesso numa estratégia deste tipo passa pela integração de toda a comunidade, desde os decisores políticos passando pelas empresas privadas (constituindo parcerias estratégicas) e pelos cidadãos. Apenas com esta postura, ouvindo todas as partes interessadas e comunicando os objectivos de forma clara, se poderá atingir o sucesso. Como dissemos antes, a comunicação de tipo “word-of-mouth” tem um papel fundamental na difusão da mensagem e na consequente mudança de mentalidade das pessoas face a um determinado local.

Comunicação – Três Fases

Mihalis Kavaratzis (2004) identifica três fases de comunicação, sendo a primária de carácter mais interno, como é o caso de um desenvolvimento de um design urbano, criação de espaços públicos, acesso a infra-estruturas, promoção de iniciativas, nas quais os cidadãos estejam envolvidos e remodelação dos serviços. A comunicação secundária trata da promoção a todos os níveis, enquanto que a terceirária, não menos importante, é relativa precisamente à comunicação feita pelos próprios cidadãos. Segundo o autor do modelo, a terceira fase é a mais marcante, não só por se tratar de um dos targets que se pretende atingir, como pelo facto de serem os próprios habitantes da cidade os seus melhores embaixadores e capazes de propagar o “word-of-mouth”.

Após a análise ao modelo de comunicação de Kavaratzis (2004), reforça-se a ideia da importância do Place Branding para a criação de uma base para a cidade atingir objectivos económicos e para criar uma maior ligação entre o cidadão e a própria cidade.

Conclusão

A importância da imagem que as cidades ou países passam não só para o estrangeiro, como para os seus próprios habitantes tem vindo a ganhar cada vez maior importância. Num mundo onde as distâncias são, a cada dia que passa, encurtadas e onde a informação circula a grande velocidade, torna-se necessário ter um plano para gerir a imagem que uma cidade/lugar transparece.

O facto de as cidades se posicionarem junto dos seus targets com estratégias de comunicação bem definidas gera um efeito bola de neve, levando a que outras cidades se sintam pressionadas para também elas criarem uma marca. Contudo, antes de proceder a qualquer tipo de promoção, as cidades devem ter o cuidado de olharem para si mesmas e decidirem qual a imagem que querem transmitir, sempre numa óptica de correcção e transparência. A utilização do City Marketing e do Place Branding, para além de criarem as bases para desenvolver políticas de desenvolvimento económico, servem ainda como ponto de referência para que os habitantes se identifiquem com o local onde vivem.

Bibliografia

Stigel, Jorgen, E. e Frimann, Soren (2006). City Branding – All Smoke, No Fire? Nordicom Review 27.

Van Gelder, Sicco (2008). An introduction to City Branding. Retirado de http://www.imagian.com/kuvat/an_introduction_to_city_branding-_gelder_2008.pdf a 16 de Novembro de 2012.

Kavaratzis, Mihalis (2004). From Marketing to City branding: Towards a theoretical framework and developing city brands. Henri Stewart Publications. 1704-070X. Retirado a 16 de Novembro de 2012

Kavaratzis, Mihalis (2004). Model: City Branding Communication Model. European Institute for Brand Management. Retirado a 16 de Novembro de 2012.

Braun, Erik (2008). City Marketing: Towards an integrated approach. Erasmus Research Institute of Management (ERIM) – Rotterdam School of Management. Retirado a 16 de Novembro de 2012.

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

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Vendas das marcas nos centros VIA Outlets crescem 7% em 2024

A VIA Outlets, detentora em Portugal dos centros Freeport Lisboa Fashion Outlet e Vila do Conde Porto Fashion Outlet, sublinha o aumento de 6,8% nas vendas das marcas em relação a 2023, chegando a um novo máximo recorde de 1,45 mil milhões de euros.

A VIA Outlets, detentora em Portugal dos centros Freeport Lisboa Fashion Outlet e Vila do Conde Porto Fashion Outlet,  acaba de divulgar os seus resultados anuais e sublinha o aumento de 6,8% nas vendas das marcas em relação a 2023, chegando a um novo máximo recorde de 1,45 mil milhões de euros. Os grandes projetos de remodelação e remerchandising geraram um crescimento de 5% no número de visitantes nos 11 centros da VIA Outlets em nove países europeus em 2024, com um total de visitas a atingir mais de 32 milhões de pessoas.

“O crescimento relevante da VIA Outlets nas vendas das marcas ao longo do ano passado demonstra a maior maturidade dos nossos centros outlet europeus como destinos de compras, assim como o sucesso da nossa estratégia dos 3-R, Remodelling, Remarketing e Remerchandising.” começa por explicar Otto Ambagtsheer, CEO da VIA Outlets.

“Embora continuemos a investir, como parte da nossa estratégia de crescimento orgânico, em grandes projetos de expansão e remodelação, como os da Suíça e de Portugal, também procuramos ativamente complementar o crescimento inorgânico da VIA Outlets com possíveis aquisições seletivas em mercados onde acreditamos que a nossa experiência pode acrescentar valor aos ativos.”, acrescenta.

“O ano de 2024 foi verdadeiramente excecional para os centros VIA Outlets em Portugal. Conseguimos bater novos recordes de vendas das marcas e convidados, o que reflete não apenas a qualidade da nossa oferta, mas também o impacto positivo das transformações que temos vindo a implementar”, afirma Jorge Pinto Fernandes, Business Director da VIA Outlets em Portugal. “Com a remodelação do Freeport Lisboa Fashion Outlet e a expansão do Vila do Conde Porto Fashion Outlet, estamos confiantes de que continuaremos a crescer e a consolidar a nossa posição como destinos de referência para as marcas e para quem nos visita.” Refira-se que o Vila do Conde Porto Fashion Outlet está a preparar uma expansão para os 10.000 m2, com inauguração prevista para o 4º trimestre de 2025.

 

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Retalho

Missão Continente salva mais de 8 milhões de refeições em 2024

A ajuda chegou a 1099 instituições de apoio social e de bem-estar animal, de todo o país, com o equivalente a mais de 30 milhões de euros em doações.

Na sequência do seu apoio às comunidades e aproximando-se do compromisso assumido pela MC em reduzir o desperdício alimentar em 50% até 2028 (base 2020), antecipando em 2 anos a meta legal imposta pela União Europeia para 2030, o Continente voltou a doar, os excedentes alimentares e não alimentares das suas 393 lojas, ao longo de 2024

Através da Missão Continente, a ajuda chegou a 1099 instituições de apoio social e de bem-estar animal, de todo o país, com o equivalente a mais de 30 milhões de euros em doações.

Só os bens alimentares doados, como frescos, mercearia, artigos de padaria entre muitos outros, que apresentavam perfeitas condições de consumo e que simultaneamente cumpriam os devidos requisitos legais, totalizaram mais de 28 milhões de euros, o equivalente a 8.800 toneladas de alimentos e a mais de 8 milhões de refeições salvas.

“Os resultados alcançados comprovam a eficácia da nossa política de doação de excedentes, que evitou o desperdício de milhares de toneladas de alimentos, mas também contribuiu para a segurança alimentar de várias comunidades vulneráveis. Além de reduzir impactos ambientais, promovendo a economia circular, essa iniciativa da Missão Continente fortalece a solidariedade social e incentiva a um consumo mais sustentável.”, sublinha Nádia Reis, diretora de brand responsibility do Continente.

 

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Hipersuper

Young parents and their small kids talking while having breakfast in dining room.

Alimentar

Nestlé Portugal lança série dedicada à literacia alimentar

A iniciativa ‘Alimentologia’ visa “contribuir para a literacia alimentar, saúde e bem-estar dos portugueses”, desmistificando mitos associados a alimentos e respetivos hábitos alimentares.

Hipersuper

Sob o mote ‘Alimentologia: A ciência por detrás dos mitos’, os conteúdos desta iniciativa da Nestlé Portugal foram desenvolvidos por especialistas em nutrição, que explicam, de forma clara e acessível, os princípios científicos que sustentam ou refutam crenças alimentares comuns.

Segundo a Nestlé Portugal, os conteúdos abordam temas essenciais para uma alimentação equilibrada e sustentável, esclarecendo dúvidas, como o papel do açúcar num padrão alimentar saudável, o impacto do consumo de café na saúde, a inclusão dos hidratos de carbono e outros aspetos fundamentais da nutrição, como a leitura e compreensão dos rótulos dos alimentos, ajudando os portugueses a fazer escolhas informadas.

“Dados recentes do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção Geral da Saúde revelam que os hábitos alimentares inadequados são o segundo fator de risco para a mortalidade precoce em Portugal. Dessa forma, a Nestlé pretende ser um agente promotor de impacto positivo e a nossa missão é tornar a informação baseada na ciência acessível aos consumidores, permitindo-lhes tomar decisões alimentares mais conscientes e saudáveis. Com o projeto Alimentologia, pretendemos aumentar o conhecimento sobre alimentação, contribuir para escolhas mais informadas, identificar mitos e clarificar conceitos, e, assim, promover a saúde das gerações atuais e futuras, e do nosso planeta.”, destaca Ana Leonor Perdigão, responsável de Nutrition, Health & Wellness da Nestlé Portugal

A iniciativa já se encontra disponível na plataforma digital Alimentologia, onde os consumidores podem aceder a conteúdos educativos e esclarecedores sobre nutrição.

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Bebidas

Casa Relvas aumenta o portfólio com três novos monocastas

Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024, Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 e Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023, são as novidades do produtor.

Hipersuper

Os novos Casa Relvas Chardonnay, Syrah Sem Cor e Trincadeira reforçam a oferta de vinhos monocastas, “destacando a diversidade e qualidade das vinhas da região, assim como a busca e novos terroirs”, apresenta a Casa Relvas. A gama de monovarietais do produtor alentejano passa a contar com 11 referências. Das colheitas de 2023 no vinho tinto, e 2024 nos brancos, estes novos vinhos vieram juntar-se às referências de monocastas apresentadas em 2022. Para além da própria casta, os rótulos destes vinhos têm também a indicação da vinha de onde são provenientes as uvas, bem como a sua localização.

“Nos últimos anos temos vindo a adquirir e plantar novas vinhas em diferentes terroirs que se têm vindo a provar de exceção, e por isso decidimos ir aumentando a nossa gama de monocastas com uvas provenientes de outros lugares, que achamos que têm resultados em vinhos muito interessantes”, explica Alexandre Relvas, CEO da Casa Relvas. “A produção de monovarietais é sempre um grande desafio, porque cada casta tem as suas especificidades, o seu tempo de maturação e diferentes níveis de adaptação aos solos, o que também é um estímulo para a equipa da Casa Relvas”, acrescenta.

O Casa Relvas – Vinha do Vale Chardonnay 2024 é produzido com uvas da Vinha do Vale, na Aldeia da Serra, num vale do sopé Sul da Serra d’Ossa. A Vinha do Vale está plantada em solos argilo-xistosos pouco profundos, que obrigam as plantas a lançarem as raízes na profundidade do xisto, o que origina vinhos com muita mineralidade e grande frescura. O Vinha do Vale Chardonnay 2024, com produção de dez mil garrafas, estagiou quatro meses em barricas de carvalho francês. “É um vinho amarelo citrino, de aroma fresco e vibrante, a maçã verde, melão, pêssego e aromas cítricos, em equilíbrio com notas de baunilha, muito discretas. Apresenta bom volume de boca e acidez muito equilibrada, a terminar num fim de boca longo”, apresenta o produtor.

Com uvas da Vinha do Ribeiro, plantada em 2015 em Orada, na região de Borba, o Casa Relvas – Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024 é um Blanc de Noirs, um vinho branco feito exclusivamente a partir de uvas tintas, neste caso da casta Syrah. “O principal objetivo de se produzir um Blanc de Noirs vai muito para além do aspeto comercial, pois é através desta técnica que se conseguem obter vinhos brancos com mais estrutura e complexidade”, explica o produtor. Depois de um estágio de quatro meses ‘sur lies’ (manter o vinho em contato com as borras finas, ou seja, as leveduras) o resultado é um vinho de cor amarela, com laivos dourados. Com aroma complexo de pêssego, damasco, maçã verde, pera e frutas cítricas, é possível também identificar algumas notas de flores brancas, como jasmim e flor de laranjeira. Foram produzidas 40 mil garrafas deste Vinha do Ribeiro Syrah Sem Cor 2024.

Por último, o Casa Relvas – Vinha de São Miguel Trincadeira 2023 é feito com uvas da Herdade de São Miguel, Redondo, onde começou a a história da Casa e Família Relvas. A Vinha de São Miguel foi plantada em 2003, junto à barragem da Herdade de São Miguel, numa encosta virada a norte. Com uma estágio de 12 meses em tonel, “este é um vinho de cor rubi com reflexos violeta, que apresenta um aroma intrigante e sofisticado com delicadas notas de flores brancas, que lhe conferem um toque de leveza e frescura. “Revela também nuances de floresta molhada e, por fim, os aromas evoluem para subtis notas de tabaco, adicionando profundidade e elegância. Na boca sentem-se taninos sedosos e ligeiros com excelente persistência e mineralidade”, apresenta a Casa Relvas, que produziu 12.500 garrafas deste monovarietal.

 

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Alimentar

CONFAGRI diz ser “incompreensível” a redução do apoio à horticultura

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal considera “incompreensível” a exclusão das culturas em regime de sequeiro, dos apoios dados à horticultura.

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A CONFAGRI afirma ser “incompreensível” que, só após os agricultores assumirem os custos de produção das sementeiras realizadas, “o grupo de pagamento ‘Horticultura’ deixe de conter, através de uma Orientação Técnica, as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro”. Essa alteração que incluí, agora, apenas apoios para as culturas de regadio, “irá traduzir-se numa impactante redução de apoio aos agricultores nacionais e deve, por isso, ser alvo de alteração por parte da tutela”, defende a Confederação.

“De facto, a alteração do grupo de pagamento para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro indicada no ponto 2.2.4 da OT AG PEPACC N.º 16/2025, traduzir-se-ia numa redução do apoio em cerca de seis vezes, no caso da intervenção C.1.1.8 – ‘Agricultura biológica (reconversão e manutenção)’, e em cerca de 12 vezes no caso da intervenção C.1.1.7 – ‘Produção integrada (PRODI) – Culturas agrícolas'”, sublinha a CONFAGRI.
Para a Confederação, esta alteração carece de discussão e justificação técnica, “devendo ser objeto de decisão em sede de reprogramação do PEPAC e não apenas apresentada aos agricultores após estes terem assumido os custos de produção das sementeiras já realizadas”.

“Medidas como esta não trazem a previsibilidade desejada e prometida aos agricultores”, alerta Nuno Serra. O secretário-geral da CONFAGRI defende ser “urgente” que o Ministério da Agricultura e Pescas altere a Orientação Técnica em causa, “repondo os apoios previstos para as culturas hortícolas conduzidas em regime de sequeiro conforme disposto na Portaria n.º 360/2024/1, de 30 de dezembro”.

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Alimentar

Snacking é uma forma de conexão segundo estudo de tendências da Mondelēz

O estudo ‘State of Snacking’, da Mondelēz International conclui que os consumidores veem este produto “como uma forma de conexão e partilha”.

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A multinacional alimentar divulgou as informações sobre o amor, a conexão e os snacks no seu sexto relatório anual ‘State of Snacking’, um estudo global de tendências de consumo que analisa como os consumidores tomam decisões em relação ao snacking. “Os resultados do estudo indicam que 71% dos consumidores a nível global concordam que partilhar um snack com outras pessoas é uma ‘love language’, uma forma de expressar amor”, avança a Mondelēz International. Este valor é ainda mais alto entre os inquiridos da geração Millennial e da geração Z.

Desenvolvido em parceria com The Harris Poll, o estudo de 2024 acompanha as atitudes e comportamentos em relação aos snacks entre milhares de consumidores em 12 países e conclui que os consumidores estão cada vez mais a usar as pausas para snacks “como uma forma de expressar amor pelos outros, bem como por si próprios”.
A pausa para um snack é também uma forma de conexão, refere o estudo, acrescentando que os consumidores estão cada vez mais focados na conexão que os snacks proporcionam, com 64% a praticar o snacking regularmente para se conectar com os outros e 93% concordam que conseguem sempre encontrar um snack adequado para partilhar.

“A comida tem o poder de reunir as pessoas e fomentar uma sensação de conexão”, refere Melissa Davies, Senior Manager, Global Insights & Trendspotting da Mondelēz International. “À medida que os consumidores dão prioridade ao tempo para uma pequena indulgência, também fazem questão de partilhar essa experiência de prazer com os outros”, diz ainda

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Logística

HAVI implementa em Portugal um projeto-piloto de gestão de armazéns

Portugal foi o país escolhido pelo Grupo Havi para receber este projeto-piloto, pela dimensão adequada e qualificação das suas equipas

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A Havi, empresa global de soluções de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, está a implementar o primeiro sistema de gestão de armazéns (WMS) da Infor, no seu centro de distribuição do Porto. “Este projeto-piloto implementado em Portugal representa um marco significativo na estratégia de transformação digital global da empresa”, destaca a multinacional, que refere ser este “um sistema avançado que ajuda na standadização”. “Utiliza ferramentas para melhorar a precisão do inventário, maximizar a utilização do espaço disponível, aumentar a eficiência do trabalho e melhorar a qualidade do serviço ao cliente. Para além disso, acompanha e controla o fluxo físico de mercadorias e o fluxo de informações à medida que os produtos circulam pelo armazém”, explica.

As características do centro de distribuição do Porto levaram a que fosse escolhido como instalação pioneira para testar este sistema, já que tem capacidade de servir como modelo para futuras implementações. Para a empresa, a implementação deste sistema no centro de distribuição do Porto “é um marco fundamental na jornada de transformação da Havi, e resulta da colaboração excecional, dedicação e trabalho árduo de todas as equipas envolvidas”, sublinha Luís Ferreira, Managing Director da Havi Portugal. “Este é um passo estratégico para reforçar a segurança das TI, simplificar operações e continuar a definir os padrões de referência do setor. Para além disso, com esta solução colocamos Portugal na vanguarda da mudança e tornamo-nos um exemplo a seguir por outros países”, conclui.

Fundada em 1974, a empresa serve mais de 300 clientes em mais de 100 países, com soluções na aquisição, no armazenamento ou na entrega de produtos.

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Retalho

Jerónimo Martins entre as 100 melhores empresas mundiais em diversidade e inclusão social

O Grupo Jerónimo Martins foi integrado no FTSE Diversity & Inclusion Index – Top 100, um índice de referência que lista as empresas cotadas em bolsa com melhor desempenho na promoção de locais de trabalho diversos e inclusivos.

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O FTSE Diversity & Inclusion Index analisa mais de 15.500 empresas cotadas em bolsa em todo o mundo e que integram índices como S&P 500, ASX300, MSCI World, MSCI Emerging Markets, FTSE100 ou Bovespa. A Jerónimo Martins ocupa a 46ª posição a nível mundial, sendo a única empresa portuguesa, bem como a única da indústria ‘supermercados e lojas de conveniência’, a figurar neste índice, informa o Grupo num comunicado.

A metodologia utilizada tem por base a recolha de 24 indicadores de entre os pilares Diversidade, Inclusão, Desenvolvimento de Pessoas e Controvérsias, recorrendo a informação pública e a uma equipa de mais de 700 analistas. “As 100 empresas mais bem classificadas são selecionadas para o índice, sendo organizadas de acordo com a pontuação global de Diversidade e Inclusão, numa escala de 0 a 100 pontos. O Grupo Jerónimo Martins conquistou uma avaliação de 74,25 pontos”, informa ainda.

A existência de serviços de apoio aos filhos dos colaboradores, como creches em Portugal, a existência de políticas que contribuem para o equilíbrio da vida pessoal e profissional, a percentagem de mulheres em cargos de gestão e a percentagem de colaboradores com deficiência e/ou incapacidade são alguns dos indicadores analisados.

As políticas de inclusão do Grupo Jerónimo Martins têm merecido distinções nacionais e internacionais de referência. Desde 2021 que a holding tem a distinção ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ atribuída pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), tendo subido ao nível de Excelência em 2023. Também o Recheio Cash & Carry é ‘Marca Entidade Empregadora Inclusiva’ desde 2021 e o Pingo Doce tem esta distinção desde 2023.

O Grupo viu também o seu Programa Incluir ser premiado na primeira edição dos European Commerce Awards, do EuroCommerce, como a melhor prática na categoria ‘Qualificação e Inclusão’. Mais recentemente, foi o Fórum Económico Mundial também a distinguir o Programa Incluir como um de oito case-studies em destaque no ‘Diversity, Equity and Inclusion Lighthouses 2025 Insight Report’, que revela iniciativas empresariais de grande impacto social desenvolvidas em todo o mundo.

 

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Bebidas

Essência do Vinho regressa ao Porto com 4.000 vinhos de 400 produtores

De 20 a 23 de fevereiro, no Palácio da Bolsa, a Essência do Vinho – Porto vai ainda acolher um concurso e várias provas comentadas.

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De acordo com a organização, durante os quatro dias, vão ser dados a provar cerca de 4.000 vinhos de 400 produtores representados. Do programa, destaca-se a ‘Revista de Vinhos – TOP 10 Vinhos Portugueses by Cork Supply’, prova com júri internacional que agrega um grupo de provadores formado por jornalistas, críticos, sommeliers e elegerá a dezena de vinhos mais entusiasmantes do país, tendo por base uma pré-seleção realizada pela publicação ao longo do último ano.

A 20 de fevereiro, o palco das provas comentadas terá referências nacionais e internacionais. ‘A nova Borgonha, para lá dos clássicos’, ‘Susana Esteban: Vertical Sidecar’, ‘Gaja, sonhar em Itália’ ou ‘A Sogrape também é ímpar’ são algumas das provas do dia.

Já no segundo dia de evento, as salas do Palácio da Bolsa vão dos Açores ao Douro, passando ainda pelos Vinhos Verdes e pelos vinhos do Brasil com as provas ‘Czar: o vinho do Pico que parece impossível’, ‘Os terroirs da Quinta do Vale Meão’, ‘Alvarinhos, de A a S: estilos de vinificações, tempos de estágio e diversidade de perfis’, ‘Symington: The Library Release Porto Vintage Collection’ e ‘Vinhos de Minas Gerais’.

O terceiro e penúltimo dia da Essência do Vinho – Porto, ‘Paulo Nunes: 20 anos de vindimas’, ‘Mosel, Alemanha: Weingut Max Ferd. Richet’, ‘Cachaça de Minas Gerais’, ‘Quinta de Lemos: 20 anos’ e ‘Tapada de Coelheiros Garrafeira’ são algumas das provas que a acontecer paralelamente às provas abertas que, ao longo dos  quatro dias, vão congregar 4.000 vinhos dos 400 produtores representados no Palácio da Bolsa, ao longo dos quatro dias de evento.

‘Dão revelado: o desafio dos sentidos’, ‘Brancos de guarda da região dos Vinhos Verdes’, ‘Maison Boizel: o pináculo do champanhe artesanal’, ‘Biondi-Santi: de Brunello di Montalcino, um Sangiovese singular’ são as provas agendadas para domingo, dia 23 de fevereiro.

A par da programação e das provas livres, destaque de novo para o ‘RV Room Experience’, um espaço exclusivo que apresenta grandes famílias do vinho.  Paralelamente, o projeto ‘Gosto do Porto / Taste of Porto’ volta a incidir sobre mais de 80 restaurantes, lojas, garrafeiras e wine bares da cidade, para um roteiro de experiências complementares.

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Exportação

Indústria alimentar e das bebidas exportou 8.190 M€ em 2024

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

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“Ao ultrapassar a barreira dos 8 mil milhões de euros, a indústria alimentar e das bebidas não só alcançou o objetivo previsto para 2024, como praticamente duplicou as exportações em valor na última década”, destaca o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA), em comunicado. Jorge Tomás Henriques afirma-se otimista para os resultados em 2025, apesar da situação na economia global em função das guerras comerciais e pacotes tarifários de alguns países e blocos económicos.

A União Europeia representou 5.593M€ nas exportações da indústria alimentar e das bebidas nacional, com os dados do Instituto Nacional de Estatística a indicarem que nos 12 meses de 2024, e por comparação a igual período de 2023, houve uma variação de 12,6% ao nível das exportações para os 27 Estados-membros.

O mercado espanhol continua a ser o mais relevante para as exportações portuguesas da indústria alimentar e das bebidas nacional, representando quase 39%. Os países que mais contribuíram para o aumento foram Itália, Espanha, Países Baixos e Polónia.

Já para fora do bloco comunitário as exportações alimentares e de bebidas alcançaram 2.596M€, o que representou um crescimento de 1,21% face a 2023. Brasil e Estados Unidos da América, com 13,9% e 4,2%, respetivamente, foram os países que mais contribuíram.

Ainda por comparação a 2023, o défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas decresceu e situa-se agora em 5,44%.

“Os dados oficiais permitem perceber que a indústria alimentar e das bebidas tem sabido adaptar-se, antecipar-se e responder às exigências do consumidor, ao mesmo tempo que se afirma em mercados cada vez mais exigentes e contribuiu para mudar o perfil da economia portuguesa”, destaca a FIPA num comunicado.

A indústria alimentar e das bebidas é responsável por mais de 113 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos e “assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente nas zonas do interior, onde o setor situa as suas unidades industriais, e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país”, sublinha a Federação.

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