“Millenians” revolucionam mercado do vinho norte-americano
Um estudo efectuado pelo Wine Intelligence admite que existe uma nova geração de consumidor de vinho nos EUA. Os “Millenials” estão a revolucionar o mercado e esta poderá constituir uma boa notícia para os produtores europeus, incluindo Portugal.
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Victor Jorge
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Num recente estudo efectuado pelo Wine Intelligence, para a London International Wine Fair, conclui-se que o mercado do vinho nos EUA está a viver uma revolução e que só agora teve o seu início. Ou seja, as gerações mais jovens são sempre uma componente de valor da população pelo “sangue novo” que introduzem e mudanças que proporcionam. E no mercado do vinho norte-americano esta realidade está a ser vivida de forma significativa.
Embora recentemente tenha transitado para a liderança do consumo mundial, em volume, os EUA ainda se encontram atrás de muitos mercados em termos de penetração do consumo de vinho per capita. Mas esta realidade, sugerem os analistas, poderá estar prestes a mudar graças aos “Millenians”.
À medida que se vai tornando no maior mercado de vinho do mundo, os EUA também revelam sinais de uma revolução, afectando tanto extensão como a diversidade dos produtos procurados. “Actualmente, o consumidor de vinho americano está mais interessado na diversificação varietal, país de origem e estilos de vinho do que o consumidor de há 20 anos”, salienta o estudo.
Isto são, segundo os analistas e opinion makers norte-americanos, excelentes notícias não só para a indústria como também – e principalmente – para os países exportadores, já que um aumento do espectro de consumidores entre 21 e 45 anos beneficiará, claramente as importações de vinho.
As previsões do Wine Intelligence prevêem um crescimento dos vinhos importados com price-points de 10 a 20 dólares (entre 7 e 14 euros) com história e características distintivas, acreditando a consultora, também, que passará a existir mais interesse e/ou expectativas pelas histórias/informações relacionadas com determinado vinho.
Ao contrário dos consumidores mais antigos, os “Millenians norte-americanos – com idades compreendidas entre os 21 e 35 anos – são muito mais aventurosos nos seus gostos vínicos, gastam mais na selecção de vinhos de um repertório muito mais vasto e diversificado. Assim, também, estão prontos para degustar/provar vinhos de castas menos comuns – tais como aquelas encontradas em muitos países produtores europeus – e de estilos diferentes.
O estudo coloca, contudo, a seguintes questão: estarão estes gostos relacionados com a idade ou com já fazem parte de uma etapa da vida? O Wine Intelligence acredita que a forma como estes “Millenians” foram criados no vinho terá um impacto profundo na futura procura de vinho.
Outro factor, por estranho que possa parecer, para o desenvolvimento do mercado do vinho, é o crescimento da comunidade de origem hispânica: os hispânicos deverão representar, segundo contas oficiais, perto de 30% da população adulta dos EUA em 2050.
Ainda dentro da população consumidora de vinho, o estudo prevê que o número de adultos norte-americanos a consumir vinho mensalmente deverá crescer de 80 para 100 milhões, em 2020, enquanto os que consumem vinho pelo menos uma vez por semana, aumentará de 37 para 50 milhões.
Assim, estes desenvolvimentos terão de ter, por parte dos produtores de vinho, uma resposta adequada e ajustada aos gostos e exigências dos consumidores, salientando, no entanto, o desafio que estas tendências colocam.