Vinhos Verdes a caminho de exportação recorde em 2011
Os Vinhos Verdes exportaram mais 8% nos primeiros nove meses de 2011 face a igual período do ano passado, estando a caminho de um novo recorde de vendas para os mercados estrangeiros.

Victor Jorge
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As exportações de Vinhos Verdes atingiram, até ao final de Setembro, as 15 milhões de garrafas, representando cerca de 27 milhões de euros, o equivalente a uma subida de 8% face a igual período do ano passado. Dos 11 milhões de litros exportados, mais de três milhões tiveram como destino os EUA, principal consumidor nos últimos 10 anos.
No entanto, o mercado que registou maior crescimento, em termos absolutos, foi o francês, responsável pela importação de 3,7 milhões de euros de Vinho Verde, mais um milhão quando comparado com o período homólogo de 2010. Brasil e Bélgica também registaram fortes subidas, estando nos 10 principais mercados de exportação.
Em face dos resultados verificados nos primeiros nove meses do ano, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) não tem dúvidas de que, em 2011, “vão ser batidos todos os recordes de exportação, mantendo-se assim a tendência para o aumento do volume de negócios nos mercados estrangeiros iniciado há 10 anos”.
Desde 2001, os Vinhos Verdes têm vindo a crescer nos mercados externos de uma forma sustentada, graças a três grandes factores. Por um lado, sublinha Manuel Pinheiro, presidente da CVRVV, “o perfil do Vinho Verde alterou-se nos últimos anos e hoje é, indiscutivelmente, diferente de todos os outros vinhos, com um baixo teor alcoólico e leve, o que é muito apreciado pelos consumidores estrangeiros”. Por outro, sustenta ainda, “o Vinho Verde apresenta uma boa relação qualidade-preço”.
Por fim, o crescimento está também relacionado com uma aposta estratégica de promoção nos mercados internacionais, o que contribui para que “hoje a exportação seja vista pelos produtores como o mercado número um”, compensando o que “não se cresce em Portugal”, salienta o responsável.
Em resultado do esforço de internacionalização levado a cabo pela CVRVV na última década, o que se traduz num investimento de 2,5 milhões de euros/ano em acções de promoção do Vinho Verde, “os produtores já não estão à espera de encomendas, mas andam pelo Mundo fora à descoberta de novos mercados”, defende Manuel Pinheiro, convicto de que o crescimento para os mercados externos se vai manter num futuro a médio prazo. “O que custou foi, de fato, pôr a roda a andar. Mas, agora que ganhou velocidade, é difícil travá-la, ainda que o contexto de crise global possa vir a fazer-se sentir”, diz.
O principal mercado de destino do vinho produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes continua a ser os EUA, que, nos primeiros nove meses do ano, importou três milhões de litros, mais 180 mil do que no período homólogo de 2010. O aumento registado na Alemanha foi menos acentuado, mas os germânicos mantêm-se como os segundos consumidores de Vinho Verde em todo o Mundo, tendo comprado, até Setembro, dois milhões de litros, o que significa mais de cinco milhões de euros de facturação.
Em valor, o mercado francês foi aquele que mais cresceu: um milhão de euros a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, o que fez subir o volume de negócios para os 3,7 milhões de euros. Os mercados belga e suíço também tiveram comportamentos positivos, tendo crescido 92 e 18%, respectivamente. Quinto maior destino mundial dos Vinhos Verdes, o Brasil recebeu 680 mil litros de Vinho Verde, mais 132 mil do que em 2010, o que corresponde a 1,4 milhões de euros. Entre 2006 e 2010, o crescimento das exportações brasileiras quase chegou aos 120%.
De referir que os Vinhos Verdes estão presentes em 81 mercados nos cinco continentes e representam já 42% do total de exportações de vinhos portugueses com Denominação de Origem Controlada (DOC), excepto o Vinho do Porto.