Vendas do grupo Metro caem em 2011
O quarto maior retalhista mundial viu as suas receitas caírem em 2011. A crise da dívida soberana, as altas taxas de desemprego, os programas de austeridade em muitos países europeus, bem como a restrição de compra por parte dos consumidores, são apontados como as principais razões para esta quebra.
Victor Jorge
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O grupo Metro registou uma quebra de 0,8% nas vendas do exercício 2011 face ao ano anterior de 2010, totalizando 66,7 mil milhões de euros contra os 67,3 mil milhões de euros obtidos em período homólogo.
Em termos de EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), o quarto maior grupo retalhista do mundo registou uma quebra de 4,5% face ao ano 2010, passando de 3,591 para 3,429 mil milhões de euros, enquanto o EBIT caiu 4,4% para 2,1 mil milhões de euros.
Já quanto aos lucros, o grupo alemão indica uma redução 20,9% para 741 milhões de euros contra os 936 milhões conseguidos no final do exercício de 2010.
Estas quebras são justificadas pelos responsáveis do grupo Metro com “a crise da dívida soberana, altas taxas de desemprego e programas de austeridade em muitos países europeus” que levaram a “uma restrição de compra por parte dos consumidores”.
Além disso, Olaf Koch, presidente do Conselho de Administração da Metro AG, refere, em comunicado, que “as condições macro-económicas em muitos países pioraram sensivelmente em relação a 2010”, ressalvando que “apesar disso, conseguimos manter as vendas do grupo e EBIT antes de itens especiais quase nos mesmos níveis do ano passado”.
Na conferência de imprensa que marcou a apresentação dos resultados, a nova administração do grupo Metro referiu que “”alcançamos as metas de redução de custos com o programa Shape 2012, mas ainda existe muito potencial no que diz respeito aos ganhos de produtividade”, adiantando Koch que “o que precisamos fazer agora é aumentar a nossa relevância como um retalhista para o cliente. Precisamos de continuar a aguçar o nosso perfil de desempenho e investir em novas competências e ofertas de serviços”.
Por área de negócio, foram as Galerias Kaufhof a registar a maiores quebras, caindo 3,7% face a 2010 para uma facturação de 3,4 mil milhões de euros. A operação electrónica da Media-Saturn e dos hiper/supermercados Real também caíram, 0,9 e 2,3%, respectivamente. Enquanto a primeira, que detém as insígnias Media-Markt e Saturn obteve receitas de 20,6 mil milhões de euros, a segunda alcançou receitas de 11,2 mil milhões de euros.
Por fim, a maior operação do grupo Metro – cash&carry, que em Portugal adopta a denominação Makro – foi a única a registar uma performance positiva, tendo crescido 0,2%, passando de uma facturação de 30,6 para 31,1 mil milhões de euros.
Por regiões, as vendas no mercado doméstico caíram 1% para 25,9 mil milhões de euros, tendo sido afectadas pela alienação de lojas da Metro Cash&Carry e Real.
No capítulo internacional, as vendas desceram 0,7% para 40,8 mil milhões de euros, apesar da participação das receitas internacionais no total de vendas do grupo ter aumentado ligeiramente de 61,1 para 61,2%.
Na Europa Ocidental, as vendas recuaram 3,1% para 20,9 mil milhões, informando o grupo que o desenvolvimento de vendas foi prejudicado pela alienação das actividades Media-Saturn em França.
Já na Europa Oriental, as vendas subiram 0,4% para 16,9 mil milhões de euros, enquanto na Ásia/África, as vendas continuaram a crescer, apesar da alienação da Metro Cash&Carry Marrocos, apresentando uma subida de 11,2% para 3 mil milhões de euros.
Para o restante ano de 2012, os responsáveis da Metro são prudentes, referindo que “a situação económica difícil e persistente aumento dos preços provavelmente terão um impacto negativo sobre as vendas em 2012”.
Por outro lado, o grupo informa que “todas as divisões de vendas estão colocar em prática um número de medidas para impulsionar as vendas”. Assim, o grupo “espera que a continuação desta tendência de vendas seja positiva em 2013”, tendo por base “uma recuperação económica”.