Leite
FENALAC denuncia “guerra comercial” na distribuição
A Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite pediu a intervenção do Governo
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Rita Gonçalves
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A Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (FENALAC) apelou, em comunicado, a um “arrefecimento do clima de autêntica guerra comercial entre os maiores operadores da distribuição” e pediu a intervenção do Governo.
“Nesta matéria, a intervenção governativa é, também, decisiva pois aguarda-se há vários meses a introdução de regras mais vigorosas na regulação das relações entre a grande distribuição e os seus fornecedores, de forma a evitar os recentes abusos registados, os quais foram sancionados com coimas ridículas, face aos valores das transacções envolvidos”, escreveu a FENALAC em comunicado datado de quarta-feira e transcrito pela agência Lusa.
Também na quarta-feira, a Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) reclamou a “urgente” intervenção dos ministros da Agricultura e da Economia, “com o patrocínio do Primeiro-Ministro”, para regular o preço do leite a produtor.
No mesmo dia, o eurodeputado português Capoulas Santos instou a Comissão Europeia a adoptar medidas urgentes ao nível comunitário para fazer face à crise no sector leiteiro, advertindo que muitas explorações correm o risco de ter de encerrar “a muito curto prazo”.
De acordo com o Sistema de Informação de Mercados Agrícolas do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, o leite adquirido a produtores individuais no continente passou de 0,324 euros/quilo em Janeiro para 0,294 em Junho.
No que toca ao leite adquirido a postos de recepção e salas colectivas, o quilo passou de 0,253 euros/quilo no começo do ano para 0,221.
“Os produtores de leite nacionais passam por grandes dificuldades em resultado da menor valorização da matéria-prima e dos aumentos generalizados dos custos de produção, nomeadamente das matérias alimentares, como sejam os cereais (cujas cotações têm sofrido aumentos sucessivos), mas também dos combustíveis e da energia eléctrica”, acrescentou o FENALAC, que pediu, também, uma retracção das “estratégias agressivas das ‘marcas brancas’ da distribuição”.