CBRE aponta para estabilização das rendas prime no retalho
O estudo recente da CB Richard Ellis sobre o retalho, indica que, no primeiro trimestre de 2010, as rendas prime nos principais mercados mundiais estabilizaram genericamente.
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Victor Jorge
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O mais recente estudo da CB Richard Ellis (CBRE) sobre o sector de retalho, o Global MarketView, indica que, no primeiro trimestre deste ano, as rendas prime nos principais mercados mundiais estabilizaram genericamente, “crescendo, inclusive, em algumas das cidades principais”.
“À medida que a recuperação económica mundial começa a acelerar, os níveis de confiança dos consumidores e dos retalhistas começam a subir”, refere a nota de imprensa da consultora imobiliária, que ressalva também que, “embora este factor não tenha ainda repercussões no crescimento das transacções” nesta área, na maioria dos mercados, “a procura de espaços prime de retalho mantém-se saudável e a disponibilidade das melhores localizações mantém-se baixa”.
Como consequência, foram registados aumentos nas rendas prime em alguns mercados mundiais, em oposição a “muitos outros que registaram um abrandamento do decréscimo das rendas ou estabilização” das mesmas.
Segundo o estudo da CBRE, Nova Iorque mantém-se o destino de retalho mais caro, com rendas prime a 13.744 euros por metro quadrado por ano, enquanto que Sydney mantém o seu segundo lugar a nível mundial, com 9.207 euros por metro quadrado por ano. Hong Kong completa o pódio com o seu terceiro lugar, com rendas de 7.757 euros por metro quadrado por ano.
O comunicado do grupo refere que “é interessante destacar que algumas das rendas de retail com aumentos mais rápidos se registaram na América Latina, em mercados como o Rio de Janeiro, a Cidade do México e Santiago”, no Chile, que apresentaram aumentos “significativos”, tanto a nível trimestral como anual.
Ray Torto, global chief economist da CBRE, declarou que “os retalhistas ainda se encontram perante condições de negócio incertas e continuam a pressionar os senhorios para que ofereçam pacotes de incentivos”. O responsável da consultora referiu contudo, que “as pressões do mercado não impediram a expansão dos retalhistas e a procura de espaços prime de retail mantém-se forte em muitos mercados mundiais”.