As tendências do futuro na distribuição
Se o responsável do EuroCommerce apontou a demografia e o envelhecimento da população como questões no futuro próximo, para os players a actuar em Portugal, MdD, novas tecnologias (e-commerce e redes sociais) e rigor na gestão são alguns dos temas.
Victor Jorge
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Durante o painel dedicado ao “Futuro da Distribuição, inserido no IV Congresso da Distribuição Moderna, organizado pela APED, Christian Verschueren, director-geral do EuroCommerce, apontou como principais tendências – e preocupações – as questões relacionadas com a demografia e envelhecimento da população, salientando que estas são duas questões que os retalhistas terão de enfrentar no futuro não muito longínquo.
Na opinião do responsável pela associação europeia de retalhistas e grossistas, o sector da distribuição moderna irá ser confrontado também com um consumidor cada vez mais consciente relativamente à questão preço, destacando ainda que, “no futuro deixará de fazer sentido fazer de In-store contra Online”, admitindo que o comércio terá de ser conduzido em multi-canal/plataforma.
Assunto também destacado por Verschueren foi o tema dos pagamentos e das taxas praticadas, referindo que, neste aspecto, “ainda há muito trabalho a fazer em Portugal”.
Paulo Azevedo, CEO da Sonae, começou a sua intervenção deixando no ar várias perguntas, entre elas “como seria o mercado sem Marcas das Distribuição”, destacando a sofisticação do sector do retalho, bem como o desenvolvimento que este mesmo mercado registou na última década.
Identificando algumas tendências que deverão acontecer no futuro, como o online, Marcas da Distribuição, tecnologia, perecíveis, redes sociais ou rigor na gestão, o CEO do grupo destacou a criação de emprego levado a cabo pelo sector da distribuição moderna, fazendo referência ao facto de este ser “maioritariamente estável”, proporcionando, inclusivamente, carreiras internacionais.
“São poucos os sectores que investiram na última década valores equivalentes aos da distribuição moderna”, avançando Paulo Azevedo com investimentos na ordem dos 1,5 mil milhões de euros anuais, perfazendo, assim, um total de 15 mil milhões de euros nos últimos dez anos.
Assumindo o compromisso de continuar o trabalho feito até agora, Paulo Azevedo admitiu que a próxima década não ficará atrás da anterior em termos de “necessidade criativa”.
Do lado da Auchan Portugal, Américo Ribeiro, director-geral, destacou o papel que o grupo teve no acrescento de competitividade no sector dos combustíveis, referindo o prazer na compra, relação de proximidade, o digital, as novas tecnologias, e-commerce e a adesão a novos canais como as principais tendências que poderão ser esperadas no futuro próximo.
Em representação da Jerónimo Martins, Pedro Leandro, deixou a certeza de que, de agora em diante, “o pensamento terá de ser global para actual local”.