Criatividade seleccionada como o factor crucial para um futuro de sucesso
Os resultados de um estudo da IBM são conclusivos: os CEO acreditam que – mais do que rigor, disciplina de gestão, integridade ou mesmo visão – navegar com sucesso num mundo crescentemente complexo irá requerer criatividade.
Victor Jorge
Diogo Costa: “Estamos sempre atentos às necessidades e preferências dos nossos consumidores”
Staples une-se à EDP e dá passo importante na descarbonização de toda a sua cadeia de valor
CTT prepara peak season com reforço da capacidade da operação
Já são conhecidos os três projetos vencedores do Prémio TransforMAR
Campolide recebe a terceira loja My Auchan Saúde e Bem-Estar
Montiqueijo renova Selo da Igualdade Salarial
Sensodyne com novidades nos seus dentífricos mais populares
Salutem lança Mini Tortitas com dois novos sabores
LIGARTE by Casa Ermelinda Freitas chega às prateleiras da Auchan para promover inclusão social
Portugal não tem falta de água, não está é a saber geri-la como deve ser
De acordo com um estudo da IBM que questionou mais de 1.500 CEO de 60 países e 33 indústrias em todo o mundo, os CEO acreditam que – mais do que rigor, disciplina de gestão, integridade ou mesmo visão – navegar com sucesso num mundo crescentemente complexo irá requerer criatividade.
Conduzido por especialistas do Institute for Business Value da IBM, as conclusões das entrevistas pessoais apontaram para o facto de menos de metade dos CEO acreditarem que as suas empresas estejam “adequadamente preparadas para gerir um ambiente de negócios complexo e altamente volátil”.
O estudo avança que os CEO são hoje confrontados com “mudanças massivas – novas regulações de governo, mudanças nos centros de poder económico, transformações aceleradas na indústria, aumento de volumes de informação, evolução rápida das preferências dos clientes – e isso pode ser ultrapassado com a ‘criatividade’ na organização”.
Mais de 60% dos CEO acreditam que a transformação da indústria é o factor que mais contribui para a incerteza, e os resultados apontam para a necessidade de descobrir formas inovadoras de gerir a estrutura da organização, as finanças, as pessoas e a estratégia.
O estudo revela ainda as preocupações e as prioridades estratégicas, por sinal divergentes, entre os CEO da Ásia, Japão, Europa ou América do Norte. Esta foi a primeira vez que se notaram variações regionais com tanta evidência.
“Saídos da pior reviravolta económica das nossas vidas profissionais – e a enfrentar agora uma nova normalidade que é radicalmente diferente – é de assinalar que os CEO identificam a criatividade como o número um nas competências de liderança enquanto sucesso da empresa do futuro”, afirmou Frank Kern, vice-presidente senior da IBM Global Business Services. “Mas voltando atrás e pensando melhor, isto é inteiramente consistente com as outras conclusões chave do estudo – que o maior desafio que as empresas enfrentam daqui para o futuro será a aceleração da complexidade e a velocidade de um mundo que está a operar num sistema massivamente interconectado”, concluiu.
Os CEO entrevistados afirmaram à IBM que o actual ambiente de negócios é volátil, incerto e crescentemente complexo. Oito em cada dez CEO esperam que o seu ambiente cresça em complexidade, mas apenas 49% acredita que as suas organizações estejam preparadas para lidar com isso de forma bem sucedida – o maior desafio de liderança identificado em oito anos de pesquisa.
Os CEO afirmaram que “a complexidade de um mundo interconectado é agravada por um número de factores”. Por exemplo, os CEO esperam receitas de novas fontes para as duplicaram nos próximos cinco anos; e 76% dos CEO prevê a mudança de poder económico para os mercados emergentes.
Nos últimos quatro estudos, o impacto esperado da tecnologia nas organizações tem vindo a subir do sexto para o segundo lugar em termos de importância, o que revela como os CEO compreendem que a tecnologia e a interconexão das infra-estruturas do mundo contribui para a complexidade que enfrentam. Além disso, revela também que necessitam de respostas mais baseadas em tecnologia para terem sucesso num mundo que está massivamente interconectado.
O estudo destaca os atributos das organizações com melhores níveis de desempenho, baseando-se nas receitas e nos lucros dos últimos cinco anos, incluindo a a crise económica.
– As organizações com melhores desempenhos têm mais apetência para tomar decisões rápidas. Os CEO indicaram que estão a aprender a responder rapidamente com novas ideias para endereçarem as mudanças profundas que afectam a sua organização;
– 95% das organizações com melhores desempenhos identificaram que a aproximação aos clientes é a sua estratégia mais importante para os próximos 5 anos, utilizando para isso a Internet e outros canais interactivos e redes sociais para repensarem como chegar melhor aos consumidores e cidadãos. Os CEO viram que a explosão histórica da informação e a informação global representam mais oportunidades que ameaças.
– As organizações que têm construído maior destreza operacional esperam aumentar 20% mais nas suas receitas, comparativamente aos seus pares tradicionais.
A vasta complexidade é intensificada pelas diferenças regionais, notando o estudo que que as perspectivas variaram em função da geografia – diferenças de opinião acerca das mudanças a fazer, que novas competências serão necessárias e como ser bem sucedido no novo ambiente económico. Estas variações regionais compõem também as complexidades com as quais os CEO têm de lidar.
A China provou ser muito mais resiliente que os países desenvolvidos durante a crise económica. Por isso, os CEO da China estão menos preocupados com a volatilidade que os CEO de outras regiões. De facto, estão a tornar-se incrivelmente confiantes do seu lugar no palco mundial.
“Mas se a China está preparada para preencher as suas aspirações globais, necessitará de uma nova geração de líderes com criatividade, visão e experiência de gestão internacional”, salienta o estudo. Muitos dos CEO reconheceram isto mesmo; 61% acredita que o “pensamento global” é uma qualidade top de liderança.
A maioria das empresas precisará também de novos modelos de indústria e competências. Não poderão simplesmente replicar modelos que têm sido utilizados no mercado doméstico, que tem um custo de estrutura completamente diferente. Os CEO na China estão também a dedicar mais energia a adquirir novas capacidades e competências que os seus pares do Ocidente.
Na América do Norte, que enfrentou uma crise financeira que conduziu os governos a serem stakeholders principais nas empresas privadas, os CEO estão mais cautelosos com o “grande governo” do que os CEO dos outros países. Cerca de 87% anteciparam uma maior intervenção do estado e regulação nos próximos cinco anos, compondo o seu nível de incerteza.
No Japão, 74% dos CEO esperam a mudança no poder económico, no sentido de os mercados emergentes terem maior impacto do que os maduros nas suas organizações. Por contraste, a União Europeia está menos preocupada com esta mudança, na medida em que apenas 43% dos CEO europeus espera ser impactado.
“Estas e outras diferenças relevantes por região são crescentemente importantes, à medida que as economias e as sociedades estão cada vez mais ligadas. As organizações deparam-se com estas diferenças uma vez que operam cada vez mais além fronteiras e em diferentes regiões”, conclui o estudo realizado pela IBM.