Carlos Maia, director-geral da Staples Portugal
Staples de olhos postos no litoral do País
A Staples está de olhos postos na faixa litoral do País, onde estão concentrados “a população activa e o rendimento disponível”, revela ao Hipersuper Carlos Maia, director-geral da empresa
Rita Gonçalves
El Corte Inglés ilumina-se de azul para sensibilizar importância da luta contra o Cancro da Próstata
Quinta da Vacaria investe na produção de azeite biológico
Grupo Rotom reforça presença no Reino Unido com aquisição da Kingsbury Pallets
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
A Staples vai abrir o “mais rapidamente possível” uma loja em Portugal para substituir o estabelecimento atingido pelas chamas que destruíram grande parte do Retail Park de Portimão, revela em entrevista ao Hipersuper Carlos Maia, director-geral da empresa. E está de olhos postos na faixa litoral do País, onde estão concentrados “a população activa e o rendimento disponível”.
Como correu o primeiro semestre do ano à Staples em Portugal?
Foi um semestre difícil, em que a retracção do consumo foi muito visível e sentida. O volume de vendas ficou em linha com 2011, mas, como houve uma descida generalizada dos preços e consequentemente das margens para garantir o mesmo nível de “profit”, tivemos que efectuar uma gestão muito restritiva ao nível dos custos.
E concretamente a época de regresso às aulas, ponto alto do negócio da cadeia?
A maior campanha da Staples dirigida ao cliente final é a de Regresso às Aulas que inicia no final de Agosto e termina no final de Setembro. Em termos de representatividade, esta campanha é responsável por mais ou menos 10% do volume de vendas anual.
De que forma a recessão que se vive em Portugal tem afectado o desempenho da insígnia?
A actual conjuntura económica tem um reflexo negativo no consumo em geral e particularmente nos artigos não considerados essenciais. A Staples não está alheia a esta retracção do consumo.
Que acções têm levado a cabo para dinamizar as vendas em Portugal?
Para fazer face a este refrear do consumo foi necessário implementar acções de “push” como promoções agressivas, lançamento de novos serviços, aposta em categorias, produtos e marcas: tablets, smartphones, smartlunch, higiene e limpeza, entre outras.
Para ultrapassar esta fase de retracção do consumo o caminho é só um: encontrar novas oportunidades de negócio, quer pela via da expansão e aposta na diversificação dos canais de distribuição quer pela excelência dos serviços prestados ao cliente.
É importante referir que 62% dos nossos clientes são empresas e, por isso, temos vindo a direccionar a nossa oferta nesse target, quer com o reforço da área de negócio das grandes contas, quer com a disponibilização de serviços como o “Easy Tech”, assim como com o reforço dos nossos planos de fidelização.
O alargamento da gama de serviços, reveste-se de especial importância, pois é em alturas de contexto económico menos favorável que o apoio à tomada de decisão pode fazer a diferença, a real adequação dos produtos e serviços quer aos níveis de consumo, quer às especificidades das respectivas actividades, poderá significar níveis de poupança e/ou de rentabilidade que reforçam a competitividade dos nossos clientes, e é nisso que a Staples está focada. Potenciar o crescimento do nosso canal online.E expandir o portefólio além dos produtos de escritório essenciais.
Quais as perspectivas da marca até ao final do ano? E para 2013?
Continuamos a lutar para terminar o ano de 2012 numa situação “flat” comparativamente a 2011.
Tudo aponta para que em 2013 o consumo das famílias e das empresas decresça e se acentue, por isso, vamos considerar para 2013 um decréscimo no volume de vendas na ordem dos 5%.
Quais as categorias que melhor têm contornado a crise?
Os tablets e smartphones, tendência esta alinhada com as previsões de vendas mundiais para este ano, que apontam para um crescimento das vendas, quer nos smartphones (57,7%) quer nos tablets (triplicar).
E, sem dúvida, nos serviços, exemplo disso é o Easy Tech – o Centro de Assistência Informática da Staples – cada vez é maior a procura para “reparar” os equipamentos. Também o segmento de higiene e limpeza para as empresas – consumíveis, como toalhas e dispensadores – têm uma performance bastante positiva, onde a competitividade ao nível dos preços é determinante.
Em que ponto está o vosso plano de expansão em Portugal?
Neste momento, estamos focados no crescimento sustentável do parque de lojas que possuímos. No imediato, apenas está em carteira a reabertura da loja de Portimão, que encerrou no passado dia 23 Outubro motivada pelo incêndio ocorrido no Retail Park. Como todas as grandes empresas multinacionais continuamos a procurar alavancar as nossas operações de aquisição e racionalizar a base de fornecedores, na qual a Staples tem uma vantagem competitiva através do nosso alcance global e poder de compra.
Quantas lojas detém?
34 lojas físicas e uma online.
Esperam vir a abrir mais?
Sim, para substituir a loja de Portimão.
Quando?
O mais rapidamente possível.
Quais as localidades do país com mais potencial?
Toda a faixa litoral de Portugal Continental. A população activa assim como o rendimento disponível concentra-se todo nessa área.
Qual é a quota de mercado da Staples em Portugal?
Varia bastante em função das categorias em análise. Se considerarmos Papelaria e Material de Escritório somos líderes destacadíssimos. No sector da electrónica de consumo a nossa quota é de 16%