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Distribuição

A génese do livre serviço em Portugal, por José Antonio Rosseau (2ª parte)

Não perca a segunda parte da rubrica “ADN da Distribuição”, da autoria de José António Rousseau, que este mês é sobre o livre serviço

José António Rousseau
Distribuição

A génese do livre serviço em Portugal, por José Antonio Rosseau (2ª parte)

Não perca a segunda parte da rubrica “ADN da Distribuição”, da autoria de José António Rousseau, que este mês é sobre o livre serviço

Sobre o autor
José António Rousseau
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2ª Parte da Génese do livre serviço em Portugal

 

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Aspectos conceptuais do livre serviço

O FMI (Food Market Institute) define supermercado como a loja alimentar em livre-serviço com secções de produtos alimentares, de limpeza e higiene que vende, anualmente, o mínimo de dois milhões de dólares.

O conceito, como já referimos, surgiu nos anos 30, quando se admitiu que só uma operação em larga escala e em livre-serviço poderia permitir ao distribuidor combinar um elevado volume de vendas a preços baixos, tendo sido o seu criador um americano descendente de irlandeses chamado Michael Cullen, antigo funcionário da Kroger que, adaptando o sistema de livre-serviço de Clarence Saunders aos produtos alimentares, abriu nos arredores de Nova Yorque uma loja, que podemos considerar o primeiro supermercado do mundo, com a insígnia King Cullen.

Por sua vez, o primeiro supermercado europeu só surgiu em 1952, nos arredores de Zurique, por iniciativa de Gottlieb Duttweiler, fundador da cooperativa suíça Migros; em França, apareceu em 1957 e, em Portugal, o primeiro supermercado parece ter sido, como já referimos, o Independente do Saldanha, em 1961.

Inovação do século XX

O desenvolvimento de técnicas de auto-serviço e, posteriormente, o supermercado configuram uma das mais importantes e fundamentais inovações do século XX que transformaram o processo de venda e o acto de fazer compras (Humphrey, 1998; Bowlby, 2001). A transformação no processo de compras provocado pela implementação do livre serviço e pelo supermercado ocorreu na Europa ao longo de um período de tempo relativamente curto e no período após a segunda guerra mundial.

No entanto, apesar do sistema de livre-serviço se ter começado a espalhar rapidamente a partir de 1947, os supermercados no formato em que os conhecemos só se começaram a desenvolver mais tarde, depois de terminadas as limitações decorrentes da guerra, nomeadamente, do racionamento e o levantamento das restrições de construção civil (McClelland, 1963).

No Reino Unido, curiosamente, foram as lojas alimentares sob forma de cooperativas as pioneiras da revolução do livre-serviço. Esta inovação foi estimulada pela necessidade de reduzir os custos da operação, especialmente os custos do trabalho e de aumentar a rotação de stocks.

Neste contexto, as primeiras experiências de adopção desta inovação não seguiram o modelo padrão sugerido pelos modelos de evolução retalhistas, nomeadamente, pela famosa teoria da “roda da distribuição “, uma vez que os pioneiros do livre serviço não tinham na época a preocupação dos preços baixos, mas tão só a da redução de custos.

Admirável mundo novo!

Para poder praticar os pretendidos preços baixos, o conceito supermercado necessitava de realizar economias de escala e de reduzir os custos operacionais ao nível dos pontos de venda, nomeadamente, de gerar um volume elevado de compras que permitisse negociar condições mais vantajosas com os fornecedores, de reduzir os custos de exploração, em particular dos stocks, limitando o sortido a produtos de forte rotação; de reduzir os custos com pessoal através da adopção do livre-serviço; de eliminar muitos dos serviços tradicionalmente propostos à clientela, tais como o crédito e entrega ao domicílio e, naturalmente, de se expandir, isto é, de multiplicar os pontos de venda através de políticas fortemente expansionistas que permitissem realizar economias de escala.

A partir da matriz clássica do livre serviço, entendendo-se, por este, um sistema comercial que consiste em dispor os produtos na superfície de exposição e venda da loja de modo a permitir aos clientes a livre circulação no seu interior e a livre escolha dos produtos expostos, desenvolveram-se diversos formatos comerciais (ver Fig.1), e naturalmente, cadeias de lojas em livre serviço, considerando-se como tal, qualquer conjunto de pontos de venda em sistema de livre-serviço, identificados com a mesma insígnia, independentemente da respectiva dimensão e, subordinados à mesma direcção estratégica em termos de compras, gestão e expansão.

 

Figura 1

 

 

 

 

 

 

Figura 1. Evolução dos formatos comerciais (Rousseau, Manual de Distribuição, 2008)

 

 

Na área alimentar, as primeiras cadeias de pontos de venda em livre-serviço desenvolveram o conceito supermercado. Posteriormente, formaram-se também cadeias que trabalhavam outros conceitos, nomeadamente cadeias de hipermercados, discounts, supercenters, superstores, lojas de conveniência e de cash and carry, que constitui a adopção do sistema de livre serviço a formatos grossistas.

Em paralelo, começaram também a desenvolver-se cadeias não alimentares de pontos de venda em livre-serviço, tais como, brinquedos, materiais de construção, livros e discos, mobiliário e electrodomésticos, que constituíram o que poderemos designar genericamente por grandes superfícies especializadas.

Hoje, podemos verificar que o sistema de livre serviço assumiu de forma unânime uma preponderância quase total como sistema de venda quando comparado com o sistema de venda assistida. Mesmo os conceitos ou formatos mais exclusivistas ou de alta gama e notoriedade não dispensam uma vertente de livre serviço, utilizando-o de forma harmoniosa e equilibrada nos seus pontos de venda.

E a evolução deste sistema, conjugado com as novas tecnologias continua, levada já hoje a níveis impensáveis e de quase ficção, como é a possibilidade de existirem lojas em livre serviço total, uma vez que nelas não existem produtos mas só as suas imagens e não requerem empregados sendo os clientes que com os seus smartphones, fotografam códigos associados às imagens dos produtos que depois irão receber, tranquilamente, em suas casas. Que admirável mundo novo!

 

Consulte aqui a primeira parte da rubrica “ADN da Distribuição” que este mês é sobre o livre serviço

Por José António Rousseau

Consultor e docente IPAM/IADE

www.rousseau.com.pt

 

 

 

Sobre o autorJosé António Rousseau

José António Rousseau

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A Agriloja foi distinguida com o Prémio Cinco Estrelas na categoria de Lojas de Agricultura, Jardim e Animais. 

Hipersuper
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Checkpoint Systems lança etiqueta RFID pioneira

As empresas enfrentam uma pressão crescente para adotar soluções sustentáveis e esta etiqueta RFID é apresentada como uma resposta inovadora.

Hipersuper

A Checkpoint Systems apresenta o Chinook, uma etiqueta RFID inovadora concebida especificamente para embalagens de alimentos reutilizáveis, que pretende proporcionar segurança e resistência na utilização em micro-ondas, ao mesmo tempo em que melhora o acompanhamento na cadeia de distribuição.

O desperdício de embalagens é um importante desafio ambiental global, que levou à implementação de regulamentação rigorosa em todo o mundo. A União Europeia (UE) lidera o caminho com a Diretiva de Embalagens, que visa exigir que todas as embalagens no mercado sejam reutilizáveis ou recicláveis até 2030, estabelecendo metas a serem alcançadas até 2025. Além disso, a partir de janeiro de 2030, as embalagens de plástico descartáveis vão ser proibidas para determinados tipos de embalamento.

Neste contexto, as empresas enfrentam uma pressão crescente para adotar soluções sustentáveis. O Chinook é apresentada como uma resposta inovadora que, através do seu design e funcionalidades, contribui decisivamente para a economia circular, integrando tecnologia avançada e segurança alimentar.

 

O Chinook da Checkpoint Systems, um inlay exclusivo que se encontra em fase de registo de patente, pretende destacar-se como uma solução robusta e fiável para embalagens reutilizáveis para alimentos e uso em micro-ondas. O design inovador tem uma funcionalidade única que permite o uso repetido sem comprometer a segurança alimentar ou a funcionalidade RFID. Além disso, o Chinook está em conformidade com todas as normas e é adequado para utilização em micro-ondas e em contacto indireto com alimentos, oferecendo confiança e tranquilidade aos consumidores e às empresas.

Em termos de sustentabilidade, promove a economia circular, reduzindo o desperdício ao ser reutilizável em ciclos múltiplos. Graças à sua rastreabilidade e visibilidade na cadeia de fornecimento, é possível seguir eficazmente os produtos desde a origem até ao consumidor final. A sua flexibilidade torna-o adequado para diferentes tipos de embalagens reutilizáveis, incluindo plástico e vidro, proporcionando soluções ideais para alimentos frescos, congelados e preparados, sublinha a Checkpoint Systems em comunicado.

O Chinook é ainda apresentado como a opção ideal para uma ampla gama de utilizações oferecendo vantagens significativas em setores como são a produção de alimentos processados, onde permite o acompanhamento total ao longo do ciclo de vida do produto. Nos supermercados e cadeias de retalho, o seu design inovador é ideal para melhorar a gestão de produtos frescos, pré-cozinhados e a granel, otimizando a eficiência operacional.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Trends 2024 (foto: PortugalFoods)

Alimentar

Trends 2025 vai revelar as tendências de inovação no agroalimentar

A Portugal Foods realiza no próximo dia 21 de janeiro, o seu evento anual, Trends, que desvenda as tendências de inovação no agroalimentar.

Hipersuper

O evento Trends 2025 tem lugar já no dia 21 de janeiro, a partir das 14h, no auditório da Fundação Dr. Cupertino de Miranda, no Porto.

A conferência de apresentação das tendências de inovação do setor agroalimentar para este ano volta a ser organizada pela PortugalFoods, com o apoio da Innova Market Insights, que partilhará a sua visão sobre o comportamento do consumidor e o mercado global. Conta ainda com a participação de responsáveis de empresas do setor que irão partilhar as suas experiências e desafios em termos de inovação.

Decorrerá ainda um momento dedicado ao comportamento do consumidor, integrado num dos projetos estruturantes da Agenda Mobilizadora VIIAFOOD, “que proporcionará aos participantes uma experiência única para usufruírem das novas tecnologias da análise sensorial”, informa a PortugalFoods.

Programa da conferência:
14h – 14h20
Registo dos participantes

14h20 – 14h30
Boas-vindas
PortugalFoods

14h30 – 14h45
Knowledge Division: o seu parceiro na inovação
Teresa Carvalho, PortugalFoods

14h45 – 15h30
TRENDS 2025
Enric Tardio, Innova Market Insights

15h30 – 16h15
Debate: Inovação em Ação – Como implementar as tendências de inovação na indústria alimentar
Guilherme Pereira, Corial Foods
Humberto Oliveira, Brasmar
Paulo Carvalho, Vivid Foods / Vivid Farms
Moderação: Deolinda Silva, PortugalFoods

16h15 – 16h30
Perceção orientada pela tecnologia
Rui Costa Lima, Sense Test

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Fernando Félix, CEO da Webcomum

Entrevista

Fernando Félix: “O e-commerce aproximou os produtores dos consumidores”

Para Fernando Félix, CEO da Webcomum, o sucesso no e-commerce está diretamente ligado à capacidade das marcas em proporcionar uma experiência de compra apelativa, fluída e personalizada.

A pandemia trouxe uma aceleração sem precedentes na digitalização do setor vitivinícola, forçando marcas e produtores a repensar as suas estratégias de contacto com os consumidores. O digital tornou-se um canal crucial para impulsionar vendas, comunicar e criar experiências diferenciadoras.

A Webcomum Digital Business & Tech, uma agência especializada em transformação digital, tem sentido de perto esta evolução, com cerca de 20% da sua carteira de clientes a pertencer ao setor vitivinícola. Segundo dados da empresa, o desempenho digital nesta área tem registado um crescimento significativo: só em 2023, as campanhas desenvolvidas pela agência alcançaram mais de 4 milhões de contas de utilizadores, geraram mais de 1 milhão de interações em plataformas digitais e conquistaram mais 40 mil seguidores para as marcas que acompanham.

Para Fernando Félix, CEO da Webcomum, o sucesso no e-commerce de vinhos está diretamente ligado à capacidade das marcas em proporcionar uma experiência de compra apelativa, fluída e personalizada. Em entrevista ao Hipersuper, o responsável partilha a sua visão sobre os desafios e as oportunidades do setor vitivinícola no universo digital. Além disso, aborda o impacto das restrições e regulamentações internacionais e como o know-how da agência tem permitido às marcas portuguesas prosperar em mercados como os Estados Unidos, o Reino Unido, Angola ou Suíça.

Com um portefólio que inclui nomes como a Herdade do Rocim, Niepoort e The Fladgate Partnership, Fernando Félix não tem dúvida que “lojas online bem estruturadas, com descrições detalhadas, sugestões de harmonização e notas de prova, transformam a experiência de compra num momento educativo e inspirador” e remata: “o futuro do e-commerce no setor vinícola é promissor”.

Como olha para o aumento significativo de vendas de vinho no digital?
O crescimento das vendas de vinho no canal digital é um reflexo claro da evolução dos hábitos de consumo, cada vez mais moldados pela conveniência e pela acessibilidade proporcionada pelo e-commerce. A pandemia, sem dúvida, desempenhou um papel central neste movimento, acelerando a digitalização de muitos negócios e aproximando os consumidores de plataformas online, onde encontram informação e produtos de forma rápida e prática.
Além de ser um meio para aquisição de vinhos, o digital transformou-se numa ferramenta poderosa para as marcas contarem histórias. Desde o processo de produção até as sugestões de harmonização, as lojas online conseguem criar uma narrativa rica que envolve e cativa os consumidores. Para muitos, comprar vinho online tornou-se mais do que uma transação – tornou-se uma experiência.
De acordo com relatórios recentes, o comércio eletrónico continuará a crescer de forma expressiva nos próximos anos. Este potencial, aliado ao carácter único do setor vinícola, abre novas oportunidades para as marcas alcançarem públicos diversos e explorarem novos mercados, reforçando a ideia de que o digital é essencial para a sustentabilidade e expansão do setor.

Como é que o e-commerce está a transformar a relação entre os produtores de vinho e os consumidores?
O e-commerce aproximou os produtores dos consumidores. Não só facilitou o acesso a uma maior variedade de vinhos, mas também deu aos consumidores a oportunidade de conhecer melhor o produto. Lojas online bem estruturadas, com descrições detalhadas, sugestões de harmonização e notas de prova, transformam a experiência de compra num momento educativo e inspirador.
Adicionalmente, o canal digital permite criar uma relação direta com o cliente. Desde newsletters personalizadas até sugestões automáticas com base em compras anteriores, os produtores conseguem não só satisfazer, mas também antecipar as necessidades dos consumidores. É também uma forma de levar o vinho a novos públicos, despertando interesse em consumidores que antes não interagiam com o setor.

O que não pode faltar numa loja online de vinhos para garantir uma boa experiência de compra?
Uma loja online de vinhos deve ser, acima de tudo, fácil de navegar e rica em conteúdo. Os consumidores procuram encontrar rapidamente o que desejam, sem complicações. Para isso, é essencial ter: navegação intuitiva (o design deve guiar o consumidor naturalmente até ao produto que procura), informação completa (além de descrições detalhadas, é útil incluir harmonizações sugeridas e histórias sobre os vinhos), otimização mobile (com mais de metade dos consumidores a usar smartphones, um design responsivo é imprescindível), chatbots de IA (permitem tirar dúvidas em tempo real, criando uma experiência mais fluida e personalizada) e pagamento e entrega simplificados (opções rápidas e seguras são cruciais para evitar abandonos de carrinho).

Quais funcionalidades os consumidores mais valorizam? Existem diferenças entre mercados?
Avaliações de outros clientes, descrições detalhadas e recomendações personalizadas estão no topo das preferências.
No mercado nacional, a simplicidade e a rapidez são geralmente mais valorizadas. Por outro lado, no mercado internacional, é essencial ter funcionalidades que respeitem as diferenças culturais e legais, como tradução automática, moedas locais e clareza nos tempos de entrega. Estes elementos não só tornam o processo mais prático, como também aumentam a confiança dos consumidores no site.

Os chatbots de inteligência artificial fazem a diferença?
Sem dúvida. Os chatbots não são apenas úteis – tornaram-se uma ferramenta essencial para melhorar a experiência do cliente. No setor vinícola, podem responder a dúvidas sobre características de vinhos, oferecer sugestões de harmonização ou até ajudar com questões relacionadas com entregas.
A sua presença cria uma sensação de atendimento contínuo, eliminando o tempo de espera que, muitas vezes, afasta potenciais compradores. A rapidez, aliada à personalização, resulta numa experiência de compra mais satisfatória e, consequentemente, numa maior taxa de conversão.

Como trabalhar as particularidades de cada mercado?
Cada mercado tem as suas nuances e trabalhar estas diferenças é fundamental para o sucesso de qualquer estratégia digital. Conhecer a cultura local, adaptar campanhas às preferências do público e respeitar as leis de publicidade são passos indispensáveis. Campanhas flexíveis e segmentadas, desenvolvidas por equipas com know-how no setor vinícola, permitem atingir consumidores de forma eficaz.

Que tendências prevê para o futuro? É um canal que ainda tem muito para crescer?
O futuro do e-commerce no setor vinícola é promissor. A personalização será uma tendência-chave, com a inteligência artificial a criar recomendações cada vez mais alinhadas com o perfil dos consumidores. Além disso, a sustentabilidade continuará a ser uma prioridade, com práticas ecológicas a influenciar a decisão de compra.
Tecnologias como realidade aumentada poderão também enriquecer a experiência online, permitindo simular provas de vinhos ou conhecer virtualmente as vinhas. O canal digital está longe de atingir o seu limite e será, cada vez mais, uma peça central na estratégia das marcas vinícolas.

 

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Logística

Dachser e JAC Motors Iberia reforçam estratégia para uma mobilidade sustentável

As novas unidades, fabricadas pela JAC Motors, destacam-se pela sua autonomia real de 230 quilómetros.

Hipersuper

O fornecedor logístico Dachser e o fabricante de veículos JAC Motors Iberia apresentaram oficialmente, em Madrid, os cinco novos camiões elétricos de 7,5 toneladas que se vão juntar à frota da Dachser para a distribuição de última milha na capital espanhola. Os camiões JAC serão utilizados na área de entrega sem emissões da Dachser em Madrid.

As novas unidades, fabricadas pela JAC Motors, destacam-se pela sua autonomia real de 230 quilómetros. Estes camiões realizarão entregas e recolhas diárias a partir dos armazéns centrais da Dachser em Coslada até às zonas mais centrais de Madrid. Esta solução não só melhora a qualidade do ar, como também reduz a poluição sonora na cidade, sublinha a Dachser que lembra o compromisso da empresa alemã com a sustentabilidade e a sua posição como líder em logística responsável, marcando um novo marco no caminho para um futuro mais limpo e eficiente.

“Estamos plenamente convencidos de que as entregas urbanas sem emissões que realizamos têm um impacto significativo na redução das emissões de CO2, na melhoria da qualidade do ar e na diminuição da poluição sonora causada pelo tráfego rodoviário. Por cada camião elétrico que adicionamos à nossa frota, avançamos de forma concreta rumo a um futuro mais sustentável. O nosso objetivo é continuar a incorporar estes veículos na Dachser Iberia e restante Europa nos próximos anos.”, destaca Celestino Silva, CEO da Dachser Iberia.

“A descarbonização do transporte de mercadorias deve ser uma prioridade para a preservação do planeta. Na JAC Motors Iberia, saudamos iniciativas de empresas como a Dachser, que dão passos concretos em direção a um transporte mais limpo. No entanto, este é apenas o início de um caminho que necessita de um maior compromisso governamental e políticas claras para uma transição bem-sucedida. As empresas, independentemente da sua dimensão, devem assumir a sua responsabilidade e assumir o papel de agentes de mudança.”, acrescenta Marc Oliva, CEO da JAC Motors Iberia.

Por sua vez, Luis Miguel Torres, Diretor-Geral de Transportes e Mobilidade da Comunidade de Madrid, afirma: “A Comunidade de Madrid promove a mobilidade sustentável através do incentivo ao uso de veículos elétricos, instalação de pontos de carregamento e descarbonização. Procuramos um transporte eficiente, inclusivo e respeitador do meio ambiente, simplificando processos e regulando operadores-chave.”

“Esta iniciativa não só reflete uma liderança empresarial responsável, como também um exemplo claro de como as empresas podem ser agentes de mudança na luta contra as alterações climáticas.”, enalteceu Sonia Murillo Martín, Vereadora Delegada de Transição Ecológica, Mobilidade e Transportes de Coslada, também presente no evento.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Telma Oliveira é a nova managing director Portugal da Retail Mind

O grupo ibérico especialista em retalho avança com reestruturação organizacional para acompanhar o crescimento da atividade nas áreas de Management, Real Estate e International

Hipersuper

A Retail Mind, grupo liderado por Vítor Rocha, que atua nos setores de retail mind management, retail mind real estate e retail mind international, passa a contar com Telma Oliveira para liderar a área de Management no mercado nacional.

Telma Oliveira tem mais de duas décadas de experiência em cargos de liderança estratégica, em setores como promoção imobiliária e consultoria, banca e gestão de ativos, possuindo um vasto conhecimento do mercado retalhista, graças a funções diretivas ocupadas em empresas como Foreva, Mercasa e Mundicenter, antes de passagens pela banca de investimento e pela empresa fintech SafeBrok. “Assumir esta função representa mais do que um desafio profissional. É a oportunidade de aplicar a minha experiência acumulada numa empresa que partilha valores de inovação, compromisso e foco no cliente, contribuindo ativamente para a expansão e posicionamento de marcas que moldam o mercado”, salienta Telma Hasse de Oliveira.

A Retail Mind procedeu a uma reestruturação organizacional para acompanhar o crescimento da atividade do grupo empresarial. Com escritórios em Portugal, Espanha, Colômbia e Brasil, a Retail Mind tem Andrés-Martinez-Lage como Managing Director no mercado espanhol e Paulo Sousa como Managing Director na área internacional, enquanto o CEO Vítor Rocha acumula a supervisão da área de Real Estate.
Fundada em 2012, a empresa, sediada em São Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, especializou-se na expansão e gestão de marcas, desenvolvendo e apoiando os projetos de clientes e parceiros. Em simultâneo, afirmou-se no capítulo dos investimentos imobiliários, operando nos setores de retalho, hotelaria, industrial, logística e escritórios. No capítulo dos Retail Parks, acumula experiências em Monção, Ponte de Lima, Évora e Alcantarilha, estando atualmente envolvida em novos projetos, em diversas localizações, como Açores e Felgueiras, na ordem dos 150 milhões de euros, informa num comunicado.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

ESG

Reciclagem de embalagens: Portugal longe da nova meta definida

Durante este ano, Portugal terá de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado. Em 2024, a taxa de retoma foi de 57,8% (apuramento preliminar).

Hipersuper

Os portugueses encaminharam para reciclagem um total de 476.605 toneladas de embalagens, em 2024, o que significa um aumento de 4% face ao período homólogo. A Sociedade Ponto Verde sublinha que embora estes dados sejam positivos, Portugal mantém-se longe da nova meta definida para este fluxo de resíduos urbanos e que é necessário atingir em 2025.

Durante este ano, o país terá de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado. Em 2024, a taxa de retoma foi de 57,8% (apuramento preliminar), o que significa que temos de tornar o sistema mais eficiente para atingir as novas metas.

Em 2025, o sistema contará com mais 113 milhões de euros que resultam da decisão do Governo de aumentar os valores das contrapartidas para financiar o SIGRE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens, num total estimado de 235 milhões de euros (em 2024 o valor era 122 milhões de euros) só para a gestão dos resíduos de embalagens este ano.
Este montante é pago pelas entidades gestoras de resíduos de embalagens aos Sistemas Municipais, Intermunicipais e concessões, para procederem à recolha seletiva de resíduos urbanos de embalagens, que asseguram a triagem e pré-preparação para reciclagem destes resíduos nos seus diferentes materiais (como vidro, plástico ou papel/cartão).

A Sociedade Ponto Verde não tem dúvidas que “estamos, portanto, perante uma oportunidade única para aumentar a performance de todo o sistema e colocar Portugal na rota do cumprimento das metas da reciclagem de embalagens, cabendo às autoridades garantir a eficiência da operação”.
“A injeção de mais 113 milhões tem de traduzir-se na melhoria significativa do nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais na recolha, numa operação que deve ser cada vez mais orientada para a conveniência, assegurando, no final, a recolha de mais embalagens e o seu encaminhamento para reciclagem”, lembra em comunicado.

Complementar o modelo de recolha por ecopontos com sistemas de incentivo, porta-a-porta ou pay as you throw (payt), permitindo este ter noção do valor pago em função do consumo, são soluções já identificadas para permitirem uma melhor capacidade de resposta, com a entrada de mais embalagens no sistema de reciclagem. Este esforço para um sistema cada vez mais eficiente significa também uma maior articulação e colaboração entre todos os parceiros e partes interessadas desta cadeia de valor, levando ao cumprimento das metas estabelecidas para 2025, aponta.

O papel/cartão e o plástico mantêm-se como os materiais com melhor desempenho, com o primeiro a ter aumentado 6%, o que se traduz em 158.146 toneladas encaminhadas para reciclagem, e o segundo 5%, ou seja, 85.548 toneladas recolhidas no último ano. O vidro continua a merecer particular preocupação, já que o seu ritmo de crescimento continua aquém da meta, tendo-se verificado um aumento apenas de 1%, ou seja, 213.870 toneladas depositadas no vidrão. Para o aumento deste material é fundamental que sejam implementadas soluções específicas, com a adaptação de ecopontos às necessidades dos estabelecimentos HORECA, como o baldeamento assistido, que são facilitadores na deposição e envio para reciclagem.

“O ano de 2025 tem de ser de viragem na recolha seletiva das embalagens. Com mais fundos à disposição do sistema esperamos mais recolha e reciclagem destes resíduos, assim como uma atenção permanente das autoridades à forma como evolui a performance de toda a operação. É fundamental resolver os problemas existentes, que estão bem identificados, ao nível da prestação do serviço ao cidadão. A Sociedade Ponto Verde mantém a sua postura de colaboração, promovendo a economia circular e soluções com base na inovação e na conveniência para o consumidor.”, afirma Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, no mesmo comunicado.

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Retalho

Comitiva da Coviran recebida pelo Papa Francisco

O Papa Francisco recebeu numa audiência privada no sábado, 11 de janeiro, os sócios do Conselho Reitor e alguns executivos da Coviran, no início do Ano Internacional das Cooperativas das Nações Unidas e no âmbito da celebração do 65º aniversário da Cooperativa ibérica, que terá lugar no próximo ano.

Hipersuper

A Comitiva da Coviran foi acompanhada pelo arcebispo de Granada, José María Gil Tamayo, e liderada pelo presidente da Cooperativa, José Antonio Benito, e pelo Diretor Geral, Esteban Gutiérrez.

Durante a receção nas instalações do Vaticano, o Papa sublinhou a sua alegria pelo grande número de mulheres que constituem a massa social da Coviran e encorajou todos “a trabalhar em Cooperação e pela justiça social. Isto significa que se trabalharmos com o coração e a partir do coração, faremos como só uma mãe faz”.

A Coviran, para além de ser um dos principais ativos da Economia Social ibérica, desempenha também um papel importante no setor da Distribuição ibérica. A Cooperativa contribui significativamente para o enorme trabalho social desenvolvido tanto pela Confederação Empresarial da Economia Social Espanhola (CEPES) como pela Associação de Distribuidores e Supermercados de Auto-Serviço, de cujos Conselhos de Administração a Coviran faz parte.

Em 2025, a Coviran, cujo nome vem da sigla Cooperativa Virgen de las Angustias, irá celebrar o seu 65º aniversário e juntar-se-á ao Ano Internacional das Cooperativas das Nações Unidas com o lema: “As Cooperativas constroem um mundo melhor”.

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Bebidas

LactAçores volta a conquistar o Prémio Cinco Estrelas

A LactAçores volta a receber o Prémio Cinco Estrelas, destacando-se este ano pela diversidade de leites Nova Açores premiados, todos provenientes da Ilha de São Miguel. 

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A LactAçores foi premiada pelo terceiro ano consecutivo com o Prémio Cinco Estrelas. Este ano, a premiação destaca-se pelos leites Pastagem, além dos leites correntes meio gordo e magro Nova Açores. Situada na Ilha de São Miguel, a Nova Açores, marca integrante da LactAçores, beneficia de um ambiente natural que permite às vacas pastarem livremente em pastagens ricas e verdejantes durante todo o ano.

“A Nova Açores tem tido uma trajetória baseada na excelência e qualidade, fatores cruciais que a tornam a escolha do consumidor. A adição de variantes 0% Lactose na sua linha de leites premiados sublinha o esforço da empresa em adaptar-se às necessidades dos consumidores modernos, combinando tradição com inovação. É o único leite de pastagem no mercado português com uma gama 0% Lactose, proveniente de explorações controladas e certificadas pela APCER”, destaca a LactAçores.

Para Vitorino Falcão, presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Unileite e LactAçores, este prémio “reafirma o nosso compromisso contínuo com a qualidade e a sustentabilidade”. “Cada produto que criamos nasce da dedicação em trazer o melhor dos Açores aos consumidores, sempre com matéria-prima de excelência e o esforço dos nossos produtores. Sentimo-nos profundamente orgulhosos por vermos mais produtos reconhecidos este ano, o que reforça a confiança dos consumidores na superioridade e autenticidade do que oferecemos”, conclui.

Fundada em 20014, a LactAçores dedica-se à produção de laticínios, como leite, queijos e manteiga. É uma união das cooperativas Unileite, Uniqueijo e CALF, das ilhas de São Miguel, São Jorge e Faial.

Sobre o autorHipersuper

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ESG

Adega do Cartaxo recebe certificação de sustentabilidade do setor vitivinícola

A Adega do Cartaxo já pode envergar o selo de Sustainable Winegrowing Portugal. “Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade” garante Pedro Gil, diretor de enologia e produção.

Hipersuper

A Adega do Cartaxo viu o seu plano de sustentabilidade reconhecido e certificado pelo Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal.

O plano de sustentabilidade do produtor da região dos Vinhos do Tejo conta já com mais de duas décadas, tendo-se iniciado com o primeiro grande projeto de investimentos, em 2004, como a construção de uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais). Entre as práticas mais recentes, destaque para a aquisição de iluminação LED, presente em toda a adega, assim como equipamentos modernos com variadores de velocidade de gestão eletrónica; monotorização do consumo de água; bombas de calor e painéis para a produção de águas quentes para a higienização de linhas de engarrafamento; e painéis fotovoltaicos para autoconsumo.

Para Pedro Gil, diretor de enologia e produção da Adega do Cartaxo, a sustentabilidade tem de ser encarada como um processo contínuo. “Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade – não só ambiental, mas em grande medida social e económica. Queremos atingir padrões mais elevados, estando para já previsto o desenvolvimento de soluções de melhoria a três anos. Um dos aspetos sensíveis é a redução do vidro, mas há mercados que (ainda) valorizam muito as garrafas de “porte pesado”, alguns dos quais são muito importantes para o negócio da Adega do Cartaxo. Falamos dos mercados asiáticos, por exemplo, mas também o brasileiro”, sublinha. “Cabe-nos, obviamente a nós e de forma paulatina, sensibilizá-los para isso. O consumo de energia e de água, assim como o tratamento das águas residuais são aspetos com grande impacto na atividade vitivinícola e, aí, estamos na linha da frente.”, afirma o enólogo, que acrescenta que “foi importante a mudança de mentalidade e definir uma política de sustentabilidade, assumindo que é fundamental ter práticas de sustentabilidade para poder estar neste sector de forma competitiva e consciente”, acrescenta.

Ao nível socioeconómico, a Adega do Cartaxo, que tem 168 associados, sendo que  13% são responsáveis por 65% da produção, assume-se como fair labour, tendo uma política de remuneração justa, aos colaboradores e aos associados, no que toca ao pagamento das uvas, em valor e em tempo. A Adega do Cartxo sublinha ainda que há uma preocupação com a saúde, sendo disponibilizado seguro de saúde às cerca de cinco dezenas de funcionários e tem tem protocolos de cooperação com várias coletividades, escolas técnicas e universidades, com visa ao desenvolvimento local e formação dos seus colaboradores. 

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